Os nossos Leigos já estão por "terras de missão" e já deram notícias, o CJovem tomou a liberdade de publicar um pequeno excerto do mail que a Bibi escreveu:
Hola a todos! Tudo bien?
Em primeiro lugar, mil desculpas por só agora darmos notícias mas desde que chegamos não tivemos muitas oportunidades, nem como o fazer.
Partilhando um pouco estes dias que passaram... comecemos pela viagem. Ficámos muito felizes com a presença dos que conseguiram ir até ao aeroporto e com todos que, mesmo sem lá estarem, pensaram e rezaram por nós.
A viagem correu bem, o único senão foi o atraso do voo Porto-Madrid de quase 1h00. Quando chegámos a Madrid tivemos de correr como nunca para apanhar o avião de ligação. Mas aquilo que não esperávamos era que para chegar ao terminal fosse necessário andar tantos kms, subir e descer de elevador e, como se não bastasse, apanhar o metro. É verdade! Quando finalmente chegámos ao avião, estava meio mundo à espera. Contudo e infelizmente para nós, ainda tivemos que esperar por mais meio mundo. Com isto tudo saímos com mais uma hora de atraso.
Quando finalmente chegámos a Bogotá as surpresas não acabaram. Como era de esperar, nós conseguimos embarcar mas as nossas malas não foram tão rápidas e lá ficaram por Madrid (talvez problemas com o visto!)
Por isso ainda ficamos imenso tempo à espera delas, depois, à espera de pedir que as malas fossem ter a nossa casa, depois, passar de novo por mais um controlo da polícia, apanhar um táxi e ir para casa. Bem, eu até poderia descrever-vos o trânsito e o caos, mas vou tentar tirar uma foto! É, de facto, uma coisa inacreditável, uma confusão autêntica, e cada carro/autocarro mais velho que o outro.
Por volta das 19h00 já estávamos em casa, só deu tempo de ir até ao quarto e ir jantar às 19h30. Para nós já eram 24h30, o Copi já não sabia se tinha fome ou sono. Eu, decididamente, tinha sono! E por falar em sono, muitos devem estar a pensar o que fizemos nós durante 10 horas e tal no avião?! Entre troca de lugares e a comida que iam servindo, ficámos sentados nos lugares do meio, ao meu (Bibi) lado estava sentado um senhor italiano que não tinha muita vontade de dormir e, como se não bastasse, de 5 em 5 minutos perguntava-me como se dizia algo em português. Sabem quando temos muito sono mas não queremos ser antipáticos com a pessoa que não se cala? Incrível! Mas não pensem que não dormi.
No dia seguinte (3ªf) podíamos dormir até quando quiséssemos, só não nos disseram é que a partir das 6h00 começavam os voos. Vou explicar, como estamos relativamente perto do aeroporto (aqui tudo é perto para eles), ouvimos e SENTIMOS os aviões a partir. Terça-feira, às 6 e pouco pensámos que algum ia cair em cima de nós e, ainda por cima, os aviões passam de 10 em 10 minutos (mais ou menos), uns fazem mais barulho do que outros, claro. Entre as 6h00 e as 23h00 é assim.
E o dia passou assim, de manhã fomos tratar de alguns documentos com o P. Adalberto (o "Papá de nós todos" como lhe chama o Copi) e de tarde fomos tratar de mais burocracias (tirar uma amostra de sangue, fotos, ...) para o DAS (que é tipo o CEF) onde nos dão o cartão de cidadania.
Para o jantar, fomos com alguns missionários ao Seminário Teológico. Chegando, fomos directos para a Eucaristia, muito bonita e diferente. Como cântico de entrada pediram-nos para cantar uma música em português, eu e o Copi, e ainda por cima queriam que o Copi tocasse viola, imaginem! Lá nos safamos mais ou menos com “Nada nos separará”. Ainda tivemos oportunidade de partilhar o porquê da nossa presença e falar um pouco da Nossa Senhora de Fátima.
Quarta-feira passámos toda a manhã no DAS com o P. Efrém que já está aqui na Colômbia há 39 anos. Como podem imaginar já conhecia bem o lugar!
Na parte da tarde lá conseguimos falar com alguns amigos e familiares. Não deu muito tempo para contar novidades e como tinham corrido as coisas até ao momento, mas já deu para tranquilizar alguns coraçõezitos preocupados. E claro, da nossa parte, matar alguns saudades iniciais.
Ah! Muito importante! Chegaram as nossas malas. Contudo, já tinham avisado que faltava uma e que só chegaria no voo da manhã. Imaginem de quem era essa mala? Pois é claro, a minha! São 18:30h, mala? Nem sinal dela!
E assim terminamos esta nossa partilha. Não vos falamos muito do futuro porque também não sabemos. Aqui as coisas vão com muita calma. O P. Salvador diz sempre, “vocês vieram para realizar os projectos do povo, e não os vossos”, por isso vamos estando aqui “tranquilitos”, a conhecer, a conviver e a esperar com o coração aberto.
Um abraço enorme para todos!
Viviana Nunes, LMC
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