Páscoa Jovem Missionária 2010 na voz dos pascoalinos

A Páscoa Jovem Missionária 2010 (PJM) é inseparável do seu contexto. Num cenário soberbo – um belo amontoado de casas, de nome Loriga, mais conhecida como a Suíça portuguesa, situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, e rodeada de belas montanhas onde, no cume, ainda se podia avistar a neve que caiu nos últimos dias. Lugar tranquilo, sereno, a respirar os ares da serra e a ouvir o movimento das águas que desciam nas ribeiras, velozes e límpidas. Música suave para os ouvidos. Todos agradecemos este presente da natureza à PJM 2010. Um contexto que ajudou à vivência profunda da experiência individual e comunitária, especialmente dos jovens pascoalinos. A voz aos protagonistas da PJM'2010:

Começamos pelos que vieram de Mem Martins. O Pedro, confessa que não tinha grandes expectativas com relação à sua participação na PJM. E nem sabia bem do que se tratava. “Aceitei o desafio de aproveitar esta oportunidade”. Do que mais gostou foi “de construir pontes” e, assegura, “o silêncio ajudou-me a ouvir o coração”.  Já a Maria João pensava passar a Semana Santa na sua paróquia, mas admite que “foi difícil dizer que não” ao convite lançado pelo P. Maurício. E foi bom descobrir que Deus “está sempre connosco, mesmo nos momentos difíceis”. Vai mais longe: “Quero levar para o mundo o que encontrei aqui, e construir mais pontes”, conclui.  A Maria José diz-nos que “não tinha uma grande expectativa”. Tinha mesmo algum receio: por ser uma das mais velhas, de não se enquadrar, de não criar relação... Mas veio “de coração aberto”. Mesmo com muita experiência em encontros de jovens, “os lugares e pessoas diferentes”, diz ela, “fazem estas experiências serem também diferentes”.

De Águas Santas vieram 3 jovens. A Joana, no desafio de ‘construir pontes’, assumiu a tarefa de soldadora. E, depois do que ali experimentou, afirmou: “a partir de agora vou viver a verdadeira Páscoa”. O Tiago, derramando boa disposição, percebeu nesta Páscoa, mais que nunca, que “Cristo deu a vida por nós sem esperar nada em troca”. Já a Cláudia resumiu tudo numa única expressão “Foi fantástico!”

A Liliana, que se fez acompanhar pela Sílvia e pelo Fernando, todos do Zambujal (Buraca), diz ter aprendido muitas coisas. Marcou-a especialmente a visita aos habitantes de Loriga, no sábado à tarde, após o envio em Missão. Diz gostar “de saber muitas coisas sobre Deus”. A mesma alegria que contagiou a Sílvia, que não tem dúvidas em proclamar aos quatro ventos que “foi a melhor Páscoa em que já participou”. Sentimentos que o Fernando partilha: diz ter ali chegado quase “de pára-quedas”, um trabalhador “de última hora”, mas “valeu a pena”.

Vinda da região de Fátima, a Patrícia, diz ter desejado muito participar nesta Páscoa. Um desejo que já acalentava para a PjM do ano passado. E, confessa: “nunca tinha passado uma Páscoa tão intensa”. Nada diferente da sua amiga Célia, de Santa Catarina da Serra, que já tinha ouvido falar muito da PjM. Para estar ali teve “que deixar muitas coisas para trás”. Mas, desabafa, “valeu a pena”. Afinal, “nunca tinha vivido uma coisa tão boa; foi uma experiência espectacular”.

De Loriga estavam a Marlene e o João. A Marlene apresentou-se algo tímida, reservada, mas no decorrer dos dias foi-se abrindo e ficou mais comunicativa. Talvez por ter descoberto que Deus é, também Ele, comunicação: “Sinto que agora estou mais perto de Deus”, confidenciou. Já o João admite que não estava para vir. Resistiu até à última hora. E explica: “estava com muito trabalho. Mas os meus pais incentivaram-me a participar”. Não se arrependeu: “Estou muito orgulhoso por mim mesmo, em ter decidido vir”. “Quando não há incentivo, os jovens não aderem”, lamenta. E deixa um recado: “Cristo cumpriu a sua missão, ressuscitou; agora falta cumprir a nossa”.

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Albino Brás