A Cruz é a materialização do ódio, da violência, do delito humano, de tudo quanto limita a vida.
É um extracto do quotidiano: o absurdo, o sofrimento, as potências desencadeadas do mal que esmagam, a pobreza extrema, a traição dos amigos, a solidão mais amarga e angustiosa (aquele grito: "Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?")...
Não foi Deus que inventou estas cruzes. A d'Ele é uma história de amor, de fidelidade ao projecto do Pai e não de vingança.
Deus entrou na nossa história, por Jesus, para experimentar na sua carne, o que significa sofrer e morrer e, assim, tornar-nos capazes de dar um sentido à vida, ao sofrimento e à morte. Para os Judeus ela é "escândalo" (Gal 5,1), para os gentios é "loucura" (1Cor 1,18) mas, aos olhos de Deus, a "linguagem da cruz" é o compêndio de todo o Evangelho e, para São Paulo, o único fundamento para se poder gloriar (Gal 6,14).
Só pela cruz veio a redenção e é só carregando a "própria cruz" que o homem pode participar nessa redenção (Ef 2,14-16).
No Apocalipse (Ap 2,7) a cruz é comparada à Árvore da Vida do Antigo Testamento.
CJovem
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