quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A caça ao tesouro...


Os talentos são um tema recorrente nas temáticas vocacionais e cristãs. Associados aos dons que Deus nos dá, traduzem-se nas capacidades que cada um de nós tem para desempenhar certa tarefa melhor que outra; chamemos-lhe VOCAÇÃO.
Nos dias que correm, a oferta é pouca e corremos o risco de cair na apatia do desapego, desperdiçando os nossos talentos, um pouco como os filhos do jardineiro:

Era uma vez um agricultor. Não era rico, mas à custa de muito trabalho tinha conseguido comprar uma bela vinha. Tinha também criado e educado três filhos robustos e sãos. Mas o seu grande problema era o seguinte: os três rapazes não eram como o pai, isto é, não gostavam do trabalho do campo.

Um dia o agricultor sentiu que estava a chegar a sua última hora. Chamou os seus filhos e disse-lhes:
— Filhos, tenho que vos revelar um segredo: na vinha está escondido tanto ouro que podereis viver felizes e tranquilos. Procurai esse tesouro e dividi-o fraternalmente entre vós.

Dito isto, expirou. No dia seguinte, os três filhos foram para a vinha com pás e picaretas e começaram a cavar a terra, abrindo buracos muito fundos. Procuraram durante dias e dias, movendo toda a terra, pois a vinha era grande e não sabiam onde é que o pai tinha escondido o tesouro. No fim, repararam que tinham cavado toda a terra sem nada encontrar. Ficaram desiludidos.

Mas, passado algum tempo, compreenderam o significado das palavras do pai. De facto, naquele ano a vinha deu uma quantidade enorme de uvas, porque tinha sido bem cavada. Venderam as uvas e fizeram muito dinheiro. Essa fortuna conseguida com a venda das uvas foi repartida fraternalmente, conforme as recomendações do defunto pai.

A partir daquele dia compreenderam que o maior tesouro para o homem é o fruto do seu trabalho.

Adaptação de um conto de Leão Tolstoi

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