Segundo o relatório da ONU sobre a Situação da População Mundial em 2011, 7 mil milhões de pessoas habitam o planeta.
Este relatório examina as tendências e as dinâmicas que vão configurando um mundo habitado por sete mil milhões de pessoas.
Eis alguns números e tendências que chamam à atenção:
- No tempo de Cristo (há cerca de 2000 anos), a população mundial andaria à volta dos 300 milhões de pessoas. Foi preciso esperar cerca de 1600 anos para esse valor duplicar.
- Em 2000 o mundo tinha cerca de 6,1 mil milhões de habitantes. Ou seja, quase duas vezes e meia a população de 1950.
- As Nações unidas determinou que Danica Maio Camacho, bebé nascido nas Filipinas, é simbolicamente designada como representante do cidadão 7 mil milhões.
- Existem 893 milhões de pessoas acima de 60 anos em todo o mundo; prevê-se que em 2050 os sexagenários já serão 2,4 mil milhões.
- Pessoas com menos de 25 anos compõem quase metade da população mundial. Destes, cerca de 1,2 mil milhões encontram-se nas faixas etárias entre 10 e 19 anos. Esse percentual faz-se mais presente nos países em desenvolvimento.
- Outra tendência, mas em sentido inverso, indica que o segmento populacional entre os 10 e os 24 anos começou a declinar em vários países e não apenas nas nações industriais desenvolvidas.
- Na Índia, onde a taxa de fecundidade é de 2,5 filhos por mulher, há mais de 600 milhões de pessoas na faixa de 24 anos ou menos. Com 1,2 mil milhões de jovens, a Índia está em vias de suplantar rapidamente a China, até agora considerada a nação mais populosa do mundo, com cerca de 1,3 mil milhões de pessoas.
- Este fenómeno poderia ocorrer por volta de 2025 quando se prevê que a Índia, com 1,46 mil milhões de pessoas, supere a China (1,39 mil milhões). A ONU prevê que a população chinesa irá declinar para 1,3 mil milhões em 2050. A Índia, por sua vez, continuará a crescer, devendo atingir os 1,7 mil milhões em 2060.
- 60% da população mundial vive no continente asiático, o mais populoso do mundo.
- Segue-se a África, que já detém 15% dos atuais 7 mil milhões de cidadãos mundiais. E a tendência é a de este continente triplicar a sua população, que cresce a uma taxa de 2,3% ao ano, ou seja, mais do dobro da Ásia 1%. Os africanos passarão a ser pelo menos 3,6 mil milhões em 2100 (contra os atuais mil milhões).
- Os outros continentes (Américas, Europa e Oceânia) perfazem 1,7 mil milhões em 2011, e a previsão é que alcancem quase 2 mil milhões em 2060, para então começarem a declinar muito lentamente. Prevê-se ainda que a população europeia atinja o ponto mais alto por volta de 2025, com 740 milhões de pessoas, para só então começar a declinar.
- A ONU refere que este forte aumento populacional, ocorrido sobretudo a partir dos anos 50, com as politicas de saúde aplicadas a debelar as altas taxas de mortalidade infantil nos países menos desenvolvidos, deve-se às altas taxas de fecundidade dos países mais pobres, dos quais 39 se situam em África, 9 na Ásia, 6 na Oceânia e 4 na América Latina.
- Se na América Central e na Ásia as taxas de fecundidade tem diminuído muito desde 1950, na África, porém, a queda foi mínima: a taxa de fecundidade atual é de 5 filhos por mulher, bem acima do nível de reposição de 2,1 filhos.
- Cerca de 80 milhões de pessoas nascem a cada ano, número equivalente ao da população da Alemanha ou da Etiópia.
- Cerca de uma em cada duas pessoas vive em cidades e, daqui a cerca de 35 anos, duas entre três o farão.
· Se se pode considerar um sucesso termos chegado aos 7 mil milhões já não se poderá dizer o mesmo se tivermos em conta, tal como refere a ONU, que "nem todos beneficiam dessa conquista ou da maior qualidade de vida associada a esse crescimento. Há grandes disparidades entre e dentro dos países".
Uma das questões que o rápido crescimento demográfico coloca é até quando a Terra terá capacidade para sustentar tantas pessoas.
Mas isso é matéria para muitas outras linhas!
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