quarta-feira, 9 de abril de 2014

Caminhada Quaresmal 2014 – 6ª Semana


1. Combustível – O que somos

CARIDADE - «O que é a caridade? É uma virtude, uma disposição do espírito que nos impele a agir de certo modo, que se torna um estilo de vida.» «A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só fazer boas ações mas também dar o melhor de si. Com todas as suas energias materiais e espirituais, a pessoa virtuosa tende para o bem: procura-o e escolhe-o em ações concretas». A caridade produz frutos: alegria, paz, e misericórdia; exige generosidade e correção fraterna; é benevolência; desperta a reciprocidade; revela-se sempre desinteressada; é amizade e comunhão».

2. Comburente – O que nos alimenta

Naquele tempo, Jesus foi levado à presença do governador Pilatos,
que lhe perguntou: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «É como dizes». Mas, ao ser acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
Disse-Lhe então Pilatos: «Não ouves quantas acusações levantam contra Ti?». Mas Jesus não respondeu coisa alguma, a ponto de o governador ficar muito admirado. Ora, pela festa da Páscoa, o governador costumava soltar um preso, à escolha do povo. Nessa altura, havia um preso famoso, chamado Barrabás.
E, quando eles se reuniram, disse-lhes Pilatos: «Qual quereis que vos solte?
Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?». Ele bem sabia que O tinham entregado por inveja. Enquanto estava sentado no tribunal, a mulher mandou-lhe dizer: «Não te prendas com a causa desse justo, pois hoje sofri muito em sonhos por causa d’Ele». Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus.
O governador tomou a palavra e perguntou-lhes: «Qual dos dois quereis que vos solte?». Eles responderam: «Barrabás». Disse-lhes Pilatos: «E que hei-de fazer de Jesus, chamado Cristo?». Responderam todos: «Seja crucificado». Pilatos insistiu: «Que mal fez Ele?». Mas eles gritavam cada vez mais: «Seja crucificado». Pilatos, vendo que não conseguia nada e aumentava o tumulto, mandou vir água e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo: «Estou inocente do sangue deste homem. Isso é lá convosco». E todo o povo respondeu: «O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos». Soltou-lhes então Barrabás.
E, depois de ter mandado açoitar Jesus, entregou-lh’O para ser crucificado.
Então os soldados do governador levaram Jesus para o pretório e reuniram à volta d’Ele toda a coorte. Tiraram-Lhe a roupa e envolveram-n’O num manto vermelho. Teceram uma coroa de espinhos e puseram-Lha na cabeçae colocaram uma cana na sua mão direita. Ajoelhando diante d’Ele, escarneciam-n’O, dizendo: «Salve, Rei dos judeus!». Depois, cuspiam-Lhe no rosto e, pegando na cana, batiam-Lhe com ela na cabeça. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas e levaram-n’O para ser crucificado. Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no para levar a cruz de Jesus. Chegados a um lugar chamado Gólgota,  que quer dizer lugar do Calvário, deram-Lhe a beber vinho misturado com fel. Mas Jesus, depois de o provar, não quis beber. Depois de O terem crucificado, repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, e ficaram ali sentados a guardá-l’O.
Por cima da sua cabeça puseram um letreiro, indicando a causa da sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos judeus». Foram crucificados com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam insultavam-n’O  e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz». Os príncipes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e os anciãos, também troçavam d’Ele, dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo! Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n’Ele. Confiou em Deus: Ele que O livre agora, se O ama, porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’». Até os salteadores crucificados com Ele O insultavam. Desde o meio-dia até às três horas da tarde,
as trevas envolveram toda a terra. E, pelas três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: «Eli, Eli, lemá sabactáni?», que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?». Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Um deles correu a tomar uma esponja, embebeu-a em vinagre, pô-la na ponta duma cana e deu-Lhe a beber. Mas os outros disseram: «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O». E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou. Então, o véu do templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas fenderam-se.
Abriram-se os túmulos e muitos dos corpos de santos que tinham morrido  ressuscitaram; e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. Entretanto, o centurião e os que com ele guardavam Jesus, ao verem o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram aterrados e disseram: «Este era verdadeiramente Filho de Deus». (Mt 27, 11-54)

3. Energia de ativação – O que nos anima

CARIDADE - Recomendações de um Pai…
«Amar o próximo mais que nós mesmos – tal é o programa de vida do missionário. Se não se chegar ao ponto de amar o bem dos outros mais que a nossa própria vida, poder-se-á ter o nome, mas não a essência do homem apostólico. Em que consiste esta flor da caridade? Não apenas em dizer sim, mas em dizê-lo com delicadeza; não só em fazer um favor, mas em fazê-lo de boamente… Ao tratar as pessoas, precisamos da flor da caridade. Gostaria mesmo que cada qual se alegrasse e sofresse com o colega, e o ajudasse em tudo o que puder. Gostaria que vos habituásseis às pequenas delicadezas, às pequenas ajudas, aos pequenos atos de caridade que revelam claramente que vos amais uns aos outros como irmãos. Não basta ter uma caridade apenas espiritual; é preciso haver caridade material também, quero dizer, ajudar-vos uns aos outros no trabalho, dividir os esforços, pegar no trabalho»
(Da pietre vive – Como Pedras Vivas)

4. Pistas para reflexão

1- Jesus deu o melhor de si. Entregou a Sua vida por nós. Também eu estou disposto a dar a minha vida pelos outros, nas pequenas coisas do dia-a-dia?

2- «Amar o próximo mais que nós mesmos – tal é o programa de vida do missionário». Quero este programa de vida para mim?

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