quarta-feira, 22 de abril de 2009

Muda de vida sem mudar de Planeta

Hoje, 22 de Abril, é o Dia da Terra.

E começo por apelar à memória! Corria o ano de 1994 quando, na UPC, em Madrid, numa aula de Ecologia e Bioética, Javier Gafo, o meu professor e tutor da minha tese de Mestrado, nos dizia - com preocupante dramatismo e algo de profetismo: "É incomportável para o planeta Terra que a China chegue a ter o mesmo modelo de vida e de consumo que tem, por exemplo, os EUA". Falava-nos do desenvolvimento sustentável, no âmbito de outras questões de ecologia e meio-ambiente, numa perspectiva não apenas teológica. Aquela frase marcou-me e trago-a à memória como se ainda a estivesse a ouvir da boca desse professor e amigo, entretanto já falecido.

Apresento este exemplo de tantos outros possíveis. Mas é verdade! Os recursos do nosso planeta são limitados e a humanidade cria e quer satisfazer necessidades além do razoável e, pior ainda, do possível. O planeta Terra já está com muitas feridas abertas, cada vez maiores e mais expostas.

Seguramente que ao leres o título deste texto terás pensado: aí vem mais um texto sobre a conversão, o pecado, ... É verdade! Só que a mudança que se pede aqui não é a apenas a de acolher Deus na tua vida, mas a de acolher o Deus que te desafia a cuidar da Criação. Trata-se da "espiritualidade do cuidado" para com "a Mãe Terra", na bela perspectiva teológica e espiritual de Leonardo Boff.

15 anos depois daquela frase de Gafo sinto que estamos todos mais sensíveis para as questões ambientais. É certo! Mas, entretanto, os atentados contra o organismo vivo que é este planeta que nos dá guarida, aumentaram exponencialmente. Por isso, pelo menos hoje, valoriza o Dia a Terra pensando nestas coisas e assumindo compromissos de mudança.

No fundo, o que nós precisamos é de perceber que a nossa vida tem de mudar, mudando as nossas atitudes e os nossos hábitos. Está feito o desafio!

Pensa globalmente, age localmente.

Feliz Dia da Terra.

A. Brás

Sem comentários:

Enviar um comentário