Editora desafia leitores a escolherem capa de livro

 «Como para fazer um desenho de observação é preciso parar e conversar com as pessoas, este trabalho permitiu-nos descobrir uma nova forma de fazer missão. É disso que trata este livro», explica um dos autores.

Quando, em agosto de 2013, embarcámos com um grupo de voluntários rumo à Costa do Marfim, sabíamos que o desenho iria ser o ingrediente fundamental da nossa missão. O desafio era desenhar a missão de Marandallah a partir do nosso olhar. Nunca, até esse momento, nos imaginámos a fazer missão através do desenho. Médicos, enfermeiros, engenheiros, professores, teólogos, todos nos pareciam mais capazes para o trabalho numa remota aldeia perdida no meio da selva da África Negra.

Contudo, como para fazer um desenho de observação é preciso parar e conversar com as pessoas, este trabalho permitiu-nos descobrir uma nova forma de fazer missão, pois, através dele há um entusiasmo que se cria pela novidade que é o ato de desenhar. É disso que trata este livro. Nele estão desenhos de pessoas, ruas, casas, instrumentos e objetos quotidianos, mas também histórias e reflexões pessoais que fomos escrevendo nos nossos diários gráficos.

Quando chegámos a Portugal, os autores (Mário Linhares e Ketta Cabral Linhares) e a Consolata Editora chegaram a acordo sobre a relevância do seu conteúdo e pensou-se na sua edição como forma de fazer chegar os desenhos e os textos em formato de diário de viagem ao máximo de pessoas que são apaixonadas pela missão, pelo desenho, pela literatura de viagem e pelas diferentes culturas. O resultado das vendas será inteiramente para apoiar a missão.

A capa está neste momento a votação até final do mês de maio. Porquê? Talvez porque fazer a capa de um livro é sempre um desafio gigante. A capa é o rosto do seu interior e, por vezes, não há apenas uma solução.  A capa azul representa a vida e a alegria da cultura africana. O desenho é de um padrão de tecido que as mulheres usam diariamente e pretende-se que esta capa se destaque de todas as outras que são comuns nos livros de literatura de viagem. A capa creme representa a ideia de diário pessoal, com um desenho do próprio corpo de um dos autores. É uma opção mais serena e pacífica dentro da literatura de viagem.

O livro já está à venda online e pode ser adquirido com os portes de envio gratuitos até 12 de junho através deste link: http://hakunamatatayeto.blogspot.pt/2014/05/decisao-da-capa.html. É aí que pode votar também na capa que mais gostar. Ao adquirir este diário, está a ajudar a missão da Costa do Marfim.

Mário Linhares