3º Domingo da Quaresma (A)
Tudo acontece à volta de um poço, aí se apresentam as duas personagens principais: Jesus e a samaritana. A mulher (da qual não é dito o nome) representa a Samaria, que procura uma água capaz de matar a sua sede de “vida plena”. Jesus vai ao encontro da “mulher”. O “poço” representa a Lei, o sistema religioso à volta do qual se “acontecia” a experiência religiosa dos samaritanos, era onde os samaritanos procuravam a água da “vida plena”. No entanto este poço parecia não “matar a sede” dos samaritanos. Alguns haviam buscado a “vida plena” noutras propostas religiosas (por isso, Jesus faz referência aos “cinco maridos” que a mulher já teve: há aqui, provavelmente, uma alusão aos cinco deuses dos samaritanos de que se fala em 2 Re 17,29-41). Estamos, assim, numa busca da “vida plena”. Onde encontrar essa vida? Na Lei? Noutros deuses? A samaritana dá conta da falência dessas “ofertas” de vida: elas podem “matar a sede” por curtos instantes; mas quem procura a resposta para a sua realização plena nessas propostas voltará a ter sede. Jesus, porém, tem outra proposta, uma novidade. Ele apresenta uma “água viva”, que matará definitivamente a sede de vida eterna (vs. 10-14). Jesus passa a ser o “novo poço”, onde todos os que têm sede de “vida plena” encontrarão resposta para a sua sede. Qual é a água que Jesus tem para oferecer? É a “água do Espírito” que, no Evangelho de João, é o grande dom de Jesus.
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