Identikit de uma vocação (parte 13)
Depois te ter falado um pouco de como cheguei ao Rio, da minha adaptação à cidade. Hoje quero falar-vos da minha decisão de tornar-me missionário. Quem está por detrás, quem colaborou, quem me incentivou e quem confiou em mim.
1° A comunidade empurrou-meO primeiro empurrão que tive foi da comunidade dos Telégrafos. Tudo aconteceu assim: Um belo dia (parece até contos de fadas) em reunião com a comunidade, abri-me e em uma conversa informal, contei-lhes que sempre tinha pensado em ser padre, via muito claro que Deus sempre dava um jeitinho para chamar-me, porém, eu sempre tive medo de lançar-me, pensava que não saberia falar bem e coisa do género.
Depois que terminei de falar, eles disseram-me que tudo isso era coisa de minha cabeça, que eles entendiam-me muito bem e que não existia nada que me impedisse de entrar para o seminário.
A iniciativa partiu deles
Eles, digo a comunidade, tomaram algumas iniciativas e, sem que eu soubesse, foram ter com o padre Albino, que na época era pároco na Consolata do Rio. Contaram-lhe sobre minha pessoa e sobre meu desejo vocacional.
2° O pároco confirmou
O padre Albino Brás, depois de escutá-los, chamou-me para conversarmos sobre essa questão. Falou-me da missão e da vocação missionária, do fundador, das experiências vividas e do entusiasmo missionário. Foi aí que foi despertando em mim o meu amor pela missão ad gentes. Iniciámos um período de discernimento vocacional. Propôs-me que eu participasse de alguns encontros em São Paulo e ajudou-me naquilo que eu precisava. Ele foi a segunda pessoa a confiar e acreditar em mim e nas minhas potencialidades.
3° O Instituto, na pessoa do Padre Michelangelo Piovani
Porque eu já passava dos 25 anos, teria que escrever uma carta ao superior regional, contando minha historia e pedindo a permissão para entrar na congregação.
Depois de ter feito isso tudo, ele respondeu-me que sim e que o Instituto estava feliz em receber-me. Foi por causa desse sim que estou hoje aqui.
E se fosse enumerar aqui todos aqueles que, de uma forma ou de outra, colaboraram diretamente ou indiretamente comigo, vocês iam se cansar de ler tantos nomes. Sei que foram muitos. Só para elencar alguns, o padre Juan Carlos, o padre Salvador Medina, os padres Michelangelo e Albino que já mencionei acima. A Irmã Neuza, missionária da Consolata, e tantos outros amigos e amigas que depositaram em mim a sua confiança e ajudaram-me nessa caminhada missionária até hoje. Sem eles não teria sido fácil.
A todos vocês meu muito obrigado.
E a você que agora está a ler esta história, você também já está a fazer parte dela.
João Batista
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