quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ser padre para a missão

Em 151 anos de história, a paróquia do neo sacerdote Júlio Caldeira, em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro, nunca teve a alegria de ver um filho seu a subir os degraus do altar. Foi esta experiência singular que fez vibrar os participantes.
Uma ordenação sacerdotal é um acontecimento único e cada vez mais raro. A ordenação de Júlio Caldeira, missionário da Consolata brasileiro, a 18 de agosto último, como já referimos em noticia aqui publicada nestes últimos dias, teve um efeito de despertador da fé e da consciência missionária numa cidade – Paraíba do Sul (Rio de Janeiro) – onde a última ordenação tivera lugar há 15 anos. Esta foi celebrada numa paróquia que participa pela primeira vez na ordenação de um sacerdote em 151 anos de história. Cabe então ouvir testemunhos deste acontecimento raro, que marca o ritmo de uma igreja e de uma cidade.

Jeanice e Jaqueline conheceram o Júlio desde o momento em que iniciou um processo de seguimento e discernimento vocacional junto da comunidade dos missionários da Consolata, na paróquia que leva o mesmo nome no Rio de Janeiro. Elas fizeram questão de estar presentes neste momento tão importante da vida do Júlio e, de tudo o que viram e experimentaram, destacam a felicidade de poderem testemunhar este momento único, com celebrações tão intensas e belas, liturgias tão vivas e comunidades tão participativas.

Jaqueline aponta “o quanto é bom ver um amigo tão próximo ser ordenado missionário; alguém que aceitou o desafio de espalhar o evangelho pelo mundo”. Por seu lado, Jeanice, leiga Missionária da Consolata do Rio de Janeiro, destaca o realizar do sonho do Júlio. “Era o seu sonho e via-se no seu rosto a alegria de ter concluído esta etapa da sua caminhada, iniciando uma nova etapa da vida dele”.

O diácono Robério, jovem de Jaguarari, um município do interior do nordeste brasileiro, e missionário da Consolata a trabalhar atualmente no Centro Missionário Allamano, em São Paulo, fez parte da equipa de animação missionária que preparou a ordenação do Júlio. O jovem explica que esta experiência de missionariedade em equipa mostra que “a missão é possível”, mas “exige sempre mais do missionário: estar presente e disponível”.

Robério vai ser ordenado em novembro próximo e entusiasma-se, abrindo uma janela de esperança para a animação missionária, especialmente junto da juventude. “Não há que ter medo do jovens”, pois, acrescenta: “Os jovens querem, os jovens acreditam, os jovens apostam, os jovens confiam”, remata. Falando em nome da equipa, afirma que este foi um momento de ação de graças na vida do Júlio, da sua família e comunidade e também do Instituto da Consolata.

Texto: Albino Brás / Foto: Carlos Renato

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