Ontem, 27/12/2008, o Grupo de Jovens de Mansores e o Grupo de Jovens de Escariz (Arouca) reuniram-se para mais uma sessão da Formação à Distância com os Missionários da Consolata.
Nesta época natalícia, época propícia ao convívio familiar, o tema escolhido foi “A Família”. Desta feita, resolvemos convidar também os nossos familiares para connosco partilharem deste momento de escuta, paragem, reflexão.
A noite convidava a ficar em casa à lareira, quentinhos no aconchego do lar (pois fazia muito frio), mas mesmo assim alguns corajosos enfrentaram o frio e dedicaram duas horas da sua noite a ouvir e questionar o Padre Maurício.
Foi um encontro muito interessante em que abordamos questões cruciais na nossa sociedade actual como o divórcio, os casamentos gays, o namoro, o verdadeiro conhecimento do outro, tudo isto enquadrando, claro está, o significado de Família.
Hoje em dia, é muito difícil definir Família.
Antigamente vivíamos em comunidade, ajudávamo-nos mutuamente, conhecíamos os nossos amigos, as famílias monoparentais existiam apenas se um dos nossos pais falecia.
Hoje em dia não é assim. As pessoas estão a perder a capacidade de sonhar, já não acreditam no Amor. Vivemos em grandes cidades, passamos horas e horas sozinhos a ver televisão, a andar de carro, a jogar computador, não temos tempo para relacionamentos pessoais. Passamos horas e horas a “teclar” com os nossos grandes amigos do Messenger. É incrível como lutamos contra a solidão, mas tudo o que fazemos faz com que estejamos cada vez mais sós.
Cada vez mais desenvolvemos doenças que há uns anos atrás não existiam: stress, depressões, dores de cabeça.
Vivemos numa sociedade em que tudo parece ser normal. É normal que uma adolescente com 12 anos já tome a pílula, é normal que os casais se divorciem por tudo e por nada, é normal fazer um aborto… enfim, estamos a banalizar assuntos, partes importantes da nossa vida, demasiado sérias para serem banalizadas.
É preciso voltar a acreditar, é preciso voltar a sonhar que o “para sempre” pode mesmo ser “para sempre”, só que para isso é preciso sabermos respeitar, sabermos perdoar e sabermos principalmente AMAR!
Mais do que nunca o mundo precisa de jovens, de pessoas com convicções, generosas, altruístas, crentes. O mundo precisa de bons pais e boas mães, famílias fortes e sólidas, de profissionais com uma consciência bem formada, que não sacrifiquem os seus princípios em prol da carreira ou do dinheiro, pois tudo na vida passa por nós, a única coisa que fica é Deus.
Por fim saliento apenas a ideia geral desta sessão, que penso ser a ideia com que todos ficaram: O essencial na Família, a base de qualquer família é viver em/com verdadeiro Amor!
Marlene Almeida
Como a Marlene referiu existe realmente uma tendencia para banilizar aspectos da nossa vida que se apresentam como necessários, como são exemplo, a familia, o amor, a partilha...Esta realidade presente no nosso quotidiano entristece o coração daqueles que "lutam" por um mundo em que os verdadeiros valores são exaltados. Lutadores estes que ao reflectirem nos comportamentos da sociedade actual são invadidos por sentimentos de injustiça e "descrença". Descrença, no sentido da possibilidade que existe em a sociedade se empenhar na conservação do amor, da partilha, da união...O melhor que levamos deste mundo é o amor que partilhamos entre nós e a presença do nosso lado mais puro e humilde. Porque se todos vivessemos de acordo com aquilo que achamos o ideal, o mundo seria certamente muito melhor e existiram muitas mais pessoas felizes.
ResponderEliminarA familia representa um dos principais pilares que constituem cada um de nós, pobres são aqueles que não têm uma familia capaz de os apoiar e dar-lhes amor. Felizes aqueles que acreditam no amor e preservam a família como o bem mais precioso.
Cristiana
É verdade Cristiana... "Felizes aqueles que acreditam no amor e preservam a família como o bem mais precioso". O problema desta nossa sociedade actual é que as pessoas deixaram de acreditar no amor (em qualquer forma de expressão de amor, diga-se!)... Tudo gira à volta dos interesses, não se olham aos meios para se atingir os fins... não é nada fácil vivermos numa sociedade onde, mesmo querendo ser justos, acabamos também nós por contribuir para a "podridão" em que isto se está a tornar...
ResponderEliminarE eu penso que o pior no meio disto tudo é que as pessoas vivem pensando que já não estarão cá para ver o mundo destruído... enganam-se! Basta olharmos um bocadinho à nossa volta (com o coração) e veremos que a destruição está mesmo aqui!
Enfim... enquanto não deixarmos de viver "ao sabor do vento", enquanto não nos tormarmos jovens reponsáveis, com ideiais, com bons valores a defender não vamos a lado nenhum... :(
Marlene