sábado, 30 de junho de 2012

O milagre da vida


No 13º Domingo do Tempo Comum, a liturgia apresenta-nos o rosto de um Deus apaixonado pela vida do homem. Na 1ª leitura, o Livro da Sabedoria recorda-nos que Deus não é o criador da morte e que o seu agir está orientado totalmente para a vida. No Evangelho, Jesus cura uma mulher que, por causa da sua doença não podia entrar em relação com os outros nem gerar a vida, e transmite a vida a uma menina de 12 anos que a morte tinha prematuramente roubado ao afecto dos seus pais. São dois milagres de Jesus entrelaçados pela fé das pessoas. É a fé que os une. Domingo passado dizia Jesus aos Apóstolos cheios de medo por causa da tempestade: “Como é que ainda não tendes fé?”. Hoje é o mesmo Jesus que diz à mulher que há doze anos perdia sangue:”Vai que a tua fé te salvou”. E a Jairo, chefe da sinagoga, diz: “Não temas, basta que tenhas fé”.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Agora!



Cavalos de Corrida
UHF

Agora é que a corrida estoirou,
e os animais se lançam num esforço
Agora é que todos eles aplaudem,
a violência em jogo
Agora é que eles picam os cavalos,
violando todas as leis
Agora é que eles passam ao assalto
e fazem-no por qualquer preço

Agora, agora, agora, agora,
tu és um cavalo de corrida
Agora, agora, agora, agora,
tu és um cavalo de corrida

Agora é que a vida passa num flash
e o paraíso é além
Agora é que o filme deste massacre
é a rotina Zé Ninguém
Agora é que perdeste o juízo,
a jogar esta cartada
Agora é que galopas já ferido,
procurando abrir passagem

Agora, agora, agora, agora
tu és um cavalo de corrida
Agora, agora, agora, agora
tu és um cavalo de corrida, eh

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A sociedade actual: problemas e alternativas


«A qualidade materialista e egoísta da vida contemporânea não é inerente à condição humana. Muito do que hoje parece ‘natural’ remonta aos anos 80: a obsessão pela criação de riqueza, o culto da privatização e do sector privado, as crescentes disparidades entre ricos e pobres. E sobretudo a retórica que vem junto: admiração acrítica dos mercados sem entraves, desdém pelo sector público, a ilusão do crescimento ilimitado.
Não podemos continuar a viver assim. O pequeno crash de 2008 foi um aviso de que o capitalismo não-regulado é o pior inimigo de si mesmo: mais cedo ou mais tarde há-de ser vítima dos seus próprios excessos e para salvar-se recorrerá novamente ao Estado. Mas se nos limitarmos a apanhar os bocados e continuar como dantes, podemos esperar convulsões maiores nos próximos anos.
E porém parecemos incapazes de conceber alternativas. Também isso é novo.»

In Judt, Tony (2011 [2010]) Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos, Lisboa, Edições 70. Tradução, Marcelo Félix.

A citação acima é claramente perturbadora. Em muito poucas linhas resume grande parte daquilo que deve ser relembrado por quem está descontente com o rumo actual das sociedades ocidentais. A primeira frase faz ao mesmo tempo uma análise importante e abre uma porta necessária. A vida contemporânea é materialista e egoísta, mas não sendo inerente à condição humana, significa que a vida contemporânea não tinha de ser assim – fica aberto o espaço para a mudança, para a alternativa, aquela que não conseguimos vislumbrar, como revela o fim deste trecho.

Esta citação abre-nos ainda mais algumas portas. Se a vida contemporânea não tinha de ser como é, a verdade é que é assim por alguma razão. Judt, como um dos mais importantes historiadores do século XX, reconhece a origem do pensamento que nos trouxe até aqui. A história é feita de processos e não de quebras repentinas. Saber a história que nos trouxe até aos actuais descontentamentos é urgente para descobrir as alternativas que tanto necessitamos. O autor dá-nos até uma década concreta – a década de 80. Foi nesta década que aconteceram importantes mudanças políticas no mundo ocidental que forjaram a realidade social e política que atravessamos hoje. Essa realidade não é desligada das ideias criadas por inúmeros filósofos políticos, economistas ou sociólogos que viveram até essa década e que viram políticos como Thatcher ou Reagan pôr em prática as suas ideias, que vingaram e se tornaram dominantes até aos dias conturbados de hoje.

Porque é que tudo isto é importante para nós? Como explica Judt, no princípio era o verbo. A Economia e a filosofia política dominantes monopolizaram o espaço público e a maneira de pensar sobre a sociedade. Monopolizaram a forma de falarmos uns com os outros sobre os problemas e sobre a forma de os ultrapassar. De repente, tudo se tornou dominado pela excelência, competitividade, empreendedorismo, iniciativa individual, mérito, lucro, produto, etc… Todas as escolhas sociais são sujeitas a cálculos económicos onde a sociedade é entendida como uma mera soma de indivíduos que perseguem avidamente o seu interesse próprio.

No entanto, mantém-se algumas bolsas onde as análises são diferentes e, por isso, as palavras usadas também são diferentes. Acontece que adquiriram um carácter tão furtivo que sempre que ouvimos alguém falar dessas formas, sentimos que essa pessoa teve umas longas férias em Marte. Acontece quando ouvimos um comunista falar em exploração capitalista, luta de classes, imperialismo ou interesse colectivo. Também acontece quando ouvimos um padre falar em caridade, amor ao próximo, pecado, valores ou entrega aos outros.

Se a sociedade actual é herdeira de uma forma de pensar, mostra-se como especialmente relevante conhecer essa forma de pensar. Conhecer as suas raízes, os seus porquês e os seus propósitos. Algo que dentro da Igreja poucos se parecem esforçar por fazer. Por isso ouvimos tantas vezes falar em crise de valores se que consigamos entender o real significado do que está a ser dito. Que valores existem actualmente e porquê? Que valores queriamos realmente ver na sociedade? Quais as ligações entre os valores actuais e as nossas próprias acções? Por exemplo, não podemos defender uma diminuição do serviço público de transportes por razões puramente economicistas e depois criticar avidamente a nossa sociedade porque os indivíduos apenas pensam no lucro rápido e fácil.

Na sociedade tudo está ligado de uma forma funcional e entendê-la dá-nos os primeiros passos importantes para a transformar. Como Judt afirma no fim do livro citado acima, citando, se não me engano, Karl Marx: “até aqui os filósofos apenas interpretaram o mundo de várias maneiras; a questão é mudá-lo.” No entanto, para o mudar, temos de saber como é que os filósofos o interpretaram. Penso que neste momento é esse o desafio.
Tiago Santos, JMC

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tu és mais forte! - Boss AC (letra e vídeo)




Tu És Mais Forte (feat. Shout)
Boss AC

Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer
Sim, acredita num novo amanhecer
Não tenhas medo, sai à rua e abraça alguém
E vai correr bem, tu vais ver

Tu mereces muito mais
És forte, abanas mas não cais
Mesmo que sintas o mundo a ruir
Quando as nuvens passarem vais ver o sol a sorrir
A estrada não é perfeita
Apenas uma vida, aproveita
Só perdes se não tentares
E não desistas se falhares
O que não mata engorda
Torna o teu sonho real, acorda
Limpa as lágrimas e luta
Segue o teu caminho e escuta
A voz dentro de ti
As respostas que procuras, dentro de ti
Acredita em ti que tu és
Mais forte e tens o mundo a teus pés

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pastoral Juvenil promove acampamento


Jovens da diocese de Leiria convidados a passarem três dias de férias diferentes, onde a fé, a formação, o contacto com a natureza e o divertimento vão andar de mãos dadas. Idade limite é de 23 anos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

20 Junho: Dia de Nossa Senhora da Consolata

20 de Junho:
Festa litúrgica de Nsa Sra da Consolata

Dia para recordar as palavras de Allamano, fundador dos/as Missionários/as da Consolata:
"Nossa Senhora é invocada com diversos títulos.
Mas nós honramo-La de modo particular com o título de Consolata.
Devemos gloriar-nos de a ter por padroeira.
Foi Ela que idealizou o nosso Instituto e é Ela que o mantém material e espiritualmente.
Ela ama-nos como a mais terna das mães."

terça-feira, 19 de junho de 2012

Casa do Jovem reabre no Santuário

Espaço dedicado aos mais novos abre todos os fins de semana, nos meses de julho e agosto. Há atividades para todos os gostos, desde leitura, audição de música até à oração numa capela própria.

sábado, 16 de junho de 2012

Como um grão de mostarda

«O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como”, afirma Jesus no Evangelho deste 11º Domingo Comum. Não é a acção do homem que produz o Reino, mas a própria potência de Deus, escondida na semente. As nossas muitas inquietações por causa do bem são inúteis e às vezes até prejudiciais. O cristão confia na força do bem, naquilo que Deus é capaz de realizar através do seu Espírito. O reino de Deus é de Deus. Só Ele é capaz de o fazer crescer. É uma lição de confiança absoluta no nosso Deus que não nos engana. A Ele podemos e devemos entregar o nosso campo para que o bem que d’Ele nasce produza fruto abundante.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Consolata reúne-se para homenagear padroeira

Missionários e leigos preparam celebrações para assinalar o dia de Nossa Senhora da Consolata, padroeira do Instituto, num fim de semana que se prevê com muita alegria, partilha e religiosidade.

«Preferi sufocar o choro e engolir as lágrimas»

Eduardo Paulo Cunhane tinha onze anos, quando assistiu ao massacre de mais de 20 catequistas, no Centro Catequético de Guiúa, em Moçambique. É a única testemunha ocular do ataque.

sábado, 2 de junho de 2012

Princípio e modelo de toda a relação


Celebra-se neste próximo Domingo a Festa da SS. Trindade. Nunca é demais meditar e rezar este mistério que nos envolve e nos dignifica. Em boa hora se dedicou em Fátima uma bela Igreja à SS. Trindade. Sim, porque Fátima é sobretudo a revelação de um Deus comunhão que se exprime na nossa união com Ele e na comunhão entre nós. A conversão que Nossa Senhora pediu talvez tenha que começar precisamente por aqui: aprofundar devidamente esse mistério na nossa vida, construindo entre nós relações que se inspirem no amor misericordioso de Deus Pai, na doação e entrega filial de Cristo e no amor incessante do Espírito Santo. É nossa missão fazer “resplandecer a beleza do rosto de Deus” e gerar relações que sejam “fundamento para a transformação do mundo e da vida dos homens”.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

As cores com que se pinta o futuro


Em Portugal ou na Costa do Marfim, em Moçambique ou no Brasil, no Quénia ou na Colômbia, em todo o lado as crianças são seres humanos em fase de crescimento. São todas iguais, mas diferentes. Na cor da pele ou na forma dos olhos, mas todas sonham e vêm o mundo ao seu jeito.