"Faz-te ao largo". Foi este convite de Jesus a Simão Pedro que, juntamente com outros companheiros de profissão, está nas margens do lago a consertar as redes, depois de uma noite de pesca frustrada. Jesus sobe para uma das barcas vazias, introduz-se delicadamente nessa atmosfera de insucesso e pede a Simão que se afaste um pouco da margem, que lance as redes e volte a pescar. Depois de uma breve hesitação e um olhar meio desconfiado, Pedro deixou-se convencer e fez a pesca mais extraordinária da sua vida. A partir desse encontro tudo mudou, e Pedro teve a percepção da imensa distância entre a sua fragilidade e o imenso poder de Deus que se escondia por detrás do rosto luminoso de Jesus de Nazaré. “Afasta-te de mim, Senhor, que sou homem pecador”. Foi assim que iniciou a aventura de Pedro e a nossa.
Ele sobe para a minha barca - Sim, porque é a mim que o Senhor pede para colaborar com Ele, para pôr a minha vida em jogo, para o ajudar numa missão que só Ele conhece. E pede que lhe empreste a minha barca. A minha e a tua. Deus quer subir para a tua barca, precisa de ti para narrar o Evangelho, precisa da tua disponibilidade para ir mais em profundidade. E isto acontece, repara bem, ao cabo de um dia de trabalho frustrante, sem mérito algum da tua parte. Mas nem sequer isso é suficiente para travar o chamamento de Deus.
Continua a ler o comentário do P. Darci Vilarinho* às leituras deste domingo, 5º do tempo comum, numa perspectiva missionária. AQUI
*P.Darci é Missionário da Consolata, da comunidade de Palmeira, Braga. Faz, semanalmente, o comentário litúrgico às leituras de domingo, em consolata.pt.
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