segunda-feira, 21 de maio de 2012

Missionários da Consolata reunidos para decidir o futuro


Quatro dezenas de missionários da Consolata reúnem-se em Fátima para o X capítulo provincial. De 21 a 25 de maio, vão debruçar-se sobre a sua presença em Portugal e quais as responsabilidades que pretendem assumir.

Quatro dezenas de missionários da Consolata reúnem-se em Fátima para o X capítulo provincial. De 21 a 25 de maio, vão debruçar-se sobre a sua presença em Portugal e quais as responsabilidades que pretendem assumir.

“Somos uma região relativamente pequena, poucas comunidades. É uma oportunidade para estarmos todos juntos. É uma ocasião para avaliarmos o que os outros pensam, o que nós pensamos e pôr em comum todos estes aspetos”, explica Manuel Carreira, o primeiro missionário da Consolata português. “Olhar para trás: de onde é que vimos? O que nós somos? E para onde queremos ir? A palavra conferência quer dizer isso mesmo: conferir o antes, o agora e o depois. Foi bom, não foi? E purgar os aspetos que são menos interessantes para aquilo que deve ser a nossa vida missionária”, acrescenta o experiente missionário.

A província portuguesa da Consolata vive um momento crucial, com a média etária dos missionários a elevar-se, com a escassez de novas vocações missionárias: “Perdeu-se ou está a perder-se, por força das circunstâncias, aquilo que era o lema inicial da nossa presença em Portugal, que era a animação missionária e a promoção das vocações missionárias”, explica Manuel Carreira. “Perderam-se um pouco estas duas palavras que são a chave do nosso trabalho. Vamos olhar para o que os outros fizeram, não para fazer como eles, mas para poder ter as bases para fazer melhor”.

O missionário sugere que é necessário “adaptar-nos aos novos tempos, às pessoas que temos, às capacidades que temos”. E pergunta: “Como é que podemos adaptar o que vem de trás, de longe, aos tempos modernos?”. E responde: “Precisamos de recuperar o que está perdido. Tem-nos faltado a capacidade para inovar. Esta conferência tem de fazer isso. A animação missionária e a promoção vocacional são os dois aspetos que têm de ser recuperados e adaptados aos novos tempos”.

A presença dos leigos missionários na vida do Instituto da Consolata é hoje uma realidade forte. “Devemos organizar-nos, contando com a ajuda dos leigos. Quanto menos valemos pela quantidade, pela saúde das pessoas, precisamos de pontos de apoio, para que tragam, para dentro os conhecimentos que têm e que nós não temos nem nunca tivemos”. Trata-se segundo Manuel Carreira, de “uma inspiração de Deus, do Espírito Santo, que nos impulsiona”. E confessa: “Por vezes, não sabemos ler os sinais. A colaboração dos leigos é um sinal dos tempos, que temos de aproveitar. Não é só porque não podemos ou não somos capazes de fazer, que chamamos os leigos. É preciso chamá-los e dar-lhes a perceber que fazem parte da organização ou pelo menos a possibilidade de colaborarem no projeto”. E conclui com um desejo: “Que saibamos aproveitar bem as forças que temos e abrir-nos às forças que os leigos nos podem trazer”.

E. Assunção in Fátima Missionária

1 comentário:

  1. Convosco ficam as nossas orações para que o Espírito Santo vos ilumime e vos oriente nas decisões. Bem hajam!

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