quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cjovem em PDF

Mais um mês, mais uma edição do CJovem em PDF.
AQUI fica.
Boas leituras.

CJovem

Praxar a praxe

O tema das praxes tem alimentado o debate aqui no CJovem nos últimos dias.
AQUI e AQUI.
Um tema transversal que deu para falar de tantos outros temas relacionados com os jovens, a vida académica, a política, a sociedade...

Uma coisa é certa! Quem quiser fazer uma tese sobre as praxes não pode prescindir, nem mesmo ignorar, o debate que aqui se gerou no CJovem.

CJovem

Sondagem: A fé na mesa de voto


A tua fé é determinante na hora de votar?

Não. 50% (7 votos)

Em parte... 35% (5 votos)

Sim. 14% (2 votos)

Votos apurados: 14

Mais importante que o resultado é, no nosso entender, o número de votantes: apenas 14.
Quererá este número reforçar a ideia de que os jovens se desinteressaram pela política?
A quem e a quê atribuem a "culpa" deste resultado?

Digam de vossa justiça.

CJovem

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Recomeçando...

Com o fim do verão e o Outono a chegar, chega também o regresso às aulas, ao trabalho, e como não poderia deixar de ser, ao JMC.
Foi com bastante entusiasmo que no último sábado nos voltamos a reunir para iniciar o novo ano. Desta vez com uma novidade, a presença do pe. Frazão, que nos irá acompanhar durante uns tempos.
A reunião serviu para fazer uma grande avaliação de tudo o que tinha sido o ano anterior. Acordámos que certas coisas não correram pelo melhor, enquanto outras correram bem, e têm de ser mantidas.
Como é normal houve também alguns pontos de desacordo mas que no final foram resolvidos.

Após a longa reunião, e para acalmar os ânimos, seguimos para uma pequena oração preparada pelos formadores, João e Májo.
Finalmente seguiu-se o chá, onde reinou a animação e onde celebramos o aniversário da Juliana. Já tarde, (e a más horas =)), regressámos a casa à espera da próxima reunião onde iremos fazer propostas para o próximo ano.

Liliana Silva

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deus... essa palavra tão fora de moda.


Nas margens de um grande rio, um velho barqueiro esperava no seu barco por pessoas a quem pudesse levar para a outra margem. Era uma personagem simples e de poucas palavras e as rugas da sua face, juntamente com a sua pele queimada, davam-lhe um ar de sensatez adquirida.

Um dia, apareceu um jovem perdido pelos carreiros de terra, notava-se que apenas estava acostumado às estradas de asfalto e ao barulho da cidade. Pediu ao barqueiro que o levasse à outra margem e lá empreenderam a viagem.

Ao acompanhar o chapinhar dos remos na água reparou que num deles estava escrita a palavra DEUS, meio apagada pelo uso, e não conseguiu reprimir uma exclamação de desprezo face a uma palavra tão fora-de-moda:
- Os homens, com a sua ciência e sabedoria, já conseguiram descobrir os segredos do mundo e da vida, já não existe espaço para DEUS!

O barqueiro, calado, recolhe o remo e coloca-o dentro do barco, continuando a remar apenas com o outro, que tinha a palavra EU escrita. Com apenas um remo, o barco começou a navegar em círculo sem nunca sair de seu lugar.
O jovem adoptou um ar pensativo e o barqueiro quebrou o seu silêncio dizendo:
- Necessitamos de DEUS tanto como aos outros e, apesar de gasto pelo uso e pela rotina diária, DEUS e os demais (tu incluído) precisam de mim também. Descobri também outra coisa... DEUS e o HOMEM estão irremediavelmente unidos.

Pegando no remo que tinha a palavra DEUS pintada continuou a viagem para a outra margem.

Autor Desconhecido

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O analfabeto político

Se não aconteceu podia ter acontecido. Este é um diálogo entre dois jovens, o Ivo e a Ana. Ele, na casa dos vinte anos, já votou algumas vezes e define-se como um cidadão e cristão com consciência politica. Ela, encontra-se na idade de votar, mas com muitas dúvidas e alguma alergia a tudo o que cheire a actividade politica.

Ivo - Então, já decidiste em quem vais votar nas eleições?
Ana – Eu?! Para começo de conversa a política não me interessa!
Ivo - Como assim?
Ana - É isso mesmo que ouviste! Eu na política não me meto! Políticos desonestos, mentirosos, corruptos, prometem e não cumprem… São todos iguais!
Ivo – Mas sabes que, como cidadãos, não nos podemos alhear da política! Não sei se já te deste conta mas, numa democracia, o voto é o instrumento que esse sistema politico confere ao cidadão para exercer o direito e o dever cívico de escolher, com liberdade e responsabilidade, os seus governantes. E creio que já deves conhecer o famoso pensamento de Aristóteles, quando dizia que “O homem é um animal político”. Mais! É um ser social e, como cidadão, deve participar da vida da polis, e interessar-se por tudo o que se refere o bem-estar de todos, na vida da comunidade. Além disso, devo-te recordar que és cristã!
Ana – Ora aí está mais um motivo para não me meter na política: “a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”.
Ivo – Hã!!! Começo por dizer que essa passagem bíblica tem sido mal interpretada; mas explica lá porque falas assim?
Ana – É isso mesmo que eu disse. O cristão não se deve meter na política. Não combina. É água e azeite. Não se misturam.
Ivo – Ah! Pois aí é que tu te enganas. Ao dizeres que não te metes na política já estás a fazer politica.
Ana – Não me enroles! A minha mãe diz que ‘a nossa politica é o trabalho’.
Ivo – Pois, pois! Isso - diz o meu avô - era muito comum dizer-se no tempo de Salazar. E com essa atitude estavam a contribuir para cimentar a ditadura.
Ana – O meu pároco que é uma pessoa que levamos muito a serio, disse domingo na missa que a Igreja e os cristãos não se devem meter na política.
Ivo – Pois! Mas também te deve ter dito que a politica é uma dimensão fundamental da vivência da fé. Já o Papa Paulo VI dizia que “A Política é uma das mais altas expressões da caridade cristã”
Ana – Então tu achas que a Igreja se deve meter na política?!
Ivo – Eu não diria dessa maneira, que se “deve meter na politica”, mas … se a politica é a busca do bem-comum, como afirmam os documentos da Igreja, o que passa pelo respeito pela pessoa, pela exigência do bem-estar social, um bom sistema de saúde, a defesa de uma ordem justa, então acho que, pelo simples facto de sermos cidadãos já estamos, necessariamente, a fazer politica.
Ana – Nunca ninguém me disse isso. Mas então porque é que os políticos dão tão mau exemplo?
Ivo – Ana, em parte é por nossa culpa, pois quando dizemos que “a politica não nos interessa” já estamos a dar espaço livre para todo o tipo de abusos dos políticos e das suas políticas. Não queremos conhecer os candidatos, os seus percursos, o seu perfil, que valores que defendem, as politicas que promovem, …… Depois de eleitos não controlamos, não fiscalizamos…
Ana - … eu conheço alguns, nas autarquias aqui á volta, e inspiram-me pouca confiança.
Ivo – pois! … e o que tens feito para impedir que esses sejam eleitos ou reeleitos?
Ana – Na verdade, nada!
Ivo – Olha Ana, não te queria parecer um citador de documentos, mas lembro-te que já o Concilio Vaticano II, na Encíclica Gaudium Et Spes, escrevia que todos os sectores da actividade humana devem ser iluminados pela verdade evangélica através do testemunho dos cristãos. E afirma, ainda, que a Igreja promove a liberdade politica e a responsabilidade dos cristãos.
Ana – Isso parece muito bonito. Mas, e falando da tal liberdade politica, por aí dizem que a igreja deve votar em determinados partidos.
Ivo – Bom, não me queria alongar nesse aspecto. Pessoalmente penso que nenhum partido tem o monopólio dos valores evangélicos ou da doutrina da Igreja. Uns partidos defendem uns valores, outros defendem outros… Deves votar em consciência.
Ana – Tu dizes coisas muito bonitas, mas cá pra mim acho que prefiro continuar bem longe da política.
Ivo – Essa atitude tem um nome!
Ana – Qual é?
Ivo – ‘Analfabeto politico’.
Ana – Explica melhor…
Ivo – Quem to vai explicar é o famoso dramaturgo, poeta e encenador alemão Bertold Brecht, no poema ‘Analfabeto Politico’.

Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Bertolt Brecht (1898-1956)

Ana – Ele tem razão. Não tinha pensado nisso. Mas, ainda assim, continuo a achar que pior que o analfabeto politico é o politico analfabeto.
Ivo – Não desconverses, Ana… Os dois são maus!
Ana – Combinado! Vou-me alfabetizar!
Ivo – Uff!... Ah! E não te esqueças, a tua responsabilidade não termina quando pões o voto na urna.
Ana – Já me estás a pedir demais!
Ivo – Não estou, não, alguém disse que o voto não tem preço, tem consequências. Deves ter consciência do valor e das possíveis consequências do teu voto. Também depende de ti que os candidatos em que votas sirvam o povo e não se sirvam do povo para interesses partidários ou pessoais. Mal comparando, na vida real o que deixa um ladrão mais tranquilo é saber que não há ninguém a observá-lo….
Ana - … e queres dizer que essa situação se aplica à politica e aos políticos.
Ivo – Não digo nem que sim nem que não… Tira tu as tuas conclusões. Mas a verdade é que se eles sentem que estão a ser escrutinados pelos cidadãos que, no fundo, somos quem paga os seus salários com os nossos impostos, eles já pensarão duas vezes sempre que tenham a tentação de meter a ética e as boas práticas politicas no bolso.
Ana – Já percebi! Votar correctamente é um dever cívico, um dever religioso, além de um exercício de liberdade e responsabilidade.
Ivo – Isso mesmo. O voto é uma espécie de procuração: o eleitor dá poderes ao candidato, agora eleito, para agir em nosso nome. Por isso é que é preciso saber escolher.
Ana – O que significa que o voto não se compra nem se vende. E que o mundo melhor de que tanto se fala lá na minha paróquia, também passa dimensão politica. Muito bem, Ivo! Como eu precisava desta conversa!
Ivo – Sim, Ana! Valoriza o teu voto. Informa-te melhor sobre os candidatos e sobre a ideologia e programas dos partidos. E agora… a esmiuçar os sufrágios! Hehe! Fui!

Albino Brás

A propósito da discussão de há alguns posts atrás...

Um texto que exprime, diria eu, na perfeição, aquilo que penso sobre a praxe, do Daniel Oliveira, do Arrastão.

«Em Coimbra, mas também em Lisboa, vejo espectáculos de humilhação colectiva. Em muitos casos com o consentimento dos próprios. Vejo a boçalidade satifeita consigo mesma. Vejo a ignorância transformada em cerimónia. Desde que não seja dentro da faculdade, digo eu, é lá com eles. E repito: aventurados sejam os idiotas porque deles é o reino da terra. Aquilo é a “tribo” no seu pior. É a obediência no que ela tem de mais degradante. Na rua passam em fila indiana, como carneiros, a repetir frases e canções inventadas por analfabetos. A praxe é o que seria uma sociedade sem cidadãos. Sem indivíduos. Sem inteligência. A praxe é a prova de como um pequeno poder de meia dúzia de imbecis chega para que a imbecilidade se transforme numa instituição. Dizem que serve para a integração. E é verdade. Ficam todos os praxados integrados na bovinidade dos praxantes. E essa é a razão porque odeio a palavra “integração”. Aquele que se quer diluir na mediocridade a nada mais pode aspirar do que a ser um medíocre. É por isso que só os inadaptados têm a corgem de resistir à barbaridade quando ela se impõe como natural. Dirão: que exagero, é apenas uma brincadeira. Não. É muito mais do que isso. É, como “tradição”, um código de conduta. A seguir no emprego, na vida, na família. É muito mais do que uma brincadeira. É uma lição. Isto é que é apenas um desabafo.»

Tiago Santos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Convite oficial traz Bento XVI a Fátima

É oficial!
Segundo notícia publicada hoje no Público e no sítio da Presidência da República, o papa Bento XVI vem a Portugal no próximo mês de Maio.
Para lá da agenda política, Bento XVI irá presidir às celebrações das aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria.

Aqui fica um excerto da notícia:

"Bento XVI aceitou o convite feito pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e vai visitar Portugal, pela primeira vez, em Maio do próximo ano, altura em que presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio, em Fátima.

"Sua Santidade o Papa Bento XVI efectuará uma visita a Portugal no próximo ano, em resposta ao convite que lhe foi endereçado pelo Presidente da República. Para lá do programa oficial, Sua Santidade o Papa Bento XVI deslocar-se-á ao Santuário Mariano de Fátima, onde presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio", lê-se na nota publicada hoje no site da Presidência da República.
A visita de Bento XVI a Fátima será a quinta deslocação de um Papa ao Santuário Mariano português. "


Olly

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Na crista da onda...

Estamos a celebrar o Ano Sacerdotal, já todos devem saber, e o CJovem não pode passar ao lado deste acontecimento, quer pelo facto de ser um blogue com conteúdos religiosos, quer pelo facto de pertencer à Família Consolata. Pois bem, ao longo deste ano publicaremos alguns textos de reflexão voltados para a vida sacerdotal.

O exemplo de vida que aqui vos deixamos foi publicado no sítio da Agência Ecclesia e podem consultá-lo AQUI.

Por vezes a opção por uma vida dedicada a Cristo é colocada de parte por termos receio de deixarmos para trás algumas das nossas actividades favoritas. São elas hobbies, as saídas com os amigos, etc. Este texto é um exemplo de que a vida sacerdotal pode ser aproveitada ao máximo em favor de Deus e dos nossos gostos pessoais.

"Padre e... Surfista
Pe. José Pedro Azevedo, pároco de Espinho, concilia mar e oração

No mar, a prancha é o seu lugar sagrado. Depois de ter praticado vários tipos de desporto, o Pe. José Pedro Azevedo fixou-se no bodyboard, mas fez também uma incursão no surf.

Para além de desportista, este jovem padre da diocese do Porto poderia ser engenheiro mecânico no mercado de trabalho. “Andei alguns anos na Faculdade de Engenharia antes de arriscar a minha ida para o Seminário do Porto” – disse à Agência ECCLESIA.

Nos tempos da juventude fez a caminhada no grupo de jovens. Em contacto com o «Movimento Oásis» - “onde o meu grupo de jovens participava” – e num curso com a Irmã Maria Amélia Costa começou a colocar a questão da vocação. “Estava numa vida completamente diferente e, inicialmente, até coloquei isso de parte”, no entanto “aquele bichinho nunca mais deixou de roer aqui por dentro”. Depois de dois anos no Pré-Seminário “resolvi abandonar engenharia e lançar-me” – frisou o actual pároco de Espinho.

Nos tempos de juventude praticou vários tipos de desportos: ténis, atletismo e ginástica. Depois da entrada no seminário para aprofundar a sua vocação “deixei muito daquilo que fazia e, praticamente, só jogava futebol”. Quando foi para Espinho surge o surf, “apesar de ter feito uma incursão quando era mais novo, mas não resultou” – salienta.

Após a ordenação, o Pe. José Pedro foi exercer as funções – durante três anos e meio - de secretário de D. Armindo Lopes Coelho. “É uma vida pouco activa no que toca ao desporto” – lamenta.

Junto ao apelativo mar de Espinho, o Pe. José Pedro voltou a sentir a necessidade de praticar desporto. “A malta convidou-me a fazer surf e avancei por aí” – refere. Para além da vertente desportiva “posso contactar com muitos jovens”.

Como a maioria das pessoas do seu grupo se radicou no bodyboard, “fiquei também neste desporto”. Sabe a maioria das técnicas do bodyboard e tem “os equipamentos todos” – avançou. Uma prancha, uns pés de pato e o fato são objectos fundamentais para a prática deste hobby do Pe. José Pedro. Não considera este desporto difícil. “A primeira vez que nos metemos na água conseguimos fazer alguma coisa e isso dá-nos ânimo para continuar”.

Depois de lhe confessar a minha falta de habilidade para o bodyboard e explicar que a prancha não deslizava com o peso do meu corpo, o Pe. José Pedro deu-me uma lição teórica: “as pranchas devem ser adaptadas à estrutura física das pessoas, só assim conseguimos evoluir e dropar uma onda (dialecto do surf que significa descer a onda da crista até a base).

Este desporto tem várias manobras e utiliza também alguns termos técnicos. “A maioria das vezes deixava-me ir na onda e olhava como os outros faziam para aprender” – frisou o pároco de Espinho. O contacto com os colegas “é um dos privilégios” deste tipo de desporto que “não é colectivo nem individual”.

Enquanto estes gladiadores do mar esperam pelas ondas perfeitas - para concretizaram as mais variadas técnicas do bodyboard - aproveitam para falar. “Às vezes esse tempo de espera é demorado e muito custoso” – realça. Fazem um esforço enorme para apanhar a onda e, depois, “temos uma sensação muito rápida”.

Enquanto dropa uma onda, o padre surfista sente “uma liberdade muito grande” e “uma pequenez perante a força e imensidão do mar”. Quando se caminha pela areia, as pessoas têm “a impressão que a onda não é muito forte”, mas “lá dentro sentimos a sua robustez”. E acrescenta: “o mar exige muito respeito”.

Quando pratica o bodyboard, este padre do Porto está num ambiente descontraído que o ajuda “espiritualmente e mentalmente”, em particular quando observa o pôr-do-sol. Para além da praia de Espinho, o Pe. José Pedro também frequenta outras estâncias balneares. “Costumo ir para as praias do Alentejo e levo sempre comigo a prancha”.
Se a prancha é a companheira predilecta nas viagens, a bíblia, o breviário e o terço também têm o seu espaço na mochila. “Normalmente, o terço vai no bolso” – disse. Não tem o hábito de levar o terço para o mar e “não sou daqueles que usa o terço ao pescoço”. (Risos).

Não é apologista da moda do símbolo mariano ao pescoço, mas confessa que o bodyboard proporciona “bons momentos para rezar”. Em cima de uma prancha a observar o crepúsculo do dia “acaba por ser oração” porque “estamos em contacto directo com a beleza da criação”.

Tal como no dia-a-dia, este desporto tem normas específicas. “Quem está atrás tem sempre prioridade”. E relata um episódio que lhe aconteceu quando era neófito no bodyboard: “Em Leça da Palmeira ia levando com uma prancha por cima porque não sabia esta regra”.

Nas águas frias do Atlântico, o Pe. José Pedro pratica bodyboard durante os doze meses do ano. Actualmente, está a fazer a tese de doutoramento – na área da Cristologia - e o tempo não chega para tudo. “Este ano tenho feito menos, visto que as investigações obrigam-me a outro tipo de regra de vida”. No entanto, quando o cansaço se apodera da sua mente as ondas de Espinho “aliviam-me o cansaço”. E acrescenta: “É um desporto que aconselho aos padres”.

Apesar de reconhecer os benefícios do bodyboard, o pároco de Espinho confessa que já apanhou alguns sustos no mar. No início, “talvez na terceira ou quarta incursão”, veio enrolado na onda e só parou quando esta terminou. “Naqueles momentos não conseguimos respirar, mas mantive a serenidade”. A voz da experiência deve ser escutada: “Não devemos perder a capacidade de controlo emocional diante destas situações”.

Com o corpo totalmente coberto, excepto a cabeça e as mãos, o padre surfista aguenta muito tempo nas águas gélidas do oceano. Quando esteve no Brasil fez surf sem fato. Considera que é “muito melhor” porque “o fato aperta-nos o corpo todo”. Desliza-se melhor com a indumentária do surf – o nosso corpo cria resistência à água –, mas sem fato “temos a sensação de liberdade e agilidade”.

Nunca lhe aconteceu sair da missa e ir «apanhar uma onda» porque “a Eucaristia é ao final do dia e tenho reuniões todas as noites” – confessou. Normalmente, faz bodyboard de manhã e sempre com companhia. “Aventurei-me a ir sozinho, duas ou três vezes, e senti que não é a mesma coisa”.

Ao praticar este desporto, o sacerdote do Porto sublinha que esta “é uma dimensão interessante da vida do padre”. Permite estar com pessoas que, “talvez nunca estivessem com um padre se não fosse nesta situação”. Os colegas destas lides marítimas sabem “que sou padre e olham para mim como um igual, mas há ali uma referência”.

Como Espinho é atravessada pela linha de comboio, o Pe. José Pedro equipa-se na praia. Não vai de cabeção para a praia... (Risos) “Tenho uma Lycra branca que por baixo do fato preto parece um cabeção” – afirma num tom jocoso.

O pároco de Espinho dropa e faz rotações sobre as ondas. Os mais habilidosos colocam-se de joelhos na prancha... “Uma vez tentei colocar-me de joelhos e levei com a prancha na cabeça” (risos). A caminho dos 40 anos, o padre surfista não se considera um «expert» no bodyboard. “Há tipos que fazem manobras incríveis”.

O objectivo principal é a diversão, mas também evangeliza através deste desporto. A imagem da Igreja está presente no areal e nas ondas de Espinho. Faz a ligação dos “jovens da paróquia ao bodyboard” e, recentemente, fizeram uma tenda na praia com actividades eclesiais. A população “encara bem estas iniciativas” fora das paredes da igreja.

Os colegas padres não o criticam por praticar este desporto, mas o seu bispo, D. Manuel Clemente, “às vezes diz-me que estou com ar estival”. E avança: “é o bom humor do meu bispo a funcionar” (Risos...)

A fazer a tese de doutoramento na Faculdade de Teologia no Porto sobre a «Cruz de Jesus», o Pe. José Pedro passa também muito do seu tempo no atendimento, “sobretudo espiritual” aos paroquianos. Ao final do dia celebra a Eucaristia, mas “tenho também muitos funerais”. A noite é reservada às reuniões de formação. Quase todos os movimentos que “existem na Igreja Universal têm expressão em Espinho” – afirma.

Há seis anos naquela localidade, ainda não conhece a paróquia “como a palma das minhas mãos”, mas “faço caminho todos os dias com as pessoas” – garante. Com uma grande itinerância – as pessoas deslocam-se com frequência – Espinho é “muito diferente das paróquias vizinhas”. Com cerca de 1500 crianças na catequese, nesta paróquia da diocese do Porto frequentam – ao fim de semana - a Eucaristia mais de três mil pessoas. Espinho “não se pode desviar do mar” porque este “vela uma realidade oculta”.

Nunca pensou fundar uma associação de surfistas católicos, embora no Brasil tomasse contacto com um grupo de surfistas cristãos. “É uma hipótese pensar numa coisa desse género”. Para patrono dos surfistas escolhia S. João devido “à delicadeza da sua ligação a Cristo” ou então S. Pedro por causa “do desafio de me lançar nas ondas”. E conclui: “este ano, nas festas de S. Pedro, fiz a bênção dos surfistas”. Em Espinho, a Igreja prolonga-se até à crista das ondas...

Luis Filipe Santos
"

CJovem

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Praxes: sim ou não? (actualizado)


O reinício do ano escolar inspira-nos o inquérito desta semana. Muitos dos leitores do CJovem entram este ano para a Universidade. Parabéns! Depois das surpresas das colocações e tudo o que vem a seguir, há uma espécie de ‘baptismo’ ou ‘ritual de iniciação’ a que ninguém parece escapar. São os rituais próprios da entrada no mundo académico. Falamos das praxes: um conjunto amplo de tradições, usos e costumes que se praticam e repetem ao longo dos anos, sobretudo no foro universitário. Diz-se que é para integrar o caloiro, ainda que esta ideia não seja consensual.

A praxe, como tal, já não é assunto tabu. Há os que são a favor, os que são contra e os que optam pelo nim. Todos os anos este tema tem sido fonte de contestação e polémica, sobretudo por abusos que, em alguns casos, até tem chegado aos tribunais. Ficou famoso o caso de uma estudante de Santarém que tendo sido coberta com excrementos depois de se ter declarado anti-praxe, recorreu aos tribunais e os praxistas foram punidos com uma multa, naquele que foi o primeiro julgamento relacionado com abusos de praxe.

Existe, hoje, em alguns círculos académicos, uma forte contestação à praxe e até mesmo movimentos organizados que a contestam. Estes consideram que existe, de forma quase sistemática, uma tendência para a coacção do caloiro, sob pena de represálias de vária ordem ou de marginalização do meio estudantil, o que não condiz com o espírito académico.

O ‘português suave’ considera que, enquadradas nas praxes, se fazem por vezes actividades e jogos que promovem uma verdadeira integração, desenrolando-se de forma responsável, criativa e divertida, ainda que nem sempre estas se apresentam como a melhor maneira de acolher os novos alunos.

Os maiores defensores apoiam-se, sobretudo, nas tradições académicas para justificar a sua existência. É que, associado à praxe académica, está o mote ‘Dura Praxis, Sed Praxis’ - a praxe é dura, mas é praxe!

Este é o inquérito que submetemos à vossa apreciação durante esta semana. Faz aqui o teu comentário, fala da tua experiência, do que vês, do que pensas. Opina. Praxes: sim ou não? Como? Quais os limites? Vota e comenta.

[Resultados]
Início das aulas. No âmbito académico está aberta a 'época de caça' ao caloiro.
O que são as praxes para ti?


Uma forma necessária de integração do caloiro 33% (8 votos)
Uma tradição a manter 33% (8 votos)
Resquícios da Idade Média 25% (6 votos)
Uma tradição a erradicar 8% (2 votos)

Votos apurados: 24


A. Brás

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Constrói a Tua Missão

Da mesma forma que o mês de Setembro é sinónimo de "regresso ao trabalho", também para o JMC significa o início dos encontros e actividades.
O grupo de Águas Santas assinala dia 25 a sua "rentrée" e quis deixar-vos aqui um pequeno convite:

Constrói a Tua Missão

Ainda não descobriste o papel que tens neste mundo?
O que podes fazer para o tornar melhor?
Queres descobrir a Tua Missão?
A Equipa formadora dos JMC's de Águas Santas tem várias propostas para ti, desde Formação Humana, Espiritual a Missionária.
Vem ser um JMC!
O primeiro encontro será dia 25 de Setembro ás 21h no Instituto dos Missionários da Consolata - Águas Santas. Temos vários Jovens interessados em entrar...

Vem tu também conhecer-nos!

Para este encontro pedimos-te que tragas:
- um objecto que te caracterize
- três características fortes em ti
- muita vontade de estar
- muita vontade de descobrir novos horizontes

... e claro, não pode faltar o Espírito Missionário.

Deixa-te apanhar...
JMC Á.S.


Contacta-nos em consolatajovem[at]gmail.com se estiveres interessado em fazer parte do JMC ou se quiseres apenas saber mais.

CJovem

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Os "correios" não se enganam

Nunca fez parte dos meus planos ser sacerdote. Não o esperava sequer. Não tenho ninguém na família que seja religioso. Aos vinte anos não colocava sequer a vida religiosa como hipótese quando, por exemplo, em conversas entre amigos falávamos acerca dos nossos planos para o futuro.
Foi algo que me apanhou de surpresa que me custou a entender, justificando-me, ao início, que a “morada do destinatário” estava mal escrita. Não é para mim. - Pensei - É tarde demais, a proposta não deve ser para mim. É pedir demais, não me sinto preparado. É demasiada responsabilidade. Ainda por cima quando a minha situação profissional está solidificada e, emocionalmente, encontrei a rapariga dos meus sonhos. Não! Esta proposta não deve ser para mim. Não há dúvida que os “Correios” se enganaram no destinatário.

Mas não era engano! Era para mim! Era como que um presente e vinha de Deus. Custou-me a aceitá-lo, cerca de um ano de dúvidas… uma enorme vontade de não querer compreender, dei voltas e mais voltas, pensei… Mas tinha surgido de mim, de dentro de mim, ninguém me tinha feito essa proposta. Todos quantos se envolvem activamente na Igreja já devem ter pensado assim, como eu. - Pensei. Mas essa proposta, que nascera de dentro de mim, foi crescendo ao ponto de já não conseguir contê-la cá dentro… tinha de extravasar.

Após um ano de discernimento, de muito pensar e amadurecer a proposta concluí finalmente que não estava a ficar louco, afinal vinha de Deus este chamamento, e não me sentiria bem comigo mesmo se continuasse a dizer “não”. No fim de contas, era o que Ele queria de mim…

Este aceitar deu-me muita paz. Mas as dúvidas continuaram, e as perguntas, e o assombro… Porquê a mim, se há gente tão mais competente que eu? Porquê?
Mas fora a mim que Deus chamara, e se Ele me tinha chamado é porque tinha… (tem) confiança em mim e nas minhas capacidades. É difícil dizer que não a um chamamento assim, feito com amor e confiança.

É com base nesse amor que hoje, sacerdote, me empenho a cada dia para espalhar o Seu amor, o mesmo amor com que fui arrebatado. É com essa força de vontade que sou uma ponte entre Ele e quem quer que necessite da sua ajuda, do seu conforto. Sinto-me privilegiado por ter seguido este caminho e tento sempre estar à altura das suas expectativas.
Disse sim a Deus mas disse sim (sobretudo) a mim mesmo, não é possível ser feliz ignorando as suas propostas, dizer sim a Deus é ter certeza que, bem lá no fundo, apesar de todas as dúvidas e dificuldades, haverá sempre uma pontinha de felicidade…

Um sacerdote
Texto adaptado de ciudadredonda.org

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Experiências de voluntariado nas férias

Pouco a pouco vamos lendo aqui e ali noticias das actividades em que os nossos jovens leitores se foram envolvendo ao longo do verão.
Esta dá-nos conta de uma actividade onde estiveram envolvidos, durante duas semanas, a Soraya, o Gonçalo e a Sofia Gonçalves, do JMC centro.
Trata-se de uma experiência de voluntariado numa colónia de férias da Cáritas de Leiria que acolheu, na sua casa na praia de Pedrógão, 300 crianças oriundas de todos os cantos dessa diocese.

Entre outras coisas, a noticia da Ecclesia diz:

As colónias de férias são “um tempo feliz, feito de praia, jogos e brincadeira” mas também “uma escola onde se faz a aprendizagem e a experiência da vida em grupo, que aponta para um desenvolvimento integral, que estimula para o exercício de pequenas responsabilidades quotidianas, onde as energias e capacidades de cada um são postas ao serviço dos projectos comuns e se aprende a conviver com a diferença e diversidade de percursos de vida”.
As férias vividas na casa da Cáritas são “um tempo de convívio alegre e saudável, de crescimento e desenvolvimento de potencialidades mas para algumas crianças a colónia é também uma etapa marcante nos seus processos de integração e de socialização”.
“A solidariedade das monitoras e dos monitores é concreta e presencial, em 12 dias e noites de entrega total, no frente a frente com o rosto, com o olhar, com as mãos e as emoções do outro, quantas vezes carente, já ferido e maltratado pela vida, ainda que breve”.

Vale a pena ler tudo, AQUI

Bem que os nossos voluntários podiam dizer-nos mais alguma coisa, a partir da sua experiência! Ânimo!

CJovem

Peregrinação da Cruz prepara Dia Mundial da Juventude

"Começa hoje a peregrinação da Cruz dos Jovens pela arquidiocese de Madrid, preparando o próximo Dia Mundial da Juventude, que a capital espanhola receberá em 2011."

É assim que começa o artigo da Ecclesia que anuncia o início oficial dos trabalhos para a preparação do Dia Mundial da Juventude que a arquidiocese de Madrid vai receber em 2011. Se bem que a data ainda nos pareça distante, tamanho evento precisa de muita preparação, organização e... força de vontade e nunca é demais publicitar tamanho evento. De lembrar que a cruz que vai fazer a peregrinação é a mesma entregue por João Paulo II aos jovens, em 1984, sob a promessa de a levarem aos quatro cantos do mundo (o símbolo do Dia Mundial da Juventude).

Leiam AQUI o resto do artigo.

CJovem

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As escolhas também nos cabem a nós!

Provavelmente já todos repararam que o país vai a votos (2 vezes este ano). E também já devem ter notado que o número de abstenções tem vindo a aumentar de eleição para eleição (na casa dos 60% nas últimas realizadas). As razões são muitas e não vamos discuti-las aqui, mas o que podemos fazer, como bons missionários que somos, é ajudar a combater esta abstenção :)

A maior causa de abstenção deve-se ao facto de o cidadão comum estar pouco a par das agendas partidárias e dos ideais de cada partido. Podemos dizer que a culpa é do cidadão que não quer saber, ou mesmo que é dos próprios partidos que passam o tempo a insultar os adversários em vez de falar do que é realmente importante... não vamos entrar por aí, vamos apenas ajudar os leitores do CJovem a posicionarem-se no mapa político.

Como? AQUI fica um link para uma "bússola política", isto é, um pequeno questionário (que se pode tornar divertido) que nos vai apontar para o partido com o qual temos mais ideias em comum. É extremamente completo nas informações que presta e leva-nos a querer saber mais...
Como tudo, é falível, mas tem a grande vantagem de nos fazer querer ter uma voz mais activa e de aproveitar ao máximo um direito que é nosso e que não devemos banalizar. Na melhor das hipóteses pode ajudar-nos a escolher onde por a cruzinha nas eleições vindouras (lol).

Olly

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sondagem: Os jovens de hoje

Dizem que aos jovens de hoje lhes faltam razões de viver e ideais pelos quais lutar. Concordas?

Não concordo 48% (12 votos)

Concordo totalmente 20% (5 votos)

Concordo em parte 20% (5 votos)

Quem diz isso não nos conhece! 12% (3 votos)

Votos apurados: 25


CJovem

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Loja dos Dons de Deus

Albino Liciani (o papa João Paulo I), costumava contar esta pequena parábola:

“Uma noite sonhei que alguém tinha aberto uma loja nova na minha aldeia, sobre a porta lia-se: Dons de Deus.
Entrei e vi, ao balcão, um anjo. Maravilhado perguntei:
-Que vendes?
Respondeu-me:
-Todos os dons de Deus.
-É caro?
-Não, os dons de Deus são todos grátis!
Contemplei então todas as prateleiras e mostruários, percorri desde as ânforas cheias de amor aos frascos de fé, das saquetas de salvação aos pacotinhos de esperança e por aí fora…
Enchi-me então de coragem e, porque precisava mesmo de toda aquela mercadoria, pedi ao anjo:
-Dás-me um pouco de pó de Amor de Deus e todo o Perdão que tiveres?
O anjo preparou-me então tudo sobre o balcão.
Qual não foi o meu espanto ao ver que, com todos os dons que tinha pedido, o anjo tinha preparado um pequeníssimo embrulho, sensivelmente do tamanho do meu coração.
Exclamei então:
-Como é possível caber tudo isso num embrulho tão pequeno?!
Então o anjo, solene, explicou:
- É possível sim, na Loja de Deus não vendemos frutos maduros mas sim pequenas sementes que devem ser cultivadas!”

Estas sementes já estão dentro de nós, sempre estiveram. Cabe agora a cada um de nós saber cuidar delas e fazê-las germinar, crescer e dar o seu fruto. Era, de facto, muito mais fácil chegar a uma loja e abastecermo-nos de tudo quanto fosse Dom de Deus, no entanto o que é que, de bom, tirávamos daí? O empenho e carinho que colocamos em algo que fazemos é meio caminho andado para um bom resultado. Um “Perdão” bem sentido é muito bem mais gratificante que um simples “estás desculpado”. Devemos aprender a cultivar o que de bom temos dentro de nós para, quando for necessário, sentirmos não só o bem que é ver o sorriso na face do outro mas, também, aquele reconfortante calorzinho dentro do nosso coração (é a sementinha que se tornou árvore e acabou de dar mais um belo fruto).

Cuidemos pois das nossas sementes para termos a alegria de vê-las darem os seus frutos!!!

Olly

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Religiões e culturas em diálogo, 70 anos após a 2ª Guerra Mundial

Os líderes das grandes religiões, chefes de estado e grandes nomes da cultura estarão reunídos, em Cracóvia, de 6 a 8 de Setembro, convidados pela Comunidade de Santo Egídio e pelo cardeal Stanislaw Dziwisz.
O "espírito de Assis" regressa à Polónia e, desta vez, à cidade natal de João Paulo II (JPII), onde este se formou culturalmente, humanamente e espiritualmente.
Os líderes reunidos encontrar-se-ão nesta"encruzilhada" da história europeia e darão vida a uma peregrinação inédita, quer em dimensão quer em significado, até ao campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, como sinal de reconciliação e paz, para sublinhar um forte repúdio à discriminação, violência e guerra como instrumento para a solução dos conflitos internacionais.
Será também uma ocasião para visitar, após 20 anos de diálogo inaugurado por JPII, os locais onde este viveu anos dramáticos da sua vida, passando pela experiência da guerra e do diálogo através da sua relação com um seu amigo judeu. Foram provavelmente estes anos passados em Cracóvia que incutiram em JPII a instituição do sonho realizado em Assis e a histórica Jornada Mundial de Oração pela Paz (a 27 de outubro de 1986):
A invocação a Deus, por parte de todas as religiões do planeta, para que dê a paz a um mundo profundamente marcado pelas feridas da divisão e da guerra.

A trágica memória dos 70 anos do começo da 2ª Guerra Mundial, o aniversário dos 20 anos da queda do muro de Berlim e dos regimes comunistas da Europa Oriental são o motivo para o convite do cardeal Stanislaw Dziwisz para vivermos, juntos, o espírito de Assis... de Cracóvia para o mundo inteiro.

Confere AQUI, AQUI e AQUI.

domingo, 6 de setembro de 2009

Surdos e mudos

Jesus não fazia milagres como quem usa a varinha mágica para obter seja lá o que for. Aquele “suspiro” de Jesus antes de tocar nos ouvidos do surdo fala-nos, sobretudo, da participação de Jesus nos sofrimentos das pessoas: “Tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt 8, 17). Os milagres de Jesus são sinais daquilo que Ele realiza sobre nós. O que Ele fez fisicamente naquela ocasião por uma pessoa indica-nos o que deseja fazer todos os dias espiritualmente em cada um de nós. O homem curado por Cristo era surdo-mudo: não podia comunicar com os outros, escutar a sua voz e exprimir os próprios sentimentos e necessidades.

Somos todos um pouco surdos e mudos. Por isso é a nós que o Senhor grita: Effatá! Abre-te! Somos surdos quando, por exemplo, não ouvimos o grito de socorro que se levanta à nossa volta ou longe de nós e preferimos colocar entre nós e os outros um muro de indiferença. Os pais são surdos quando não entendem que certas atitudes estranhas dos seus filhos podem esconder um pedido de amor e de atenção. Um marido é surdo quando não sabe ver no nervosismo da sua mulher um sinal de cansaço ou uma necessidade de clarificação. E o mesmo se diga no que respeita à mulher.

Somos surdos quando, por orgulho, nos fechamos num silêncio ressentido, em situações onde talvez uma palavra de desculpa e de perdão poderiam repor a paz e a serenidade numa casa ou numa comunidade. Somos mudos quando em determinadas situações deveríamos falar e ficamos calados, porque não queremos envolver-nos na resolução dos problemas dos outros. Somos mudos quando não comunicamos aos outros a palavra que orienta e ilumina.

Continua a ler o comentário do P. Darci Vilarinho às leituras deste domingo, 23º do tempo comum, numa perspectiva missionária. AQUI.

CJovem

sábado, 5 de setembro de 2009

O sacerdote não é um anjo

7.- O sacerdote não é um anjo. Junto com qualidades e luzes, tem defeitos e sombras. Só reconhecendo humildemente também as sombras se poderá abrir ao Amor que o plenifica, transforma e transfigura.

Este é apenas um dos 21 pontos que fazem parte das Conclusões do VI Simpósio do Clero que ontem terminou no Centro Paulo VI, em Fátima, reunindo mais de 800 padres, ou seja, cerca de um quarto do total do clero da Igreja em Portugal.

Não fiques apenas com esse ponto. Seria redutor! Vale a pena ler o texto completo das conclusões. AQUI

CJovem

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Jornadas Missionárias 2009 a caminho

Terminam já no próximo dia 8 as inscrições para as Jornadas Missionárias Nacionais que se realizarão, de 18 a 20 de Setembro de 2009, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima.
Tema: “S. Paulo e a paixão pela Missão”.

A organização é da responsabilidade da Comissão Episcopal de Missões, das Obras Missionárias Pontifícias e da CIRP, através do IMAG (Institutos Missionários Ad Gentes).

Faz parte da Agenda de actividades propostas pelo CJovem.

Entrando AQUI encontras tudo explicadinho: programa, horários, e como fazer a inscrição.

Não percas tempo!

CJovem

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Curso de Missiologia celebrou universalidade da Missão



Este é um pequeno exemplo de como o Curso de Missiologia conseguiu juntar "culturas e povos" tão diversos, próprios da universalidade da Missão. Visita a página do CM2009 e o canal do Youtube.

CJovem

terça-feira, 1 de setembro de 2009

750 padres reunidos para reavivar o dom da fé

Se nestes dias não encontras o teu pároco na paróquia ou na tua comunidade de fé, não te preocupes, é muito provável que ele esteja a participar no VI Simpósio do Clero. E olha que há muito tempo que não se encontravam tantos padres juntos! O 'Ano Sacerdotal' explica este agradável fenómeno. Lê a noticia:

"Mais de 750 padres de todo o país reúnem-se a partir desta Terça-feira em Fátima para o VI Simpósio do Clero, organizado pela Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios. A iniciativa, que decorre a cada três anos, tem desta feita um significado especial por coincidir com o Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI.
O Simpósio tem como tema “Reaviva o dom que há em ti” e vai abordar a formação contínua e permanente do clero. Esta edição será aberta por D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Quarta-feira, o Cardeal D. José da Cruz Policarpo, membro da Congregação para a Educação Católica e do Conselho Pontifício para os Leigos, apresentará uma conferência sobre o tema “Crescer como pessoas para servir como pastores”.

Continua a ler AQUI

Há um bom grupo de Missionários da Consolata que também participam neste encontro nacional.
Vamos rezar especialmente nesta semana pelo sucesso deste Simpósio e, de maneira particular, por todos os que ali se encontram reunidos. A formação permanente e a partilha é boa para os nossos padres e, consequentemente, para as comunidades nas quais desenvolvem o ministério sacerdotal.

CJovem

CJovem em PDF

Com o fim do mês de Agosto acaba-se, oficialmente, o período de férias... ou seja regressa a rotina de sempre.
O CJovem, de cara nova para enfrentar este novo ano de trabalho que temos pela frente, quer deixar-vos AQUI o resumo do que foi este mês de Agosto.

Boas leituras e esperemos que gostem da nova "pintura".

CJovem