Retiro JMC Centro: Com São Paulo, faz uma viagem pelo Templo que és tu

Quem sou eu? Como me defino? Que Dons tenho eu para pôr ao serviço da comunidade? Como posso pôr esses Dons a “render”?
Estas e outras questões foram-nos colocadas para tentarmos descobrir o templo que cada um de nós é.

E isto tudo decorreu no último fim-de-semana em Fátima no retiro quaresmal do JMC centro.
Como qualquer retiro, este foi um espaço aberto ao silêncio, à reflexão, à oração, à partilha…

Cada um dos 12 jovens participantes acompanhados pelo João, Majó e Pe. Albino teve a oportunidade de se 'desviar' do seu quotidiano e pensar sobre si mesmo…
Contudo, pensar sem sermos guiados, torna-se uma tarefa complicada; por isso, São Paulo foi o companheiro de viagem.

São Paulo começou por ser perseguidor de cristãos; contudo, converteu-se, e mais tarde, já como seguidor do Mestre, tornou-se ele mesmo no perseguido. Também nós, ao longo da nossa vida, passamos por momentos que nos marcam; e são muitos desses momentos que nos convertem naquilo que somos. Esses momentos são uma experiência de Deus, são ocasiões em que “vemos” Deus e experimentamos Deus. E é também nestes momentos que, muitas das vezes, descobrimos Dons e Talentos escondidos em nós.

Pois é: todos nós, quer queiramos quer não, temos Talentos descobertos (Dons em acto) e por descobrir (em potencialidade), que muitas vezes não são postos a render… muitas vezes, por timidez, vergonha, fraqueza, … não utilizamos os nossos Dons que são tantos e tão belos.
Todos estes temas ajudaram na nossa viagem pelo nosso Templo, pela nossa identidade, pelo nosso ser…

Do ponto de vista pessoal e como participante deste retiro, tenho a dizer que foi uma experiência rejuvenescedora (apesar das poucas horas de sono). Como disse um dia destes a um Amigo, é sempre bom pararmos para pensar em nós próprios; reflectirmos como vamos na Vida; percebermos se estamos a pôr as nossas potencialidades ao serviço dos outros ou se, por outro lado, somos egoístas e guardamos tudo para nós próprios. Deste retiro guardo no coração, essencialmente, dois momentos: a Via-Sacra aos Valinhos (no sábado à noite), momento alto de Oração e experiência a repetir muitas vezes e o Effathá, momento de compromisso e entrada “oficial” no JMC (Jovens Missionários da Consolata).

Falta agradecer aos nossos sempre jovens e queridos Majó, João e Pe. Albino que prepararam todo este retiro para nós e apanharam uma grande “estafa” a prepararem tudo isto para nós, Jovens Missionários da Consolata.

Texto: Célia Gonçalves, JMC Centro

Foto: A. Brás