sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Igreja (de)missionária (actualizado)

Este blogue já deu conta das conclusões de um inquérito feito, em conjunto, pelas Obras Missionárias Pontifícias e a Fundação Evangelização e Culturas e que aponta para uma diminuição dos missionários portugueses a trabalhar no estrangeiro, em cerca de um terço, no período entre 2002 e este ano (confere AQUI). A boa noticia é a de que existem cada vez mais leigos, sobretudo em experiências missionárias, ainda que, a maioria, de curta duração.

Estamos no mês missionário; neste domingo, 18, celebramos o Dia Mundial das Missões. A meditação que o P. Vilarinho preparou para esse dia é suculenta. Reflexão inspirada nas leituras desse dia, e no que a Igreja celebra, convido-vos a ler e meditar com alguma atenção. Ajuda, sem dúvida, a descobrir a importância e a urgência que a Missão tem ainda hoje, em pleno século XXI. (Lê a reflexão AQUI.).

Se Cristo deve ser dado a conhecer a todos os homens e a Palavra de Deus é um bem que deve ser partilhado com todos os povos, disso creio que estamos todos de acordo. A Igreja continua a afirmar a urgência da Missão Ad Gentes, hoje, aqui e agora.

Não sei se é impressão minha, mas nota-se uma tendência, em alguns círculos da Igreja actual, em afirmar que ‘tudo é missão’. Uma ideia algo perigosa e que pode estar a contribuir para um certo abrandamento do espírito e o compromisso missionário além-fronteiras. Quando tudo é missão nada é missão.

Depois de dois mil anos continuamos a dizer que “A messe é grande mas os trabalhadores são poucos” (Lc 10). E a tendência, no que se refere às vocações para a vida religiosa missionária, é a de decrescer. No entanto, continua a haver gente sedenta de conhecer Deus e a faltar quem O anuncie, quem evangelize e ajude a fundar, organizar, pastorear comunidades de vida e de fé, animadas pela esperança.

Afinal, queremos uma igreja missionária ou (de)missionária?
O inquérito que agora disponibilizamos vai nesse sentido.
“A missão ad gentes deve ser a prioridade dos planos pastorais da Igreja” (Bento XVI). Outros papas fizeram afirmações semelhantes. Sentes que a dimensão missionária da Igreja está presente no plano pastoral da tua diocese, paróquia, grupo, movimento?

- Sim!
- Se está, não se nota!
- Não!
- Ainda não! (tenho esperanças)

Vota no inquérito e, se queres partilhar a reflexão e o debate com a tua opinião vai à caixa de comentários e 'põe a boca no trombone'!

CJovem
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Sondagem:

“A missão ad gentes deve ser a prioridade dos planos pastorais da Igreja” (Bento XVI). Outros papas fizeram afirmações semelhantes. Sentes que a dimensão missionária da Igreja está presente no plano pastoral da tua diocese, paróquia, grupo, movimento?

Se está, não se nota! 36% (18 votos)

Ainda não! (Tenho esperanças!) 32% (16 votos)

Não! 18% (9 votos)

Sim! 12% (6 votos)

Votos apurados: 49

3 comentários:

  1. Na minha paróquia apenas se fala das missões no próprio Dia Mundial das Missões e é em forma de peditório, com um breve comunicado ao início da eucaristia:
    "O peditório de hoje vai para ajudar as missões."

    Se acho que há muito que fazer?
    Claro que sim! Mas temos de ser nós, catequistas, leigos, etc. a fazer pé firme porque a igreja diocesana ainda vê com maus olhos o trabalho dos missionários (citação: "que só cá vêm para roubar vocações").

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  2. Por muito pertinente e interessante que a pergunta seja, é também um bocadinho complicado de responder. Pelo menos face às escolhas de respposta possível. O meu exemplo: em relação à minha paróquia a resposta seria "Ainda não (tenho esperança)", em relação à minha diocese seria "Tendo em conta o plano deste ano, sim.", em relação ao meu movimento "Sim, sem dúvida!"
    Vai daí... eu não posso votar neste inquérito :) Mas não quis deixar de dar a minha contribuição. Bom mês missionário p/todos, e para o resto do ano também.
    Teresa, lmc

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  3. Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Missões:

    http://consolata.pt/site/index.php?option=com_content&task=view&id=551&Itemid=94

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