quinta-feira, 31 de março de 2011

“Viva o pensamento livre, fora com a hegemonia”

Do outro lado lado Atlântico surge uma controvérsia no mínimo estranha. Não pelos protagonistas (os suspeitos do costume) mas pelo caricato episódio (se bem que, infelizmente, já estamos algo habituados).

Na Argentina, a Universidade de La Plata aproveitou uma visita do chefe de estado venezuelano (Hugo Chavez) para lhe conceder o prémio de Liberdade de Imprensa. Apesar de Hugo Chavez ter sido aplaudido por uma assembleia de estudantes em êxtase, um pouco por todo o lado as reacções foram de desagrado e sobretudo de indignação.

Viva o pensamento livre, fora com a hegemonia” foi a frase proferida no momento em que Chavez recebeu o prémio Rodolfo Walsh.

Podem ler AQUI o artigo completo.

Agora fica a questão:
Qual a vossa opinião sobre tudo isto?


6 comentários:

  1. Manuel Garrancho31/03/2011, 10:04:00

    “Viva o pensamento livre, fora com a hegemonia”
    Não consigo pensar numa outra palavra a não ser sarcasmo para definir esta frase, pelo menos vinda da boca de quem veio.
    Que autoridade tem este senhor para dizer tal coisa?
    A Venezuela foi, durante anos, o meu país de acolhimento e nunca como hoje vi o seu povo tão maltratado e desprezado, até para regressar ao meu país natal tive de deixar tudo quanto tinha ao senhor Chavez e ao seu socialismo do século XXI. Como pode ele falar de pensamento livre se todos quantos se opõem a ele são calados pela sua devastadora máquina de esquerda? Como pode ele desprezar a hegemonia se é tudo pelo qual ele tem lutado durante a sua estadia na chefia de estado?
    A sorte é que ainda há quem o mande calar, pois sabe que tudo não passa de fanfarronice pegada.
    Desabafei.
    Manuel Garrancho

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  2. Acho irónico dar um prémio com o nome de uma pessoa que foi assassinada por um regime ditatorial a um ditador.

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  3. Um dia perguntei a uma rapariga venezuelana o que achava do Chávez. Ela respondeu-me: a não ser para os pobres, o que é que ele fez pela Venezuela?

    Foi um momento engraçado...

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  4. E perguntou-lhe o que foi que ele fez pelos pobres?
    nos 23 anos que lá vivi não vi nada... os que pouco tinham ficaram sem nada e os que conseguiram arranjar alguma coisa tudo nos tiraram, em nome da nacionalização.

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  5. Eso es un discurso de quén habla con la bolsa llena, senhor Tiago, pero los pobres, nosotros que tuvieramos que dejar a venezuela por no tenermos qué comer, nosotros hablamos de otra forma. Nunca hé visto nada que el presidente tienga hecho por los pobres pero si muchas cosas en nombre de ellos.

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  6. Acredito que não gostem muito de estatísticas e eu não gosto muito do senhor em causa. Mas também sei várias outras coisas, por exemplo, que a Venezuela é um dos países do mundo onde a pobreza mais desceu nos ultimos 10 anos. Sei também que vários países ocidentais se esforçaram por depor o presidente Chávez por métodos muito pouco democráticos.

    Sei também que nenhum experiência governativa passou por tantas eleições como esta na Venezuela. Sei ainda que é muito dificil, para não dizer impossível, combater o poder hegemónico dos EUA na America do Sul sem ser por métodos bastante repressivos.

    Obviamente que prefiro os métodos utilizados pelo ex-presidente Lula. Mas sei o suficiente para não olhar para o Hugo Chavez a preto e branco. É um fenómeno bem mais complexo que isso...

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