sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nobel da Paz a Barack Obama (actualizado)

É o 44º presidente da nação mais poderosa do mundo, é afro-americano, é Barack Obama.
Deste modo comecei um artigo que escrevi a 21 de Janeiro, logo após a eleição de Obama. Pode ser lido AQUI.

Na altura, eu estava tomado por um entusiasmo quase infantil, motivado na promessa de quem vê inaugurados novos horizontes de esperança, num mundo onde esta virtude tem sido escassa.

O discurso de tomada de posse de Obama inaugurava tempos novos. Sublinho estas palavras: "Neste dia, unimo-nos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade de objectivo e não o conflito e a discórdia."
E estas outras: "Aos povos das nações mais pobres, prometemos cooperar convosco para que os vossos campos floresçam e as vossas águas corram limpas; para dar alimento aos corpos famintos e aos espíritos sedentos de saber. E às nações, como a nossa, que gozam de relativa riqueza, dizemos que não podemos mais mostrar indiferença perante o sofrimento fora das nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem prestar atenção aos seus efeitos. Porque o mundo mudou, e devemos mudar com ele."

Pois bem, a encerrar a semana da atribuição dos prémios Nobel, o Comité Nobel atribui o Nobel da Paz a Barack Obama.

Justificando a escolha do premiado, o presidente do comité,
Thorbjoern Jagland, diz que Obama recebe o Prémio "pelos esforços diplomáticos internacionais e cooperação entre povos". E sublinha: "O comité deu muita importância à visão e aos esforços de Obama com vista a um mundo sem armas nucleares", acrescentando que "Só muito raramente uma pessoa conseguiu como Obama capturar a atenção do mundo e dar às pessoas esperança para um futuro melhor". Além disso, afirmou, “a diplomacia [de Obama] é fundada no conceito de que aqueles que lideram o mundo têm de o fazer tendo por base valores e atitudes que são partilhados pela maioria da população mundial”.

Ainda nem se completou um ano após a sua eleição e já recebe o prémio dos prémios. Foi uma surpresa para muitos. E, talvez, também para ti.

A pergunta impõe-se: Será que Obama merece o Nobel? Fez coisas suficientes que justifiquem esta atribuição?


Aqui está o mote para o novo inquérito do CJovem:

Estás de acordo com a atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama?
Sim
Não

E, agora, vai lá e vota; volta aqui e comenta. E vice-versa!
__________________________________________________

E os resultados da sondagem ditaram os seguintes números:

Estás de acordo com a atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama?

Não 52% (12 votos)
Sim 47% (11 votos)

Votos apurados: 23

A. Brás


5 comentários:

  1. Não sei se concordo ou não com o prémio nobel....
    Mas ele conseguiu levantar a moral do mundo...fez com que as pessoas voltassem a acreditar, a ter força...deu esperança!!!
    A confiança que ele transmite invade tudo e todos...contagia-nos...
    Não são todas as pessoas que nos conseguem transmitir isso...

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  2. Chiça, é muito cedo para receber um nobel. Haverá mais pessoas por aí que o merecem e não são reconhecidas.. e o obama ainda tem MUITO para lutar.. quer a nivel externo, quer com o "bombastico" sistema de saúde americano

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  3. Merece o prémio? Talvez sim, talvez não!
    Uma coisa é certa: se o Comité nobel tinha veladamente como estratégia que se falasse e se discutisse o Nobel, pois conseguiu-o. A oportunidade deste prémio e a pessoa escolhida não encontra consensos. Há debate, há polémica,...

    O que me parece é que Obama foi uma lufada de ar fresco depois dos nefastos anos de reinado Bush. E, ainda que fosse só por isso, a mudança de rumo na maneira como se faz política e como se olha o mundo já merece u aplauso. Mas, por enquanto, só e apenas um aplauso.
    É certo que Obama tem promovido o diálogo com o mundo muçulmano, a luta pelo fim do armamento nuclear... Mas há muitas medidas prometias que simplesmente ainda quase não saíram do papel, talvez por falta de oportunidade (politica, dizem eles).
    Há também que dizer que o Obama que hoje foi premiado com o Nobel é o mesmo Obama que esta mesma semana se recusou a receber Dalai Lama, talvez para não ter que chatear ou dar explicações aos chineses.
    Alguém disse hoje que este foi um prémio que é 'um investimento', mais que um prémio de carreira, como o foi, por exemplo,o de um outro politico, também carismático e negro: Nelson Mandela.

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  4. A liturgia desta sexta-feira prestava-se a fazer uma ligação entre a figura histórica de Jesus (o Jesus Histórico) e o Cristo da Fé, e Obama, novo Nobel a Paz.
    No Evangelho (Lc 11, 15-26) vemos como os sinais que Jesus realizava provocavam em muitos homens do seu tempo, descrédito, surpresa, incredulidade e até mesmo contestação ou rejeição (atribuíam mesmo as suas acções a influencias e origens estranhas: Belzebu, maligno,..).
    Eles têm dificuldade (ou má vontade) em reconhecer a figura humana e divina de Jesus, o seu poder.
    Jesus apresenta-se como aquele que veio para libertar o ser humano das amarras do pecado, da opressão, do mal. Muitos não lhe deram crédito.
    Considero que é pecado não reconhecer a acção de Deus.
    Jesus sonhou e ajudou muitos a sonhar o seu próprio sonho: o de uma humanidade nova, regenerada e redimida no Amor de Deus.

    Salvo as comparações, ao longo da história há muitos que tem contribuído para o engrandecimento do Reino.
    A dinâmica do bem, a bondade, o amor, a paz, a misericórdia, a promoção humana, a defesa dos direitos humanos, devem ser reconhecidas independente de qualquer fronteira. O dever de cada cristão é também o de valorizarmos as pessoas que contribuam para criar uma sociedade e um mundo mais digno.
    E não é condição sine qua non partilharem as mesmas convicções religiosas.
    Acredito que Obama esteja nesse caminho... porque abre caminhos novos... e novos na esperança.
    E esta foi também a minha reflexão deste dia, tentando por em diálogo a Bíblia e a Vida; a Palavra de Deus a iluminar o Mundo. O que nem sempre é fácil. Convenhamos!

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  5. tenho medo desse cara, não gosto dele

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