Identikit de uma vocação (parte 15)
Saber unir conhecimentos e práticas
Depois que terminei o ano de propedêutico na cidade de São Paulo, tive outra vez que mudar de cidade, desta vez, fui destinado para Curitiba, que fica no sul do país, região muito bonita, porém fria.
Ali passei três anos. Guardo em minha memória os colegas, alunos da Universidade, a paróquia de Santa Margarida e suas comunidades, as pastorais e os movimentos nos quais trabalhei. Foram três anos muito intensos, onde deveríamos unir estudos filosóficos, ou seja, o amor pela sabedoria, pelo conhecimento, com outras dimensões da nossa vida missionária, por exemplo, a vida comunitária e pastoral, além, dos trabalhos manuais executados em comunidade.
Éramos, no inicio, 10 seminaristas. Pouco a pouco, alguns, foram deixando o seminário no decorrer da formação. Sentiram o peso e as exigências dos estudos e não foram suficientemente capazes de entusiasmar-se e perseverar na vocação. Não tiveram coragem para avançar e trilhar fronteiras ainda não conhecidas. Sendo assim, escolheram outros caminhos e mudaram de estrada.
Senti bastante a mudança radical de clima e também da cultura, por serem muito diferentes de onde eu vivi até então, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo. A região sul do Brasil muda muito, porque têm muitos reflexos das culturas italianas e alemãs, povos provenientes destes países que povoaram e influenciaram, com sua cultura, a região sul. Esta é traço a mais de nossa riqueza cultural, a mistura e a influencia de vários povos gerando uma diversidade imensa de sub-culturas.
Porém, com a ajuda de muitos, superei e continuei, até que fui destinado para a Argentina.
Sobre a viagem à Argentina vos contarei no próximo capitulo.
João Batista
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