Mas a verdade é que a questão persiste e por mais apelativa que seja uma vida de aventura dedicada aos outros e à missão – seja lá fora ou aqui mesmo, poucos de nós escolhemos dizer SIM a 100%, mantemo-nos apenas por um simples e descomprometido NIM.
A questão é PORQUÊ? O que nos impede de abraçar definitivamente o grande SIM que Deus nos propõe?
Aproveitando a mais-valia dos comentários anónimos que o blogue nos permite, lançamos este “mini-inquérito” a todos os nossos leitores. Deixem aqui a vossa opinião sincera acerca do porquê de não optarem por uma vida religiosa; quais os motivos que vos prendem e o que não vos atrai.
CJovem
NOTA: Para manter uma certa organização (visto que pretendemos que os comentários sejam anónimos) utilizem um NIKC NAME ou ALIAS no final de cada comentário.
Para mim é uma opção 100% válida, quer dizer, até poderia ser.
ResponderEliminarO problema é que não acredito, é impossível ensinar algo em que não acreditamos, não é?
No entanto respeito quem acredita.
InCognito
Penso que alguém que acredita em Deus, apesar das dúvidas que vão surgindo no dia-a-dia, e que tem a sua fé como algo essencial na sua vida, que lhe dá uma direcção para a qual caminhar e sem a qual pensa que a sua vida não teria grande sentido, alguma vez na vida num momento de maior reflexão e de encontro com Deus, acaba por se questionar se o seu futuro não passa mesmo por se comprometer a 100%, a full-time com Deus.
ResponderEliminarEu própria já me questionei várias vezes ao longo da minha vida sobre qual seria realmente a minha vocação, em vários momentos pus mesmo isso como uma hipótese em aberto e apesar de prosseguir a minha vida como qualquer outro jovem, não está descartada. Não sabemos se Deus no futuro nos vais chamar de uma forma mais evidente, ou por outro lado nos mostra que o caminho que tem para nós passa por sermos Leigos empenhados e envolvidos com a Missão.
Porque não arrisquei até ao momento, porque não tentei?
São várias as desculpas para não se assumir uma decisão tão importante, entre elas está o medo de correr o risco de não ser esse o caminho certo, o preconceito da sociedade em geral que não vê uma vida religiosa e celibatária como um futuro a escolher (ter uma profissão, casar e ter filhos é o percurso que é tido como base), o facto de haver pouca partilha de jovens que se questionem e de conhecermos quais foram os seus percursos no discernimento da sua vocação. Penso que este último aspecto deve ser tido em conta porque actualmente em Portugal e pelo contacto que tenho há muito mais empenho e divulgação da vocação no masculino do que no feminino. Até mesmo na Consolata acabamos por ter mais acesso aos percursos vocacionais de jovens padres do que de jovens irmãs.
AnóniMa
O que nos impede???
ResponderEliminarA Coragem! Ou melhor, a falta de coragem!
É preciso ser radical, e aventureiro.
Hoje, com 26 anos, estou a viver uma "crise existencial" e, se por um lado, eu sei e sinto que Deus me está a chamar, por outro, tenho medo, falta-me coragem para dizer um sim absoluto...
Eu penso que é por nos traçarem o futuro desde pequenos. Quando fores grande vais ser médico ou engenheiro, vais casar e ter muitos filhos. Assim nem colocamos a hipótese de sermos padres ou freiras. Eu segui o mesmo caminho de todos os jovens e acho que é MESMO preciso ter coragem para deixar tudo e escolher Deus :S
ResponderEliminarT.
Muito resumidamente, penso que uma das razões (ainda que haja muitas outras) para os jovens nao aderirem a este caminho é o facto de não poderem constituir familia.
ResponderEliminarB.
Talvez uma das razões é a existência de um sem fim de informações que nos fazem colocar em questão tudo o que acreditamos.
ResponderEliminarHoje neste país não temos um tão grande número de cristãos praticantes como antigamente, provavelmente, no entanto, e no meu caso em concreto, apesar de não ser 100% praticante pela via do cristianismo, tenho a minha fé. Não deixo de ler a bíblia, muito pelo contrário é nela que confio plenamente. Todo aquele conjunto de livros é fascinante.
Tenho vários amigos de diversas religiões e para mim nenhuma delas é a “certa” no meu entender, mas isso tem uma explicação, cada uma delas foi feita por pessoas, e por isso mesmo não são perfeitas. No entanto não descuro de quem as siga, por um lado é bom que existam. São através das religiões que se passa a palavra de deus e que muitas pessoas vão buscar a força para seguir em frente. No fundo, deve-se começar pela aprendizagem da vida cristã. Só depois disto, conscientemente, é que somos livres para fazer as nossas escolhas.
Pondo isto de parte, os jovens cada vez mais se distanciam porque se tornam mais egoístas, menos compreensivos, mais sem regras e todo um conjunto de falta de valores que não foram instituídos pelos pais ou destruídos por outros. E neste ponto, como se sabe, o mundo está a tornar-se mais homogéneo.
INDAGAÇÃOanónima
Eu procurei durante mtos anos um lugar numa sociedade, agora com 52 anos encontrei, o que realmente me faz feliz, após um Curso de Cristandade,vi que o meu lugar é ao serviço da Igreja e de Jesus, como a idade já não me permite seguir o sacerdócio, optei por estar m vários movimentos da igreja da minha localidade, dando catequese, fazer parte do coro, participand nas procissões, ser leitor, resumindo estou disponivel para o Pai. O que realmente mais desejo é ser missionário e abraçar a vida religiosa a 100%, será que ainda posso realizar este meu desejo?
ResponderEliminar