O professor da humanidade

2009 está aí, 2008 já passou, e há quem já sonhe com 2010.
Não é preciso ser adivinho nem lançar as cartas do tarot para dizer que este ano se apresenta bastante sombrio. Talvez esta passagem de ano chuvosa seja o prenúncio disso mesmo.

A verdade é que será um ano bastante bom para uma actividade em particular (e não, não estou a falar dos furtos e da corrupção): a criação de ideias...

Parece que o debate político voltou à baila, as pessoas questionam-se, e nalguns países as questões assumem uma face ruidosa e até violenta. Este será um ano excelente para pensarmos onde falhámos, como somos obrigados a fazer quando percebemos que reprovámos na escola.

A verdade é que a humanidade reprovou na sua missão de ser humanidade, ou pelo menos, as negativas que vai acumulando dão-lhe poucas esperanças. Uma nova abordagem da economia impõe-se, mas não só, uma nova abordagem da religião também se impõe. Pelo menos um caminho para uma economia da partilha e não a gasta economia do interesse individual (leia-se: ganância). Entro então na ideia de que o maior economista de todos os tempos foi, nada mais, nada menos, que Jesus Cristo, que percebeu as dinâmicas da oferta e da procura como ninguém. Percebeu que na partilha está o segredo para a prosperidade, de TODOS os seres humanos, de TODOS os seres vivos, e de toda a Terra, em suma.

Assim, voltando à escola, ou à faculdade, lembro-me que entretanto tenho exames para fazer. No ano passado, por esta altura, andava preocupado com um exame de Cálculo I que tinha p'ra fazer, e que era deveras complicado. No fim da história, passei, com 11, e alguma sorte, diga-se. A questão é que eu, como a humanidade, também tive a meio do semestre, um teste, em que tive 0 valores, e assim fiquei fora da avaliação contínua e fui obrigado a fazer a cadeira por exame. Muitos ficaram estupefactos por eu ter acabado por passar, e não é meu objectivo fazer um auto-elogio (até porque acho que tive muita sorte no exame). A questão é que, a partir do 0, comecei a estudar em casa, e a ir constantemente ao gabinete do meu professor de Cálculo para tirar dúvidas. O professor ajudou-me, e consegui passar.
Toda esta história para dizer que a humanidade tem de fazer o mesmo depois desta crise:
- Libertar-se da inércia, estudar muito em casa, fazer muitos exercícios, e quando houver dúvidas, ir ao gabinete do professor, que ele explica.

O meu professor chamava-se Paulo Saraiva, quem será o professor da humanidade para onde nos devemos virar?

Tiago Santos