42 por cento da imprensa católica portuguesa está on line, mas sem formatação própria, já que se limita a copiar a edição impressa para a internet, salientou o cónego António RegoSó metade das dioceses de todo o mundo (4.200) possui site na internet . E na maioria são «sítios velhos», afirmou o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Cláudio Celli salienta que «ainda estamos na web 1.0, quando já se pensa na web 3.0». Há casos, de sites, em que «o bispo mais sensível publica as homilias». E questiona: »que nos interessa?» para logo responder: «Um jovem não vai ler 15 páginas».
O responsável máximo das Comunicações Sociais do Vaticano, presente em Fátima, para as jornadas da comunicação social, disse aos jornalistas que «temos (Igreja) de usar uma linguagem que um jovem use». Claúdio Celli defende que a pastoral da Igreja «devia ter uma tenção mais profunda» para a defesa das crianças da internet. Isto porque um estudo europeu revela que 73 por cento das crianças navega na internet sem os pais. E «todos sabemos que problemáticas enfrenta».
Em 2013, o acesso à internet far-se-á por dispositivos móveis e 25 por cento dos acessos far-se-á por telemóvel. No entanto, 50 por cento da população não tem acesso à internet e 70 por cento da população não tem facebook. No entanto, os números apresentados por Francisco Teotónio Pereira revela que 60 por cento dos jovens vão à internet a seguir ao jantar, 98 por cento dos conteúdos já nasceu em formato digital e 80 por cento das profissões do século XXI ligadas aos novos media, ainda não foram inventadas.
Nas últimas mensagens, a propósito do dia da comunicação social, Bento XVI tem dado uma atenção especial ao digital. Na última, a de 2011, desafiou os jornalistas a reflectir sobre a Palavra e sobre o silêncio. «Não é só um problema da Igreja, é também um problema humano: está a perder-se o sentido de escuta do outro», disse o arcebispo. «O Papa fala do digital, mas há muitos sectores da humanidade sem acesso à internet. E hoje em dia não ter internet é não ter possibilidade de participar do desenvolvimento», explicou.
Texto: Lucília Oliveira / Fonte: Fátima Missionária
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