terça-feira, 28 de junho de 2011

Gostava muito mas não posso…

É frequente encontrarmo-nos no meio de uma conversa acerca de sacerdócio ou vida religiosa; depararmo-nos com notícias acerca de seminários cinco estrelas praticamente vazios; ouvirmos falar de falta de vocações. Todos nós temos uma opinião, uma achega a dar ou mesmo uma solução para o 'problema'.

Mas a verdade é que a questão persiste e por mais apelativa que seja uma vida de aventura dedicada aos outros e à missão – seja lá fora ou aqui mesmo, poucos de nós escolhemos dizer SIM a 100%, mantemo-nos apenas por um simples e descomprometido  NIM.

A questão é PORQUÊ? O que nos impede de abraçar definitivamente o grande SIM que Deus nos propõe?

Aproveitando a mais-valia dos comentários anónimos que o blogue nos permite, lançamos este “mini-inquérito” a todos os nossos leitores. Deixem aqui a vossa opinião sincera acerca do porquê de não optarem por uma vida religiosa; quais os motivos que vos prendem e o que não vos atrai.

CJovem

NOTA: Para manter uma certa organização (visto que pretendemos que os comentários sejam anónimos) utilizem um NIKC NAME ou ALIAS no final de cada comentário.

7 comentários:

  1. Para mim é uma opção 100% válida, quer dizer, até poderia ser.
    O problema é que não acredito, é impossível ensinar algo em que não acreditamos, não é?
    No entanto respeito quem acredita.

    InCognito

    ResponderEliminar
  2. Penso que alguém que acredita em Deus, apesar das dúvidas que vão surgindo no dia-a-dia, e que tem a sua fé como algo essencial na sua vida, que lhe dá uma direcção para a qual caminhar e sem a qual pensa que a sua vida não teria grande sentido, alguma vez na vida num momento de maior reflexão e de encontro com Deus, acaba por se questionar se o seu futuro não passa mesmo por se comprometer a 100%, a full-time com Deus.

    Eu própria já me questionei várias vezes ao longo da minha vida sobre qual seria realmente a minha vocação, em vários momentos pus mesmo isso como uma hipótese em aberto e apesar de prosseguir a minha vida como qualquer outro jovem, não está descartada. Não sabemos se Deus no futuro nos vais chamar de uma forma mais evidente, ou por outro lado nos mostra que o caminho que tem para nós passa por sermos Leigos empenhados e envolvidos com a Missão.

    Porque não arrisquei até ao momento, porque não tentei?

    São várias as desculpas para não se assumir uma decisão tão importante, entre elas está o medo de correr o risco de não ser esse o caminho certo, o preconceito da sociedade em geral que não vê uma vida religiosa e celibatária como um futuro a escolher (ter uma profissão, casar e ter filhos é o percurso que é tido como base), o facto de haver pouca partilha de jovens que se questionem e de conhecermos quais foram os seus percursos no discernimento da sua vocação. Penso que este último aspecto deve ser tido em conta porque actualmente em Portugal e pelo contacto que tenho há muito mais empenho e divulgação da vocação no masculino do que no feminino. Até mesmo na Consolata acabamos por ter mais acesso aos percursos vocacionais de jovens padres do que de jovens irmãs.

    AnóniMa

    ResponderEliminar
  3. O que nos impede???

    A Coragem! Ou melhor, a falta de coragem!
    É preciso ser radical, e aventureiro.

    Hoje, com 26 anos, estou a viver uma "crise existencial" e, se por um lado, eu sei e sinto que Deus me está a chamar, por outro, tenho medo, falta-me coragem para dizer um sim absoluto...

    ResponderEliminar
  4. Eu penso que é por nos traçarem o futuro desde pequenos. Quando fores grande vais ser médico ou engenheiro, vais casar e ter muitos filhos. Assim nem colocamos a hipótese de sermos padres ou freiras. Eu segui o mesmo caminho de todos os jovens e acho que é MESMO preciso ter coragem para deixar tudo e escolher Deus :S

    T.

    ResponderEliminar
  5. Muito resumidamente, penso que uma das razões (ainda que haja muitas outras) para os jovens nao aderirem a este caminho é o facto de não poderem constituir familia.

    B.

    ResponderEliminar
  6. Talvez uma das razões é a existência de um sem fim de informações que nos fazem colocar em questão tudo o que acreditamos.
    Hoje neste país não temos um tão grande número de cristãos praticantes como antigamente, provavelmente, no entanto, e no meu caso em concreto, apesar de não ser 100% praticante pela via do cristianismo, tenho a minha fé. Não deixo de ler a bíblia, muito pelo contrário é nela que confio plenamente. Todo aquele conjunto de livros é fascinante.
    Tenho vários amigos de diversas religiões e para mim nenhuma delas é a “certa” no meu entender, mas isso tem uma explicação, cada uma delas foi feita por pessoas, e por isso mesmo não são perfeitas. No entanto não descuro de quem as siga, por um lado é bom que existam. São através das religiões que se passa a palavra de deus e que muitas pessoas vão buscar a força para seguir em frente. No fundo, deve-se começar pela aprendizagem da vida cristã. Só depois disto, conscientemente, é que somos livres para fazer as nossas escolhas.
    Pondo isto de parte, os jovens cada vez mais se distanciam porque se tornam mais egoístas, menos compreensivos, mais sem regras e todo um conjunto de falta de valores que não foram instituídos pelos pais ou destruídos por outros. E neste ponto, como se sabe, o mundo está a tornar-se mais homogéneo.

    INDAGAÇÃOanónima

    ResponderEliminar
  7. Eu procurei durante mtos anos um lugar numa sociedade, agora com 52 anos encontrei, o que realmente me faz feliz, após um Curso de Cristandade,vi que o meu lugar é ao serviço da Igreja e de Jesus, como a idade já não me permite seguir o sacerdócio, optei por estar m vários movimentos da igreja da minha localidade, dando catequese, fazer parte do coro, participand nas procissões, ser leitor, resumindo estou disponivel para o Pai. O que realmente mais desejo é ser missionário e abraçar a vida religiosa a 100%, será que ainda posso realizar este meu desejo?

    ResponderEliminar