Como Paulo, modelo de seguimento, jovens do CJM'09 sentem-se 'agarrados por Cristo'

Foi com enorme entusiasmo que 80 jovens do norte, centro e sul de Portugal se juntaram, este fim-de-semana em Fátima, no Convívio Juvenil dos Missionários da Consolata, cujo tema era “Fui agarrado por Cristo”.
Tudo começou sábado á tarde com uma breve apresentação e logo de seguida recebemos uma formação sobre S. Paulo, dada pelo Padre Albino.
Quem é S. Paulo para mim hoje? O que conheces sobre ele? Que ligação afectiva tens com ele? Porque é que S. Paulo não é uma figura popular como todas as outras?
Para ser breve, S. Paulo era um Judeu, de nacionalidade Romana, perseguidor de Cristãos que foi confrontado pelo Ressuscitado, acabando assim por se converter e vai daí passa de “perseguidor (de Cristo) a perseguido (pelo mesmo Cristo)”.
Este apóstolo, durante as viagens e perigos a que se submeteu para evangelizar as comunidades por onde passava, escreveu 14 cartas, entre as quais aos: Romanos, Coríntios, Gálatas, Filipenses, Tessalonicenses, Efésios Colossenses e também Cartas Pastorais (cartas de carácter pessoal).
O Pe Albino quis sublinhar o facto do Apóstolo Paulo poder ser apresentado como um Grande Modelo para os Jovens. De facto, entre outras coisas, o apóstolo Paulo tinha ousadia, iniciativa, alguma loucura e rebeldia, era o mestre da evangelização e da comunicação, vencia os medos, abriu-se ao diferente, à diversidade, ao estranjeiro, a outros povos e culturas. E tudo isso podem ser caracteristicas do jovem e do mundo juvenil actual.
Escrevia Paulo ao jovem Timóteo: “Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na Fé.” (2Tim 4, 12).
Acabamos a formação com o lema “Não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim”.
Após o intervalo, foi-nos apresentado o Testemunho Missionário das Leigas Missionárias da Consolata, a Marisa e a Keta, a Missão no Bairro do Zambujal.
Muitos de nós pensam que só se faz missão “lá fora”, enganamo-nos!! Antes de tudo, temos de começar “cá dentro”, temos primeiro de aprender e viver a realidade do nosso país, por mais perfeito que ele nos pareça.
O Bairro do Zambujal, em Lisboa, foi a experiência Missionária destas duas jovens que nos disseram: “pouca coisa aconteceu, mas muita coisa cresceu!”. Não dá para descrever muito bem o que é fazer missão lá… Penso que só quem vive é que consegue falar e sabe das necessidades e dificuldades que o bairro tem… Mas, mesmo assim, para quem escuta não é a mesma coisa! E por isso mesmo, o convite foi lançado: “Vão lá! Experimentem passar por lá!”.
O dia de Sábado acabou em espírito de alegria e partilha dos trabalhos de Grupo (onde fomos confrontos com duas perguntas e respondemos fazendo dinâmicas) e com a oração (o momento onde paramos para dialogar com Deus).
Domingo, o dia dedicado aos Pascoalinos, onde eles têm a oportunidade de partilhar, com os outros jovens, a sua experiência na Páscoa Jovem Missionária na 'aldeia olímpica' de Covelas.
Depois destes 17 Jovens terem “desabafado” connosco, ficamos com a ideia de que, como um deles afirmou: “isto mudou a minha vida (…) Agora tudo já faz mais sentido!” e, claro, “CRISTO É A NOSSA META”.
Terminamos com a participação na Eucaristia, à qual se quiseram juntar alguns familiares dos jovens. presentes. Esta foi presidida pelo P. Jorge Amaro.
E foi assim que passamos estes dois dias em Fátima, cantando, partilhando e convivendo.
Vá, como sempre, chega o momento que ninguém quer: a despedida… (alguém chorou?)

Sofia Carvalho