tag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post3548927288091921254..comments2023-09-16T14:50:06.182+01:00Comments on CJovem: Jovens portugueses interessam-se pouco por políticaCJovemhttp://www.blogger.com/profile/06352529760661444511noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-26872470373917069232010-06-06T00:30:25.671+01:002010-06-06T00:30:25.671+01:00Políticos custam-nos 3.450 Milhões
"Os órgão...Políticos custam-nos 3.450 Milhões<br /><br />"Os órgãos de Soberania levam a cada português 579 euros anuais. O Presidente é o mais poupado: gasta dez por cento do que é atribuído ao gabinete de Sócrates. Na Assembleia, o Estado entrega 191 milhões para 230 pessoas: 888 mil euros por deputado, a cada ano que passa - mais do que o Parlamento espanhol. Manter Portugal um País soberano custa a cada português 579 euros anuais. É a divisão, pelos cinco milhões e meio de contribuintes, daquilo que custam os órgãos de soberania e as autonomias. Tudo somado, são três mil e 450 milhões de euros entregues à gestão dos políticos. Só para pagar os órgãos de soberania a que a Constituição obriga, o Estado suga em impostos 437 milhões ao erário público. Destes euros, 191 milhões vão direitos para alimentar a Assembleia". <br />Fonte: SMMP.PT 11/5/2010Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-85359004176856673902010-06-03T22:06:46.657+01:002010-06-03T22:06:46.657+01:00@Susana, não sei se os comentários aqui deixados d...@Susana, não sei se os comentários aqui deixados deviam “ser emoldurados” ou não, o que é verdade é que cada vez me convenço mais que o debate, a reflexão, são caminhos absolutamente necessários: divulgam-se e ponderam-se ideias; confrontam-se argumentos; vislumbram-se novas opções e decisões a tomar; inauguram-se novos caminhos a percorrer; abrem-se horizontes de sentido. É claro que seria desejável que houvesse mais gente a participar. Trariam mais pontos de vista, mais contraditório. Creio e espero que, com o tempo, vamos lá!A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-51747263539953635742010-06-03T21:57:20.402+01:002010-06-03T21:57:20.402+01:00@Tiago, tens que concordar que aqui estiveste como...@Tiago, tens que concordar que aqui estiveste como peixe na água. És jovem (tema do post: juventude vs política), estudas economia (falou-se da questão da crise, dos sistemas económicos, das ideologias políticas esquerda-direita, da Petição pedindo a redução do nº de deputados na AR), tens muito interesse no debate das ideias políticas (era também o tema dos post). <br />Estiveste no teu campo e mandaste bem! E quando se fala daquilo que se estuda é legitimo esperar fundamentação e profundidade no debate. Parabéns!A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-42998417022215883662010-06-02T22:55:01.966+01:002010-06-02T22:55:01.966+01:00já agora, um reparo, não critico a colega que post...já agora, um reparo, não critico a colega que postou, mas critico de uma forma genérica muitos do assuntos inerentes ao tema tantas vezes publicados na imprensa que apontam apenas alguns dados factuais e simplesmente não consideram os factores paralelos que condicionam o comportamento politico (entre outros) de todos nós, jovens.Suhttps://www.blogger.com/profile/17874322921914986216noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-43605690922884401642010-06-02T22:47:37.837+01:002010-06-02T22:47:37.837+01:00Estes post's deveriam ser emoldurados lol acho...Estes post's deveriam ser emoldurados lol acho todos eles fantásticos, nota-se que todos nos esforçamos por exprimir da melhor forma ideias e ideais. Peço desculpa mas o cansaço de hoje venceu-me e não tenho nada bonito para acrescentar. Apenas dizer que oxalá o que aqui tem sido dito se propague :)Suhttps://www.blogger.com/profile/17874322921914986216noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-32149360300140186732010-06-02T17:45:25.149+01:002010-06-02T17:45:25.149+01:00É a tendência em tempos de crise pôr o Estado em x...É a tendência em tempos de crise pôr o Estado em xeque e, quando se vai a ver, acabou-se a pouca democracia que ainda havia...<br /><br />"Mas que o papel do cidadão e, no caso, dos jovens, é essencial, lá isso é." Assino 200 vezes por baixo se for preciso...=)<br /><br />Agora, o sistema social e o sistema que rege os jovens tem de mudar mundo. Quanto a mim, caminho é o que a Susana aponta...e é o que o P. Albino resume: “Caminhante, não há caminho. O caminho faz-se caminhando”. E eu acrescento que só a união faz a força...=)Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-3416561101376756112010-06-02T17:04:54.051+01:002010-06-02T17:04:54.051+01:00@Olly, a “questão pertinente da Su” está respondid...@Olly, a “questão pertinente da Su” está respondida, em parte, nas várias abordagem que têm sido feitas nos comentários. <br />Antes de mais nada devo dizer à Su que este post foi aqui colocado ela Juliana, uma jovem universitária como ela. Não foi ninguém de fora do “mundo jovem”, na tentativa de querer mandar algum recado de tipo moralista, dirigista, ou mesmo, paternalista. <br />O debate que aqui se gerou é muito livre e muitos outros jovens como a Su têm (também aqui) a oportunidade de dar visibilidade aos seus pontos de vista. E o que acontece muitas das vezes é exactamente isso: ninguém sabe o que vai na cabeça dos jovens. E, como já referi lá atrás, quando não se sabe para onde se quer ir, não se chega a lugar nenhum. <br />Mas, de resto, estou completamente de acordo com ela. Que há que dar-lhes voz, que há que os escutar, que há que saber decifrar os ses códigos, sem tantas coisas prefabricadas. <br />“Ajudem-nos se impingir um caminho já feito”, diz a SU, e muito bem, talvez inspirada no “Caminhante, não há caminho. O caminho faz-se caminhando” de António MachadoA. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-17852253584306294302010-06-02T16:50:55.741+01:002010-06-02T16:50:55.741+01:00@Tiago, concordo contigo em alguns pontos, mas no ...@Tiago, concordo contigo em alguns pontos, mas no computo geral não. <br />Sei perfeitamente que dar força ao Estado é uma bandeira da esquerda. Considero até que, neste aspecto, o que sobra à esquerda falta à direita. Considero também que o Estado tem um papel essencial na sociedade que é o de garantir, de proteger, de regular... Mas o Estado tende a tornar-se numa estrutura pesada, sobretudo, quando os cidadãos lavam as mãos da intervenção cívica e deixam os partidos tomarem o controlo de tudo. Sabemos que o Estado, sobretudo nos regimes ditatoriais, é um autêntico antro de corrupção ao mais alto nível. <br />Ou seja, tudo isto é muito mais complexo do que possa parecer num primeiro momento. Também aqui o jogo de equilíbrios se torna difícil. <br />Mas que o papel do cidadão e, no caso, dos jovens, é essencial, lá isso é.A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-41565841563298818962010-06-02T15:31:31.570+01:002010-06-02T15:31:31.570+01:00Concordo com tudo o que disse e acho ridiculos, co...Concordo com tudo o que disse e acho ridiculos, como o(a) sr(a)os exemplos que também acha ridículos.<br /><br />Os impostos são um roubo para a carteira do cidadão comum, e até para as empresas dos cidadãos comuns (as PME's), porque estão mal direccionados: por exemplo, os bancos pagam muito menos de IRS que as restantes empresas...<br /><br />A comparação com Espanha também é verdadeira porque até agora, Espanha era dos países onde se pagavam menos impostos. <br /><br />O agravamento de impostos actual também atinge mais uns que outros: o IVA, por exemplo, é um imposto que atinge a todos por igual, ou seja, em termos relativos atinge muito mais quem menos tem. <br /><br />Mas isto não é demasiado Estado em números: tem que ver antes com uma atitude nacional (cultural) das instituições. Por exemplo, o sector financeiro em Portugal sempre foi muito apoiado pelo Estado, desde o Salazarismo. E ate na última década recebeu enormes apoios com isenções, baixos impostos, etc...Isto não é tamanho do Estado nos moldes que nos apresentam normalmente...Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-8622006841140915882010-06-02T14:31:18.068+01:002010-06-02T14:31:18.068+01:00Compreendo o seu ponto de vista e até concordo mas...Compreendo o seu ponto de vista e até concordo mas está a esquecer-se de um pormenor deveras interessante.<br />É que apenas 4 ou 5% da população nacional consegue entender, na totalidade, os argumentos que exprime - e bem. Os outros 95% apenas conseguem ver que em Espanha se paga apenas 18% de IVA, que o ordenado mínimo anda acima dos 700€ e que um automóvel de gama baixa custa cerca de 4000€ menos que cá ou até que um litro de gasolina custa 1,10€ em Espanha enquanto que cá ronda os 1,40€.<br />Apenas conseguem ver que uma família com um rendimento de 1000 a 2000€/mês vai sofrer um agravamento de impostos que ronda os 5% enquanto que outra que ganhe acima disso apenas vê os seus impostos agravados em 1,1% aproximadamente (como referiu e bem!)<br /><br />Apesar de toda a razão que possa ter, o cidadão comum quer exemplos práticos e os que vê apontam para um rombo enorme na sua carteira. Se, ainda por cima, vier alguém dizer que as empresas de capitais públicos que nos prestam os serviços considerados indispensáveis como a Galp, PT e etc. tiveram lucros exorbitantes à custa do aumento de preços de bens essenciais, então o caso fica ainda mais bicudo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-6719252552551368592010-06-02T14:02:27.561+01:002010-06-02T14:02:27.561+01:00Caro anónimo,
Está errada a sua análise: os impos...Caro anónimo,<br /><br />Está errada a sua análise: os impostos em portugal são mais baixos que a media europeia, em percentagem do PIB. <br /><br />E em percentagem do PIB, a carga fiscal em Portugal é de 37,5%, enquanto na área do euro é de 40,5%. <br /><br />Fonte: http://www.bportugal.pt/pt-PT/EstudosEconomicos/Publicacoes/outras/Biblioteca%20de%20Tumbnails/Publicação%20completa.pdf - pag 350<br /><br />Se me disser que a carga fiscal é muito pouco progressiva (ou seja, quem tem mais paga relativamente menos) em relação aos outros países, concordo consigo. No entanto, não tem que ver com tamanho do Estado ou da carga fiscal mas sim com o sistema fiscal que temos.<br /><br />Por exemplo, em relação à area do euro, temos uma muito menor carga fiscal sobre rendimentos e património, e maior em relação à produção e importação.<br /><br />De notar também, da mesma fonte, que as contribuições sociais (reformas, rendimento social de inserção, etc...) são muito maiores na area do euro: 15,3% do PIB; do que em Portugal: 13% do PIB.Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-30581373456234098242010-06-02T13:51:22.176+01:002010-06-02T13:51:22.176+01:00http://en.wikipedia.org/wiki/European_Union_Value_...http://en.wikipedia.org/wiki/European_Union_Value_Added_TaxAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-28362597731651179512010-06-02T13:02:11.860+01:002010-06-02T13:02:11.860+01:00Caro Tiago Santos, afirma que:
Os nossos impostos ...Caro Tiago Santos, afirma que:<br />Os nossos impostos não são maiores que a generalidade dos países europeus: até estão abaixo da media;<br /><br />Mas não pode fazer a comparação dessa forma,<br />não se esqueça que os salários mínimos estão bem abaixo da maioria dos países europeus. Inclusivé Espanha e Grécia. Senão confirme:<br /><br />http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/table.do?tab=table&init=1&language=en&pcode=tps00155&plugin=0<br /><br />Fonte Eurostat:<br />http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/product_details/dataset?p_product_code=TPS00155Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-89543275839146069192010-06-02T12:56:30.910+01:002010-06-02T12:56:30.910+01:00Só para relembrar que a questão (pertinente) da Su...Só para relembrar que a questão (pertinente) da Su ficou sem resposta:<br /><br /><b>"para onde podemos caminhar?<br />...não se limitem a fazer artigos 'jovens não ligam a politica', escutem o que temos para dizer, ajudem-nos sem impingir um caminho já feito, delineado por outro alguém que ousou e venceu, hoje esse caminho está gasto..."</b>Ollyhttps://www.blogger.com/profile/12407669583166939359noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-40271944980470997252010-06-02T12:41:32.590+01:002010-06-02T12:41:32.590+01:00REPITO: o Estado portugues nao e' obeso...
Os...REPITO: o Estado portugues nao e' obeso...<br /><br />Os nosso impostos nao sao maiores que a generalidade dos paises europeus: ate estao abaixo da media;<br />O investimento publico nao e' maior que na generalidade dos paises europeus;<br />Os nossos deputados nao sao mais que na generalidade dos paises europeus;<br /><br />Onde o Estado e' grande nao e' em nada disto mas sim numa herança que guardamos do fascismo que sao as redes que manipulam e controlam o poder, desde os pontos mais baixos das heirarquias ate ao poder politico central. Nao tem que ver em nada com numero de deputados nem com impostos nem com nada disso: tem que ver com relaçoes sociais que se estabeleceram ha muito tempo e que controlam o pais - por exemplo, a forma como o sector economico e financeiro controla grande parte das decisoes politicas nacionais e a forma como os politicos dançam entre cargos em empresas privadas e instituiçoes publicas.<br /><br />Nao e' o Estado formal que e' obeso mas sim o informal para o qual todos contribuimos com as nossas atitudes sociais (cunhas, amiguismo, cabulas, ou ate praxes)...Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-47267934646402637922010-06-02T12:36:19.181+01:002010-06-02T12:36:19.181+01:00Nao P. Albino,
Ideia peregrina e fazer correlaçao...Nao P. Albino,<br /><br />Ideia peregrina e fazer correlaçao directa entre quantidade de deputados e descredibilizaçao. Nao e' quanto mais deputados mais credibilidade: e' contrariar que quanto menos deputados mais credibilidade que e' o que me apresenta na sua argumentaçao. Como deve ter lido nos artigos do Andre Freire, o numero de deputados em Portugal e' consistente com a sua populaçao e a representaçao desta, comparado com os outros paises do mundo.<br /><br />Segundo, mostra que se deixou contagiar pelo discurso dominante: tem de rever quem lhe disse que temos um Estado obeso - nao temos. E' esta a ideologia que lhe falo nos meus comentarios: trata-se unica e exclusivamente de ideologia. Segundo a ideologia que defende o afastamento da politica, temos um Estado obeso, mas segundo a outra, nao temos.<br /><br />Esta-se a esquecer da quantidade de deputados que o Brasil tem em varias camaras em todos os estados federativos que compoe a federaçao que e' o Brasil.<br /><br />Mas repito: a sua analise e' que faz correlaçao directa (negativa) entre numero de deputados e credibilizaçao: a minha faz correlaçao directa entre esse tipo de discurso e descredibilizaçao. E' completamente diferente...Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-3014535088952885432010-06-02T12:21:50.714+01:002010-06-02T12:21:50.714+01:00Ai Tiago, Tiago, então continuas a fazer uma corre...Ai Tiago, Tiago, então continuas a fazer uma correlação directa entre 'quantidade' dos deputados e 'credibilização' (ou falta dela) do Estado. Parece que a lógica é: quanto mais deputados mais o Estado ganha credibilidade perante a sociedade e as Instituições. Sinto muito, mas discordo dessa ideia, que considero peregrina. <br /><br />Se a coisa funcionasse assim, o Brasil, por exemplo, que cresce este ano quase aos 5%, precisaria de dezenas de muitos milhares de deputados em Brasília (são mais de 190 milhões de habitantes). <br />Um país geograficamente 99 vezes maior que Portugal é governável, está entre os que mais cresce no mundo e é actualmente respeitado politica e economicamente na cena internacional. Não sei o que seria se Sócrates estivesse lá, no lugar do Lula (que naquele sistema acaba por fazer de presidente e primeiro ministro). Bom, mas não quero entrar por aí, que há quem faça melhor essas análises. <br />Porém, voltando à linha da frente: que fique claro que não defendo a ausência do Estado, mas também não defendo um Estado obeso.A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-66062399682840320752010-06-01T22:59:34.457+01:002010-06-01T22:59:34.457+01:00Continuação...
A política tornou-se um jogo chato...Continuação...<br /><br />A política tornou-se um jogo chato onde os políticos são apenas marionetas de um contexto muito superior: em vez de os agentes típicos do mercado (empresas, empresários ou até trabalhadores) concorrerem numa luta pelo acesso ao combate ideológico e entrada na política com programa de governo, passou a ser o Governo a estar no jogo do mercado, a ter de negociar com uns grupos e com outros, com pressões advindas de todos os lados e às quais cede, muitas vezes ilegalmente, daí surge a corrupção.<br /><br />A parte nobre que a política ou a governação podia ainda conservar foi deixada para segundo plano. O que interessa é um Estado capaz de competir no mercado, eficiente e pouco consumidor de recursos. A decisões que realmente fazem andar os países são INDIVIDUAIS e são tomadas pelos empreendedores.<br /><br />Agora penso que temos terreno para debater o afastamento dos jovens: a política é chata porque é um jogo complexo sem piada; a política é imoral, porque se viu desprovida de qualquer sentido de bem comum e o interesse próprio propiciou as relações corruptivas entre agentes económicos e políticos; a política é distante, porque na medida em que os Estados deixaram de ter que ver com os cidadãos e deixando cada vez mais tarefas para os mercados, fugiram do que era a vida real das pessoas; a política é desnecessária porque ninguém percebe os seus efeitos; a política tornou-se um meio de entretenimento que não consegue competir com o "Achas que sabes dançar?"; e por último, a política fechou as portas para quem tiver o sonho de a mudar.<br /><br />Se dá para mudar isto, dá, mas não sem ajustes muito fortes na sociedade em que vivemos e dos quais devemos estar cientes.<br /><br />Peço desculpa a todos pelo tamanho do comentário...<br /><br />Abraço<br /><br />Tiago SantosTiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-91343490998505681012010-06-01T22:59:05.314+01:002010-06-01T22:59:05.314+01:00"O homem nasceu livre mas em toda a parte est..."O homem nasceu livre mas em toda a parte está a ferros."<br /><br />É com esta frase que Rousseau começa o seu Contrato Social. Os jovens nascem todos iguais, entre si e iguais aos outros jovens de outros tempos e outras eras. <br /><br />Há fenómenos sociais que fazem da actualidade uma era diferente, os jovens actuais, jovens diferentes e assim molda as diferenças que observamos para o geral da sociedade.<br /><br />Os jovens de hoje não tem qualquer predisposição genética para o desinteresse ou para a ignorância. Nascem como seres em potência, capazes daquilo que a sociedade deixar que façam, porque a sociedade, por definição, dá umas oportunidades e condiciona outras.<br /><br />Um jovem tem apenas uma pequena parte de decisões possíveis dadas as oportunidades que a sociedade lhe permitiu e tem apenas uma pequena parte de culpa nas decisões que tomou.<br /><br />Desde os anos 80 que se convencionou a nível internacional que os Estados tinham de emagrecer e deixar de se imiscuir nos assuntos que eram do foro económico e da decisão privada - chama-se a isso neoliberalismo. O neoliberalismo contempla a ideia de que cada ser humano deve ser livre (principalmente para comprar ou vender o que bem lhe aprouver) e que os Estados não devem condicionar as acções dos indivíduos. O mercado (a economia privada) funciona de forma equilibrada sem que o Estado seja necessário, sendo a sua intervenção até nociva. Os subsídios de desemprego alimentam a preguiça, os rendimentos minimos garantidos incentivam os comportamentos desviantes, os serviços públicos são, por definição ineficientes. <br /><br />O que passou a ser importante foi um Estado que não chateasse, "que não nos mexesse no bolso", nada de impostos, nada de prestações sociais inúteis. Vamos dar liberdade às pessoas.<br /><br />Cada um procurando o seu interesse próprio acabam por atingir o interesse comum, já dizia Adam Smith, o "pai" da economia política clássica.<br /><br />Todo um discurso voltado para isto tem efeitos: já pensaram porque é que as pessoas só pensam em si próprias? É por opções político-ideológicas. Todos detestam impostos sem perceber que os impostos são o que nos permite aceder a serviços públicos gratuitos onde não se faz acepção de pessoas (por exemplo, o SNS). <br /><br />De seguida, o desequilibrio do neoliberalismo provoca poderes desequilibrados nos seus agentes. Deixamos de ser governados por Governos (que se retiraram em grande medida do seu papel de organizar e regular as sociedades) e passamos a ser governados por uma cúpula constituída por grupos de pressão onde, quem tem mais poder dentro do mercado, tem mais voz e mais capacidade de influenciar o caminho da sociedade.<br /><br />Continua...Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-6139033095427295942010-06-01T22:56:51.206+01:002010-06-01T22:56:51.206+01:00Deixo aqui os links de dois textos do politólogo A...Deixo aqui os links de dois textos do politólogo André Freire sobre o assunto:<br /><br />http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2010/06/democracia-debaixo-de-fogo-i.html<br /><br />http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2010/06/democracia-debaixo-de-fogo-ii.html<br /><br />E deixo um dado interessante, custou mais ao Estado os dias de tolerância de ponto dados a propósito da vinda do Papa do que todos os custos com os 50 deputados ao longo de 4 anos...<br /><br />O resto está nos textos dos links: o nosso número está em consonância com o resto da Europa.<br /><br />E por último, está a ver essa ideia d' "os políticos inventam para ir comendo o dinheiro público". Isso é o que? Sei eu bem de onde se ouve isso e que impacto tem isso na política e na percepção da política que as pessoas têm.<br /><br />É claramente um tiro ao lado. <br /><br />"A impressão que me dá é que quando se trata de pedir sacrifícios ao "aparelho", ao "sistema", somos logo tachados de demagogos. Mas quando se trata de pedir sacrifícios à arraia miúda, ao povão, isso já é "necessidade imperiosa" para diminuir o défice, para enfrentar a crise, bla bla bla."<br /><br />Já pensou porque é que cada uma dessas coisas é defendida por quadrantes diferentes da política?<br /><br />Não acha que é porque existe uma relação de cumplicidade entre pedir sacrificios ao povão e exigir a diminuição da representatividade da AR e a descredibilização do Estado? E o inverso, que quem critica os sacrificios feitos ao povão seja contra a diminuição do número de deputados? Acha que são todos apenas incoerentes, ou existe algo que está por detrás de cada decisão que nós não vemos à primeira?Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-77110613702604969812010-06-01T22:48:55.367+01:002010-06-01T22:48:55.367+01:00Já agora, Tiago, informo (consultei agora mesmo) q...Já agora, Tiago, informo (consultei agora mesmo) que 57186 pessoas já subscreveram a "Petição A Favor da Redução do Número de Deputados na Assembleia da República de 230 para 180".<br /><br />Ver aqui: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=230180A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-36396317701939208182010-06-01T22:42:47.274+01:002010-06-01T22:42:47.274+01:00@Tiago
Antes de mais nada tenho que dizer que erre...@Tiago<br />Antes de mais nada tenho que dizer que errei o número de deputados. A Petição Pública pede que se diminua dos actuais 130 (e não 120 como eu tinha escrito num comentário anterior) para 180. A Constituição da República situa o número de deputados entre os 180 (mínimo) e os 230 (máximo). Se fossem 131 já era inconstitucional!<br /><br />Não sei exactamente se isso tiraria representatividade aos partidos pequenos ou não. Mas, sejamos sinceros, eu ainda não percebi porque é que há tantos partidos em Portugal e, muitos deles, no mesmo espectro político. <br /><br />E, depois, caro Tiago, 50 deputados a mais ou a menos, nos gastos o Estado não me parece uma coisa "irrisória.", como dizes. <br /><br />A impressão que me dá é que quando se trata de pedir sacrifícios ao "aparelho", ao "sistema", somos logo tachados de demagogos. Mas quando se trata de pedir sacrifícios à arraia miúda, ao povão, isso já é "necessidade imperiosa" para diminuir o défice, para enfrentar a crise, bla bla bla. Haja paciência e cabeça fria!<br /><br />Sinais, sinais é o que pedimos. Há gestos que podem ter um impacto menor nos resultados, mas não deixam de ser sinais. E 20, ou 30, ou mesmo 50 deputados a menos ( o máximo que se pode reduzir, segundo o número existente) com salários, gastos do aparelho do Estado, ajudas de custo, pensões, e tudo o que os políticos inventam para ir comendo o dinheiro público... pois, caro Tiago, seria um grande SINAL para todos os portugueses e até daria mais credibilidade a quem, diante do povo português, não anda sobrado dela.<br /><br />Mais Estado ou menos Estado não está na quantidade, mas mais na presença deste no regular funcionamento das Instituições e sociedade, garantindo a soberania, protegendo os que o livre mercado tende a excluir, etc... Mais Estado não é quantidade mas qualidade. E, neste momento, vejo mais quantidade que qualidade na nossa Assembleia da República.A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-76208801731755659082010-06-01T22:03:00.989+01:002010-06-01T22:03:00.989+01:00Concordo com o que o P. Albino diz que belas ideia...Concordo com o que o P. Albino diz que belas ideias aqui estão a ser expressas, para onde podemos caminhar? Sinceramente é algo sobre o qual penso que temos todos de pensar em concreto, e uma boa forma de o discutir e debatendo ideias, não é nada complicado, é algo que se faz sem grandes problemas de maior entre jovens (nós) quando não nos prendem mãos e pés porque parecemos demasiado "radicais", quando dizem "os jovens hoje pensam assim : ....." (não sendo jovem de hoje quem o diz), de tantas vezes nos cortarem pequenas iniciativas é natural que qualquer um se remeta ao seu cantinho e fique sossegado, assim não é nem criticado nem, muitas vezes, espezinhado. Também nós temos defeitos, mas não se limitem a fazer artigos jovens não ligam a politica, escutem o que temos para dizer, ajudem-nos sem impingir um caminho já feito, delineado por outro alguém que ousou e venceu, hoje esse caminho está gasto ...Suhttps://www.blogger.com/profile/17874322921914986216noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-2137204968395693572010-06-01T19:25:12.573+01:002010-06-01T19:25:12.573+01:00Caro P. Albino,
Se voltar a ler percebe que a re...Caro P. Albino, <br /><br />Se voltar a ler percebe que a resposta está lá:<br /><br />Não é pela redução ou não do número de deputados. Apenas acho que é, para além de um tiro ao lado (a redução em causa não tinha necessariamente efeitos práticos, para além de os valores serem irrisórios), tem imensos efeitos secundários.<br /><br />Primeiro, se for feito de uma forma cega apenas diminui a representatividade (prejudicando os partidos mais pequenos). <br /><br />Mas o principal argumento é mesmo termos a noção do que está por trás. Eu não concordo com ideia única da contenção dos gastos públicos em qualquer circunstância e mais uma vez esta proposta apenas serve um propósito demagógico que pretende continuar a reduzir o peso do Estado e tirar credibilidade à política e aos governos.Tiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/16225858803641428366noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-899060631914193030.post-28319655059981110582010-06-01T18:36:05.122+01:002010-06-01T18:36:05.122+01:00Já agora, caro Tiago, era para te ter perguntado a...Já agora, caro Tiago, era para te ter perguntado antes mas esqueci-me: No teu primeiro comentário escreveste isto: "Por isso é que não assinei e até sou contra a petição da redução do número de deputados. É uma pedra lançada ao lado e com efeitos secundários altamente ideológicos e que contribuem para este desprendimento da política por parte dos jovens."<br />Já agora, porque é que não apoias a petição. Se há que 'emagrecer' o Estado não deveriamos começar pelo parlamento. A quantidade de deputados é assim tão importante para este país? Será que reduzir de 220 a 180 deputados põe em perigo a democracia???<br /><br />O sistema politico anacrónico (em alguns aspectos) que temos está acima do bem e do mal e, portanto, imune à crise actual. <br /><br />Já foram fechadas milhares de escolas nos últimos anos (o que acarretou sacrifícios para muitas famílias) e, segundo noticias divulgadas hoje mesmo, o Governo prepara-se para fechar cerca de 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos. E o critério principal é a redução de custos, digam o que disserem. <br />No Entanto, o sr. Estado continua a esbanjar noutros âmbitos e sectores, em instituições que são pouco mais que 'cabides de emprego'. Mas, claro está, tens todo o direito de discordar. Basta que digas porquê!A. Bráshttps://www.blogger.com/profile/06908247729745404917noreply@blogger.com