quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A geração (que se diz) à rasca!

"O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância." (Sócrates*)
Há dias, em conversa com uma jornalista, perguntou-me se achava que os jovens entendiam a maior parte dos textos publicados aqui no CJovem. Com toda a confiança respondi-lhe que sim. Cheguei mesmo a dizer que achava que estes pecavam pela sua simplicidade... aparentemente estava enganado!

Olly

(*) O filósofo, não o outro.

15 comentários:

  1. A bem da verdade:

    «Fui eu quem respondeu Miguel Arcanjo à questão "Quem pintou o tecto da Capela Sistina?" Agora que vos consegui cativar a atenção, tenho a dizer que o papel da Sábado foi puramente ignóbil, tendo dado instruções completamente opostas àquilo que se pode constatar tanto no vídeo, como também na revista publicada hoje. A verdade é que me fizeram 10 perguntas e só mostraram a que eu errei que, como pod...em comprovar os que se encontravam presentes, acabei por corrigir e responder, então, Miguel Ângelo. Em todo o caso, a minha resposta deveu-se ao simples facto de ter frequentado o Externato São Miguel Arcanjo e, ao mesmo tempo, com a pressão da própria entrevista, dei essa mesma gafe - corrigindo-a assim que apercebi -. De acrescentar que quando concluída a entrevista, fiquei à conversa com a jornalista Inês Pereirinha, perguntando-lhe se esta mesma entrevista ia ter semelhanças a uma que o programa 5 para a meia noite já teria feito, tendo obtido uma resposta negativa a este meu comentário. Todavia, para além de ter sido humilhado como nunca tinha sido até à data, ficou em causa o bom nome da instituição que eu frequento - ISPA - IU -, sendo considerada a melhor instituição de ensino na área da Psicologia. Acabei por ser vilipendiado em praça pública, sentindo-me completamente desolado. Acho-me uma pessoa culta que, durante o trajecto Casa-Escola, Escola-Casa, que tem uma duração aproximada de 2h30/3h diárias, lê os jornais gratuitos que consegue adquirir e, ao mesmo tempo, é assinante da revista Visão. Há tanto assunto que poderia ser discutido, como a abolição do desconto de 50% nos passes sociais que, assim, me vão obrigar a pagar cerca de 85€ mensais, ficando-me mais barato dirigir-me à faculdade de carro. Já tentei contactar a jornalista Inês Pereirinha por 2 vezes, acabando por nunca obter qualquer tipo de resposta. Deixo-vos com uma das mensagens que enviei para a jornalista e, aproveito para anunciar, que estou a reunir todos os elementos necessários para processar a jornalista em causa e, igualmente, a revista Sábado.
    ""A ignorância dos nossos universitários", se se sentir bem com o trabalho que realizou, digo-lhe, com tristeza, que você e os restantes colegas são ignóbeis. Vou ainda dirigir-me às autoridades competentes para apresentar uma queixa formal sobre o uso indevido da minha entrevista, sabendo você qual a razão dessa mesma denúncia/queixa. O que mais me impressiona é a generalização que vocês fazem e, mais gravoso, apresentarem ao público uma imagem dos universitários somente com as gafes dos mesmos, não tendo em conta qualquer tipo de pressão momentânea, nem referindo que foi elaborada e apresentada uma panóplia de perguntas a cada universitário.""

    João Ladeiras»

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  2. É extremamente fácil para a comunicação social distorcer a realidade. Devemos é questionar-nos sobre o porquê deste vídeo; seria apenas para gozar com os nossos "jovens à rasca" ou tem outro motivo «escondido»?

    Eu sou a última pessoa a generalizar e sou o primeiro a aplaudir o fato de os nossos universitários serem dos mais bem cotados a nível internacional (ao ponto de empresas de países como a Inglaterra ou a Finlândia estarem a contratar portugueses recém saídos das universidades diretamente para os seus quadros de pessoal).

    Mas tenho também de chamar à atenção para a política de facilitismo que os recentes governos implementaram nas nossas escolas (em que tudo e todos passam de ano apenas para cortar nas despesas) que é propícia a criar futuros empresários e trabalhadores "como estes". Cabe a vós, aos jovens, manter a fasquia alta e evitar cair no facilitismo da "ignorância" e do "não é comigo!".

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  3. A bem da verdade II:
    O Sol publicou o vídeo completo da entrevista do João Ladeiras.
    Ver AQUI

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  4. Xiii pior a emenda que o soneto
    Em 10 errou 2, sabia 1 mas não respondeu e acertou a ultima ao calhas

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  5. Não faz sentido o sururu que vai pelo facebook fora... por mais que não queiram admitir são perguntas demasiado fáceis para alguém errar, mesmo que digam que foram enganados, a vergonha está na lá à vista de todos. Também concordo que não somos todos como aqueles mas que os há, há e eu sou testemunha disso, nas aulas vejo cada cromo que até me benzo e os professores ficam de boca aberta.

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  6. ignorante anónimo18/11/2011, 11:04:00

    Ele não corrigiu a resposta do arcanjo
    além de ignorante é mentiroso

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  7. Quem acha que pode avaliar o que quer que seja por um vídeo destes mostra-se como o pior dos ignorantes em matérias como sociologia e outras que tais. Fiquem lá com a vossa sabedoria...

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  8. Tive a sorte de encontrar um texto que diz tudo o que penso sobre o assunto, melhor do que eu conseguiria expressar:

    http://arrastao.org/2402533.html

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  9. Olá! Sei que tenho andado afastada dos comentários mas prometo que tenho lido assiduamente os vossos textos :D

    Tenho de dar razão ao Olly quando diz que o facilitismo nas escolas tem a sua quota parte de culpa. Como professora sinto-o na pele e assusta-me deveras.

    Quanto ao Tiago; com imensa saudade das nossas discussões amigáveis e tendo isso em conta, devo confessar (amigavelmente claro!) que tenho de tirar o chapéu aos autores dos comentários, sabendo por experiência própria que tem por hábito partir para o insulto de cada vez que fica sem argumentos válidos para rebater algo; nunca o vi admitir derrota tão rápido. Mas, desta vez, contra factos não há argumentos.

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  10. Tenho pena de si, senhor Tiago Santos, por pensar como pensa. Aqui não se trata de defender uma classe coitadinha mas sim de fazer ver a quem de direito o que está muito errado neste país e que, aparentemente, o senhor não quer que mude.
    Pelas referências que deixa, presumo que seja, também você, um jovem orgulhoso por se incluir no lote de universitários que preferem barafustar contra tudo e contra todos apregoando em alta voz a sua ignorância em vez de fazer seguir este país para a frente.

    Mas é o país e a educação e os jovens, apenas alguns felizmente, que temos.

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  11. E mais lhe digo. Sinto vergonha de um país onde um universitário precisa de recorrer a uma calculadora para fazer uma multiplicação básica ou até uma soma; onde um universitário nem falar (e escrever) correctamente sabe e ainda insulta quem o corrige. Episódios destes são muito vulgares no quotidiano dos dias que correm mas, tal como você, só vê quem quer e mais cego é quem não quer ver.

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  12. Como não ensinaram ao senhor anónimo a dar a cara pelo que diz, vou assumir que nunca deve ter tirado um curso universitário. Talvez não saiba fazer uma derivada ou uma primitiva mas acha que o importante é saber multiplicar 33 por 442 em 10 seg.

    Se quer fazer ver a quem de direito o que está de errado neste país, investigue o assunto. Faça inquéritos como deve ser e tire conclusões então. Mas inquéritos como deve ser não se fazem com uma câmara a fazer perguntas sorteadas com o objectivo claro de fazer um vídeo demagógico. Existem muitos bons estudos sobre o conhecimento dos estudantes universitários a aposto que nunca leu nenhum. Existem muito bons estudos sobre os interesses dos universitários (interesses esses que critico todos os dias) mas aposto que também não deve ter lido nenhum.

    Critica os estudantes por barafustarem contra tudo e contra todos mas depois baseia a sua opinião em peças jornalisticas sensacionalistas. Também fico a calcular que a sua opinião económica é baseada nos noticiários da Manuela Moura Guedes.

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  13. Ex.mo Sr. Anónimo não que querendo optar por um discurso banal, não fundamentado e insultuoso, como o que escreveu anteriormente deixo uma mensagem muito simples. Imagine-se agora com 22 anos estudou 16 anos porque a sociedade de forma geral lhe "diz" se estudar tem um futuro melhor e poderá dar aos seus filhos o que os seus pais lhe deram mas ainda com maior qualidade, que terá condições para ter uma família em condições condignas, agora imagine... terminou a sua licenciatura é pago a 3 € por hora depois de investir "n" na sua formação, trabalha como escravo, nunca terá casa própria e nunca poderá ter os 3 filhos que desejou porque não tem possibilidade para lhes dar o que tanto a sociedade publicitou que iria conseguir. Agora vai.me dizer que vivemos a cima das possibilidades e deveríamos voltar à exploração agrícola (sem que queira desfazer este ramo, eu própria faço parte dele). Pense que simplesmente que a crítica não se deve basear na opinião mas em factos se não vejamos ainda:

    Foi acusado injustamente- recorre ao advogado
    está doente- é consultado pelo médico
    tem um problema de finanças- pode recorrer a um técnico de contas
    está acamado e necessita de cuidados- pede um enfermeiro no domicilio
    pecou- exerce o sacramento do perdão junto de um padre (que também é graduado ou professor e já foi de certo estudante universitário)

    De acordo com o que observo dos comentários que têm sidos aqui explicitados, portanto todo o ser humano graduado poderá ser tido como asno, no entanto não deixam de:

    Necessitar do advogado no julgamento, do médico quando adoecem, do técnico de contas porque fizeram mal as contas, do enfermeiro para cuidar e do padre para fazer um acompanhamento espiritual adequado...

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  14. Oh Maria: então a senhora, como professora, consegue tirar alguma conclusão sobre o facilitismo com uma peça jornalística básica (até com erros científicos por parte da jornalista) sobre cultura geral? Mas desde quando é que se aprende cultura geral na escola?

    Isto só prova o meu argumento lá de cima. Estão todos a comentar a falar da ignorância dos outros, mostrando-se a vós próprios como ignorantes. Se me provarem que os jovens têm realmente uma fraca cultura geral ( e eu acho que têm), sejam capazes de argumentar decentemente e com argumentos com sentido. Por exemplo, de que forma a crise, o processo de bolonha ou as praxes (ai as praxes, o primeiro debate deste blogue onde me insultou cara Maria...) impedem os jovens de terem outros interesses culturais?

    O que não podem fazer é chegar aqui e barafustar contra toda a gente, sem um único argumento válido, baseados apenas num trabalho jornalístico muito mal feito.

    Percebem o meu ponto?

    Espero que a minha ignorância de estudante universitário torne o meu texto inteligível. Um bem-haja a todos, principalmente à Maria, minha amiga de longa data na blogosfera.

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  15. pena que o debate encerre por aqui....

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