Ontem morreu um grande homem, desses que são raros de encontrar, hoje em dia: o missionário /cooperador espanhol Vicente Ferrer. Morreu na Índia, aos 89 anos. Desde a criação da sua primeira organização, a Rural Development Trust, RDT, em 1970, Vicente Ferrer dedicou a sua vida a ajudar os desfavorecidos de Anantapur, região de 19.130 quilómetros quadrados, uma das zonas más pobres da India. Em 1969 criou a fundação Vicente Ferrer, com más de 155.000 colaboradores activos. Foi, por exemplo, um dos que mais se mobilizou para o socorro às vitimas e pós Tsunami de 2005. Ao longo dos últimos 55 anos, entre outros feitos, Vicente Ferrer pôs em marcha três hospitais gerais, 14 clínicas rurais e um centro para doentes terminais de sida. Mobilizou a construção de 2.500 micro-barragens; 1300 centros especiais onde se educaram mais de 15 mil pessoas. Tudo isto para dizer que o mundo precisava de pelo menos uns quantos Vicente Ferrer, e não teríamos este número dantesco que dá título a este post. No entanto, os jornais preferem fazer manchetes com as transferências milionárias e imorais de jogadores de futebol. Por mim, fico tranquilo: Vicente Ferrer vale bem mais que 94 milhões de euros. É que o seu valor não tem valor, ou melhor, não se deixa aprisionar pelos limites mesquinhos de valores monetários.
Ontem morreu um grande homem, desses que são raros de encontrar, hoje em dia: o missionário /cooperador espanhol Vicente Ferrer. Morreu na Índia, aos 89 anos.
ResponderEliminarDesde a criação da sua primeira organização, a Rural Development Trust, RDT, em 1970, Vicente Ferrer dedicou a sua vida a ajudar os desfavorecidos de Anantapur, região de 19.130 quilómetros quadrados, uma das zonas más pobres da India. Em 1969 criou a fundação Vicente Ferrer, com más de 155.000 colaboradores activos. Foi, por exemplo, um dos que mais se mobilizou para o socorro às vitimas e pós Tsunami de 2005.
Ao longo dos últimos 55 anos, entre outros feitos, Vicente Ferrer pôs em marcha três hospitais gerais, 14 clínicas rurais e um centro para doentes terminais de sida. Mobilizou a construção de 2.500 micro-barragens; 1300 centros especiais onde se educaram mais de 15 mil pessoas.
Tudo isto para dizer que o mundo precisava de pelo menos uns quantos Vicente Ferrer, e não teríamos este número dantesco que dá título a este post. No entanto, os jornais preferem fazer manchetes com as transferências milionárias e imorais de jogadores de futebol.
Por mim, fico tranquilo: Vicente Ferrer vale bem mais que 94 milhões de euros. É que o seu valor não tem valor, ou melhor, não se deixa aprisionar pelos limites mesquinhos de valores monetários.