segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Monge beneditino propõe ecologia com amor

A mudança interior da cultura, da espiritualidade e sobretudo a prática de um amor verdadeiro por todas as criaturas são fundamentais para salvar o planeta, defende o monge Marcelo Barros. O religioso está em Portugal para uma série de conferências.

O monge beneditino Marcelo Barros inicia amanhã, 14 de janeiro, uma série de conferências sobre «Ecologia e Espiritualidade», onde irá transmitir a sua visão sobre a forma como o ser humano está a tratar o planeta e a vida e lançar pistas de reflexão para um equilibrio entre a ecologia ambiental, a ecologia social e a ecologia interior. As palestras, promovidas pelos Missionários da Consolata, em parceria com diversas universidades e organizações de defesa do ambiente, têm como objetivo proporcionar o confronto entre as várias perpectivas existentes em relação a este tema.

«Ao trazermos a Portugal este especialista, uma voz que vem da periferia, pretendemos criar uma plataforma de reflexão sobre a problemática ecológica e como o ser humano, a partir da sua vertente espiritual e ecuménica, pode contribuir para uma maior harmonia e para a construção equilibrada desta casa comum, que é o planeta nas suas diferentes dimensões», explica o padre António Fernandes, Superior Provincial dos Missionários da Consolata.

A primeira palestra de Marcelo Barros está agendada para as 18h00, no Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O monge brasileiro terá como companhia o orador Paulo Borges. A moderação estará a cargo de Joaquim Cerqueira Gonçalves. No dia 15, a partir das 17h00, Barros discursa na Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). Na mesa, como oradores, estarão também Margarida Felgueiras (FPCEUP) e Jorge Moreira, da Sociedade de Ética Ambiental (SEA). Alexandra Sá e Costa, da FPCEUP, será a moderadora.

Na quinta-feira, 16 de janeiro, o ciclo de conferências desloca-se mais para norte, com uma sessão no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, em Braga, a partir das 10h00. Nesta palestra, Marcelo Barros fará o confronto de ideias com Jacinto Rodrigues, professor catedrático da Universidade do Porto, e José Pinheiro Neves, professor auxiliar da Universidade do Minho. A moderação é assegurada por Maria Paula Mascarenhas.

«Não podemos pensar que se o ser humano desaparecesse, a natureza agradeceria. Ao contrário, o ser humano tem uma tarefa importante e única como alma de toda esta relação entre os seres. Não está a cumprir a sua missão e está a ser responsável pela tragédia da destruição ecológica, catástrofe bem pior do que o terrorismo. Entretanto, podemos sim salvar o planeta e a vida. Façamos isso com os cuidados técnicos e científicos que nos ensinarem, mas principalmente com uma mudança interior de nossa cultura, com nossa espiritualidade, nossa postura de amor por todas as criaturas», defende o monge beneditino.

Francisco Pedro in Fátima Missionária

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