segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amor é amor?


Quando pensamos na palavra amor, logo nos vem à mente que é o maior dos sentimentos, que sem ele não conseguimos viver, que é a expressão máxima do relacionamento entre duas pessoas. Bem, nem tudo o que nos vem à cabeça, se traduz naquilo que realmente achamos, agimos ou vivemos e o amor encaixa perfeitamente nesta premissa.
Amar é muito mais do que pensamos, é muito mais do que sentimos, é muito mais do que só amor.

Para se perceber a complexidade do amor, o povo grego deu ao sentimento três definições: Eros (sentimento de atracção entre duas pessoas), Philos ( o amor que se traduz na amizade entre as pessoas), Agape ( a afeição entre duas pessoas), sendo que cada uma delas define o amor em diferentes dimensões como podemos perceber.
Nós incluimos no amor todas as dimensões e ainda mais.
Mas será que existem vários tipos de amor? Eu penso que não...

Na palavra amor, uma outra deveria estar sempre associada, intimamente unida, pois assim confere-lhe a veracidade de significados: Incondicional!
Amar não pode ser nada mais nada menos do que um sentimento incondicional, sem limites, infinito, sincero, que brota da alma. Quem coloca o amor como um sentimento passageiro, dependente dos outros sentimentos, com certeza que não ama nem nunca amará! Talvez a resistência que se coloca a amar, esteja associada ao medo de descobrir a veracidade do amor, ou seja, a entrega absoluta ao outro, mas este medo não é consciente, é ignorante!

Hoje, amar é banal, é mais palavra do que sentimento, é mais desumanizado, é mais de tudo e menos de amor, é amo-te hoje mas amanhã não sei, é apenas e infelizmente mais uma palavra do dicionário corrompida pela mente humana.

Basta!!!

Serão precisas mais explicações sobre a forma que amamos? Não me parece... . Cada um de nós tem a sua responsabilidade de revitalizar o amor, de amar o outro na plenitude máxima do sentimento, de se amar para amar os outros. Na Igreja primitiva, os cristãos eram reconhecidos pela forma como se amavam uns aos outros!!!!
Não é fácil, mas se não se tentar, se não se acreditar, nunca sairemos deste turbilhão de sentimentos nos quais colocamos a capa de amor.

Soluções para como se deve amar? Não tenho...

Mas conheço um Galileu que te poderá ensinar, mostrar, desafiar a viver no amor...
Nome? Jesus...
Profissão? Amar!!

Pedi e dar-se-vos-à, procurai e encontrareis... o amor!!!!

Copi, LMC

5 comentários:

  1. "Talvez a resistência que se coloca a amar, esteja associada ao medo de descobrir a veracidade do amor, ou seja, a entrega absoluta ao outro, mas este medo não é consciente, é ignorante!"

    Concordo plenamente... O problema é que, hoje em dia (e nesta sociedade cada vez mais pobre de sentimentos) "o medo" é maior que "o amor", ou seja, nao há entrega incondicional ao outro, nao se ama no verdadeiro sentido da palavra e isso só acontece porque as pessoas têm medo... medo do que daí poderá surgir.

    Eu sei e tenho noção que a verdadeira felicidade está em amar incondicionalmente o outro (tal como Jesus nos ama) com as suas qualidades e defeitos mas, muitas vezes, o "medo" torna-se um grande obstáculo...Medo de amar, medo de arriscar, medo de partilhar, medo de sofrer, medo de viver, medo de ser livre... medos...

    Acho que o que comanda a vida da maioria das pessoas hoje em dia é o medo e não o amor!

    Mas, como dizes, há Alguém que nos pode ensinar a amar... e é com esse Alguém que eu tento(quero) aprender a amar! :)

    Saudações Atentas*

    Marlene Almeida

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  2. De facto, neste mudo de hoje, cada vez mais nos é pedido que olhemos mais para o nosso umbigo, que pensemos em nós em detrimento dos outros. Um exemplo crasso é quando um presidente da república se adressa à nação a pedir solidariedade para vencer "a crise" e todos ficam em estado de choque.
    O amor (tal qual ele é e como o Copy tão bem descreveu) é um sentimento difícil de encontrar nos dias de hoje (não digo que não exista) precisamente por isso, essa ideia de entrega total, de confiar em alguém que não nós próprios é um conceito estranho... as pessoas habituaram-se a viver de paixões, é-lhes mais cómodo, dói menos e, passada a paixão, partem para outra. Para se sentirem melhor, resolveram chamar de amor a essas paixões.
    Amar (amar mesmo) não deve ser algo de que nos envergonhemos, entregarmo-nos totalmente a alguém (Deus ou pessoa) não é sinal de fraqueza, de dependência como nos querem fazer crer; é sinal de confiança, é força. É saber mostrar, sem medos, que podemos vencer esta ideia geral de "umbiguismo" e construir uma relação duradoura e forte... tal qual JC pediu, tal qual o amor deve ser.

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  3. Por vezes gostava de ter a facilidade de amar e "desamar" como certas pessoas têm!

    Numa semana dizem que amam X, na semana seguinte, já amam Y.

    Que amor é este?
    Como é possível?

    Será amor, ou chamam-lhe isso só para parecer mais bonito?

    Acho que o simples acto de dizer "amo-te" já é tão banal e desprovido de sentimento que mais parece "vou beber café".

    Onde pára o verdadeiro sentido da palavra?
    Desapareceu?
    Ou essa palavra já é tão corriqueira e eu ainda não dei por isso?

    Deverei acreditar no sentimento quando as pessoas me dizem "amo-te"?

    Quero acreditar nessa palavra e que comece a fazer parte do meu vocabulário...

    Mas acima de tudo que tenha sentimento e seja sincero!

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  4. bem , isto já tenho refletido há um tempo , é que como seres humanos racionais , temos que ter definiçoes disto , daquilo , etc ; em relação aos sentimos é exctamente a mesma coixa .
    o que é o Amor ?
    sinceramente (apesar de já ter lido muitos livros sobre issso )não sei .
    o que posso dizer é que tive uma pessoa que gosto muitos , fez-me passar o diabo , mas apesar disso gosto dela , será amor , não sei .
    so sei que , que temos demasiados definiçoes e , perdoem-me a franqueza , cada um escolhe uma que lhe convém , tal como disse o copi ( na mourche ) se queremos uma definição unica e indiscutivel de amor , olhemos pa cruz ,esta lá , tudo , queres Amar , olha a Cruz , Queres ser Pobre (de espirito) , Cruz , Queres Perdoar, Cruz , etc
    paz e bem
    Paulo Ferreira J.M.C

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  5. O que a Tânia referiu é o que ultimamente me tem chateado nos ultimos tempos...Em todo lado que vou existe uma parede a dizer "amo-te x"... Pode-se também ver isso no hi5... é completamente ridiculo ver pessoas a banalizar uma palavra que para mim ultrapassa todas as que possam existir...
    falta certezas e determinação às pessoas. antes as pessoas eram praticamente obrigadas a casar com x e a ter o emprego y. e viviam (provavelmente infelizes) assim a vida toda. hoje temos libredade....e que tal tentarem usa-la conscientemente?
    Os jovens e adultos de hoje (mais do que à uns anos atrás)pensam na vida como algo que se deve aproveitar ao máximo. mas não sabem defenir uma vida aproveitada ao máximo. Uns pensam em bater records de namoradas/os, outros passar por cima de colegas de trabalho, outros conseguir o melhor carro da vizinhança, outros combatem contra a própria familia, etc....
    Onde está o amor no meio de isto tudo?
    Luísa Jmc Águas Santas

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