Jesus que semeou a Palavra e é Ele mesmo a semente de Deus lançada no campo da nossa vida, o que é que nos pede? Unicamente que tenhamos o nosso campo limpo para acolher essa semente e que esperemos com paciência. O discípulo sabe que a sua vida é um campo semeado que não pode usado para brincar ou para calcar. A terra é sagrada e fecunda já pela semente que contém. O desenvolvimento do Reino pode parecer lento, mas é constante e vigoroso, porque é forte a vitalidade da semente, que é a Palavra de Deus. É essa a vitalidade que a faz germinar e crescer até chegar à hora da colheita. A humildade dos começos não é obstáculo à grandeza que o reino de Deus há-de atingir na hora da ceifa.
O Reino de Deus, continua Jesus “É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. Jesus fala à pequena comunidade que Ele mesmo fundou. Não lhe interessam sucessos nem grandezas, porque o seu estilo é feito de pequenez e humildade.
Repara bem: Se plantas na terra um enorme tronco, não nasce nada. Mas se colocas nesse terreno uma pequena semente, transforma-se em árvore. Jesus não mira ao sucesso ou aos aplausos das multidões. Quer que sejamos pessoas autênticas e humildes que tenham as mesmas características dessa semente que é Ele mesmo. Uma vela pequenina ilumina mais do que tantas noites. É uma minúscula chama onde todos podem acender a própria lâmpada.
A vida é crescimento e é maturação. De uma minúscula semente nasce uma árvore gigantesca. De biliões de gotas é feito o oceano. A vida é feita de pequenas acções. De um gesto aparentemente “insignificante” pode nascer a revolução de um povo. Do silêncio de um grão de trigo pode germinar uma seara abundante. Talvez possamos pedir a Deus a graça de darmos cada vez mais valor aos pequenos gestos que podem mudar o mundo.
Darci Vilarinho
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