sábado, 13 de novembro de 2010

Como trocar uma medalha por uma vocação

Kristin Holum deveria ter estado a competir nas olimpíadas de inverno que decorreram em Vancouver, no início do ano. Patinadora na modalidade de velocidade, Kristin era uma promissora atleta pois, com apenas 17 anos, participou brilhantemente em 1998 nos jogos realizados em Nagano, no Japão. É de referir que neste desporto atinge-se a maturidade por volta dos 30 anos.

Kristin tem agora 29. Estes seriam os “seus” jogos. Mas ela decidiu de outra forma. Hoje, vive em Leeds, Inglaterra, e responde pelo nome de Irmã Catherine. Sim, consagrou-se a Deus!

A patinagem de velocidade era uma imensa parte da minha vida. Encantava-me o desporto, porém tive este chamamento incrivelmente forte que me dizia que era tempo de seguir por outro caminho na vida.
Tudo mudou através de uma iniciativa denominada “Crossroads”, uma causa pró-vida. No seu dizer:
“comecei como uma cristã medíocre e confusa, acabando por me tornar uma fervorosa católica”.
Era o princípio da sua conversão que a levaria, após a conclusão dos seus estudos em arte, ao “nosso” santuário de Fátima onde decidiu consagrar a sua vida a Deus:
“É curioso ver como mudou a minha vida. Tive o maravilhoso privilégio de competir numa olimpíada, e agora sou abençoada servindo a Deus e a todos os desafortunados”.
Kristin ingressou nas Irmãs Franciscanas da Renovação que se dedicam a “trabalhar com os pobres, os indigentes e na evangelização”. Já como Ir. Catherine começou por servir em Bronx, em Nova York, antes de ser transferida para Inglaterra.
“Quando dou o meu testemunho, é divertido ver a reacção dos rapazes ao dizer-lhes que já participei nos Jogos Olímpicos”. 
“Não sei exactamente o que as pessoas esperam normalmente de uma religiosa, mas creio que é bom saberem que os membros de uma ordem religiosa podem chegar de qualquer contexto ou forma de vida. No final, tudo é questão de compromisso com a mensagem do Evangelho”.
Mas… quanto às medalhas que ficaram por ganhar!?
“Não me é fácil pensar que as coisas pudessem ter sido diferentes para mim e ter participado noutras olimpíadas, mas definitivamente não era o caminho do Senhor para mim e, por Ele, não me arrependo nada de o ter tomado”.
Afinal, com ou sem patins, importa perceber que Deus dá sempre um rumo à vida onde o amor não é competição mas a melhor medalha. E esta já não foge de Kristin. Quero dizer, da Ir. Catherine.

in sdpv.blogspot.com

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