sábado, 30 de janeiro de 2010

Vidas Consagradas: Uma conversa com o padre Maurício

«Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho»: O missionário

Foi este o título escolhido para a "conversa" com o pe. Maurício Guevara (missionário da Consolata a residir na comunidade do Cacém). Aqui vos deixamos o artigo e o link para o video:

Na sétima reportagem da série Vidas Consagradas, que explora as diferentes facetas do sacerdócio, a Renascença conversa com o Pe. Luis Mauricio Guevara, um missionário argentino a trabalhar em Portugal.
Um dos trabalhos dos missionários da Consolata é formar jovens que queiram fazer experiências de missão, às vezes por tempo limitado. A ideia de fazer alguns meses de missão, seja em território nacional, seja em África, por exemplo, tem ganho cada vez mais popularidade entre jovens cristãos universitários, existindo já muitos projectos para o efeito. Mas não se corre o risco de confundir missão com acção social?

“Há muitos jovens que querem fazer uma experiência de voluntariado, mas não levamos jovens que simplesmente queiram ir ajudar. É preciso uma formação prévia, e essa formação inclui este caminho que está ligado ao crescimento da fé. Vamos como cristãos, e não como assistentes sociais. Como ajuda um cristão é diferente de como ajuda alguém que não acredita em Deus”, explica o Pe. Mauricio.

A generosidade do missionário, e a sua disponibilidade a ir onde for preciso, nem sempre são bem aceites. Todos os anos são assassinados homens e mulheres cuja vida se limita à divulgação do Evangelho, em 2009 bateram-se os recordes dos últimos anos, com 39 mortes violentas, só de missionários católicos.

Pe. Luis Mauricio, missionário argentino em Portugal

Faz tudo parte, garante o padre argentino: “está incluído isto, no nosso pacote de cristãos. Dar a vida pelo Evangelho, se for preciso, é uma coisa que faz parte da nossa matriz de cristãos, da nossa essência de sermos cristãos. Não procuramos o martírio, mas se chegar estou convencido que Deus nos dará força para suportar isto e testemunhar com a alegria de tantos mártires que morrem a anunciar o Evangelho.”

Porém, quando se lhe pergunta se já se encontrou nalguma situação de perigo ri-se e responde ao lado: “Trabalhei nestes últimos quatro anos com jovens e o grande risco que corremos é não saber muitas vezes como segurar estes jovens que procuram um sentido mas ao mesmo tempo têm medo de abraçar compromissos. É este o grande risco, de perder estes jovens, de não poder ajudar estes jovens a descobrir o verdadeiro caminho. Como podemos nós, como igreja, ajudar estes jovens a escolher o caminho certo num mundo tão incerto?”

O artigo e o vídeo podem ser vistos AQUI.

3 comentários:

  1. grande pergunta, ate eu me questiono, mas deixo também uma dica, escutem-nos isso por si só poderia melhorar muita coisa (não tudo obviamente)

    ResponderEliminar
  2. muito obrigado pelo testemunho, precisamos de mais padres assim!

    ResponderEliminar
  3. É bem verdade padre Maurício, por vezes os mais jovens chegam ao pé de nós com problemas que, por mais que queiramos, é difícil saber como ajudar, dar uma palavra de conforto e de encorajamento nesse momento. Corremos sempre o risco de os "perder" se não soubermos escolher as palavras adequadas.

    ResponderEliminar