Aproveitando o dia 23 de Outubro, Dia Mundial das Missões. O CJOVEM propõe não deixar passar esta data em claro.
Assim, ao longo destes dias publicaremos algumas das cartas para enviar por email a um(a) missionário(a) vosso conhecido. Aqui fica a segunda CARTA:
Querido Amigo missionário,
Faz tempo que deixei de te ver, deixei de te poder tocar, sentir e até mesmo ouvir o som dócil das tuas palavras. Lembro-me que falavas baixinho, não para esconderes os teus ensinamentos a ninguém mas porque é no silêncio, dizias tu, que as palavras ganham o maior eco. Acertavas sempre em cheio no meu coração, utilizavas as palavras corretas para me ajudar a ultrapassar os meus problemas, as minhas fraquezas, os meus obstáculos e os meus medos. Recordo como me ajudavas a adormecer após um enorme dia de labuta diária, cheio de fracassos e de algumas vitórias conseguidas pelo esforço fraterno.
Foste sempre um grande amigo. Não foste daqueles amigos que se encontram quando estamos num momento de euforia, mas foste tu que me encontraste quando eu precisava de alguém, quando precisava de um apoio, de uma ajuda para conseguir acordar da noite escura que me envolvia. “Pensa no céu…”, dizias-me com frequência para que eu nunca cometesse fracassos em vão, mas sempre para erguer a cabeça e acreditar que o amanhã era a solução, é no amanhã que se deve perspetivar todas as nossas conquistas e ajudar aqueles que ainda não as conseguiram.
Lembro-me do dia em que me disseste que ias partir, ias para um lugar onde precisavam mais de ti, onde a dor era maior e onde a tua força poderia ser uma grande ajuda.
Sei que chorei, sei que não fiquei nada contente com a tua partida. Tinha julgado que me pertencias e que não podias ser de mais ninguém. Hoje, reconheço como fui injusta e invejosa por te querer apenas para mim e por julgar que os teus conselhos apenas poderiam ser ouvidos pela minha pessoa. Sei que estás contente onde estás, rodeado de crianças que dão mais valor à amizade, à família do que a umas marcas baratas que enchem a sociedade e que aumentam o consumismo.
“Deixa-os, um dia vão arrepender-se. Não sigas o mesmo caminho, tu és mais forte do que isso”, dizias.
Acredita, o que me ensinaste ficou. Com a tua ajuda posso aparecer de mansinho e ter um grande impacto numa vida desacreditada e sem sentido.
Espera por mim, também eu quero ir ajudar os povos que tu ajudas, preciso de viver em comunhão.
Com carinho
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