O desafio estava lançado, escrever uma carta a um missionário, real ou imaginário, o resto ficava a cargo da vossa imaginação... do vosso coração missionário.
O prémio, uma assinatura anual da revista Fátima Missionária e um exemplar do livro "Pontos de Luz", colectânea de pensamentos do Beato José Allamano.
A participação e a qualidade das cartas estiveram à altura do acontecimento, tanto que as escolhas se tornaram difíceis. Nada que assustasse o júri :D
Das cartas a concurso (numeradas, por questão de isenção) sobressaíram 2. Duas cartas que, pelo seu conteúdo, mereciam ambas o primeiro prémio.
"Dei 18 valores (à carta 1), porque para mim é esta a melhor. Não dei mais, porque há uma ou outra imprecisão literária. Mas é interessante:
- Pelo conteúdo que exprime suficientemente a missão.
- Pelo estilo, muito cativante.
Gostei."
"Penso que a carta 3 reflecte muito intensamente o que um missionário pode significar para os jovens de hoje em dia, que têm muita dificuldade em se interessar e entregar-se de corpo e alma a algo que realmente os cative. Esta carta, para além de referir o valor que um missionário tem por terras de missão, também relaciona este chamamento com a Palavra de Deus e com o exemplo que é para este jovem e a força que lhe transmite para que um dia possa tomar a mesma opção de vida."
Das palavras do júri podemos depreender a difícil tarefa que tinham pela frente. Tanto a votação (empatada até às décimas: 17,60 valores), como o conteúdo, até mesmo o próprio nome dos autores apontavam para o empate técnico.
Acabando com o suspense...
Como o objectivo era premiar a participação e o empenho, optou-se por recompensar ambas as cartas com o primeiro prémio.
A carta número 1, da autoria de Maria Fernanda Pinheiro da Costa
e a carta número 3, de Maria Rosa
As vencedoras vão ser contactadas, brevemente, por mail, para podermos enviar os prémios mais que merecidos.
Para todos os outros que participaram, o nosso muito obrigado pelo empenho, pela qualidade das vossas cartas e, contamos com a vossa participação para os próximos desafios.
Como não poderia deixar de ser, como prometido, aqui ficam as cartas vencedoras.
CJovem
__________________________________________________
Carta a um missionário 1:
Carta a um missionário 2:
O prémio, uma assinatura anual da revista Fátima Missionária e um exemplar do livro "Pontos de Luz", colectânea de pensamentos do Beato José Allamano.
A participação e a qualidade das cartas estiveram à altura do acontecimento, tanto que as escolhas se tornaram difíceis. Nada que assustasse o júri :D
Das cartas a concurso (numeradas, por questão de isenção) sobressaíram 2. Duas cartas que, pelo seu conteúdo, mereciam ambas o primeiro prémio.
"Dei 18 valores (à carta 1), porque para mim é esta a melhor. Não dei mais, porque há uma ou outra imprecisão literária. Mas é interessante:
- Pelo conteúdo que exprime suficientemente a missão.
- Pelo estilo, muito cativante.
Gostei."
"Penso que a carta 3 reflecte muito intensamente o que um missionário pode significar para os jovens de hoje em dia, que têm muita dificuldade em se interessar e entregar-se de corpo e alma a algo que realmente os cative. Esta carta, para além de referir o valor que um missionário tem por terras de missão, também relaciona este chamamento com a Palavra de Deus e com o exemplo que é para este jovem e a força que lhe transmite para que um dia possa tomar a mesma opção de vida."
Das palavras do júri podemos depreender a difícil tarefa que tinham pela frente. Tanto a votação (empatada até às décimas: 17,60 valores), como o conteúdo, até mesmo o próprio nome dos autores apontavam para o empate técnico.
Acabando com o suspense...
Como o objectivo era premiar a participação e o empenho, optou-se por recompensar ambas as cartas com o primeiro prémio.
A carta número 1, da autoria de Maria Fernanda Pinheiro da Costa
e a carta número 3, de Maria Rosa
As vencedoras vão ser contactadas, brevemente, por mail, para podermos enviar os prémios mais que merecidos.
Para todos os outros que participaram, o nosso muito obrigado pelo empenho, pela qualidade das vossas cartas e, contamos com a vossa participação para os próximos desafios.
Como não poderia deixar de ser, como prometido, aqui ficam as cartas vencedoras.
CJovem
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Carta a um missionário 1:
Querido irmão,
Já vai longe o dia em que te vimos partir.
Uma partida com destino certo, mas em que a única certeza, era a felicidade de sabermos que ias ao encontro daqueles que tão carinhosamente te esperavam, e que tão ansiosamente aguardavam a partilha do teu saber. Não era só a tua sabedoria, mas também o teu amor, a tua alegria, a tua fé e a tua coragem, que estavas disposto a dar, sobretudo para falar d’Aquele que te chamou e te enviou para junto deles.
Todos esses corações, todos esses sorrisos, todas essas famílias, todo esse movimento fraterno te tinha preparado uma excelente recepção de boas-vindas, bem como um “Lar” doce e acolhedor, que certamente pudeste desfrutar até hoje, apesar de rudimentar, pequeno e sem prazo.
Durante todo este tempo, tiveste a oportunidade de lhes dar a conhecer a Palavra e o Amor do Senhor nosso Deus, com os teus gestos, as tuas atitudes, a tua audácia e a tua devoção, enriquecendo e alargando os horizontes dos mais pobres e dos mais humildes, fortalecendo os mais fracos e abandonados, aproximando-os mais uns dos outros e de Jesus Cristo.
Tudo isso se deve à tua disponibilidade! Tu que deixaste a tua família, os teus amigos, a tua terra e que te despojaste de todos os teus bens, trocando tudo isso por dias e noites sem horas, alimentos e refeições sem sabor, água imprópria ou escassa, climas destemperados ou imprevisíveis, tempestades de areia ou de escuridão, estradas desertas ou caminhos sem trilho, horizontes desnivelados ou sem cor...vida sem tempo mas com perdão!
No entanto toda a gratidão que recebeste, todo o brilho dos olhos que encontraste, todo o calor dos abraços que sentiste, toda a solidariedade que presenciaste, toda a amizade que fizeste, todos os ritmos que dançaste, todas as línguas que aprendeste, toda a humanidade que viste crescer, toda a natureza que observaste, todas as árvores que plantaste, todas as sementes que viste nascer - tudo isso te faz ficar, tudo isso te faz renovar... apesar da saudade que te aperta e do choro que te sufoca...
E vais ficando, viajando, ensinando, partilhando, amando e evangelizando.
E, nós por cá, vamos rezando, crescendo e multiplicando, vivendo e envelhecendo.
Pedimos-Lhe protecção para a tua missão, porque no fundo da nossa alma, o nosso sonho é igual ao teu, sermos missionários um dia, em homenagem ao Pai e a ti, irmão!
Maria Fernanda Pinheiro da Costa
Já vai longe o dia em que te vimos partir.
Uma partida com destino certo, mas em que a única certeza, era a felicidade de sabermos que ias ao encontro daqueles que tão carinhosamente te esperavam, e que tão ansiosamente aguardavam a partilha do teu saber. Não era só a tua sabedoria, mas também o teu amor, a tua alegria, a tua fé e a tua coragem, que estavas disposto a dar, sobretudo para falar d’Aquele que te chamou e te enviou para junto deles.
Todos esses corações, todos esses sorrisos, todas essas famílias, todo esse movimento fraterno te tinha preparado uma excelente recepção de boas-vindas, bem como um “Lar” doce e acolhedor, que certamente pudeste desfrutar até hoje, apesar de rudimentar, pequeno e sem prazo.
Durante todo este tempo, tiveste a oportunidade de lhes dar a conhecer a Palavra e o Amor do Senhor nosso Deus, com os teus gestos, as tuas atitudes, a tua audácia e a tua devoção, enriquecendo e alargando os horizontes dos mais pobres e dos mais humildes, fortalecendo os mais fracos e abandonados, aproximando-os mais uns dos outros e de Jesus Cristo.
Tudo isso se deve à tua disponibilidade! Tu que deixaste a tua família, os teus amigos, a tua terra e que te despojaste de todos os teus bens, trocando tudo isso por dias e noites sem horas, alimentos e refeições sem sabor, água imprópria ou escassa, climas destemperados ou imprevisíveis, tempestades de areia ou de escuridão, estradas desertas ou caminhos sem trilho, horizontes desnivelados ou sem cor...vida sem tempo mas com perdão!
No entanto toda a gratidão que recebeste, todo o brilho dos olhos que encontraste, todo o calor dos abraços que sentiste, toda a solidariedade que presenciaste, toda a amizade que fizeste, todos os ritmos que dançaste, todas as línguas que aprendeste, toda a humanidade que viste crescer, toda a natureza que observaste, todas as árvores que plantaste, todas as sementes que viste nascer - tudo isso te faz ficar, tudo isso te faz renovar... apesar da saudade que te aperta e do choro que te sufoca...
E vais ficando, viajando, ensinando, partilhando, amando e evangelizando.
E, nós por cá, vamos rezando, crescendo e multiplicando, vivendo e envelhecendo.
Pedimos-Lhe protecção para a tua missão, porque no fundo da nossa alma, o nosso sonho é igual ao teu, sermos missionários um dia, em homenagem ao Pai e a ti, irmão!
Maria Fernanda Pinheiro da Costa
Carta a um missionário 2:
Poderia escrever-te uma carta de incentivo, uma carta que te encorajasse e te desse forças para cumprir a tua missão; que te contasse aquilo que já sabes, que o teu trabalho é maravilhoso, que não deves desistir e que os momentos menos bons são os que te darão força para continuar.
Poderia contar-te como, por cá, todos admiramos a dedicação e força de vontade com que optaste por esse caminho; como o teu pequeno grande esforço, por mais inútil que te possa parecer, é a gota que enche o copo de alguém de esperança e de como esperamos ansiosamente por notícias tuas. Histórias que nos alimentam a alma e fazem sonhar ardentemente com cenários pintados de cor-de-rosa pela nossa imaginação de quem nunca sentiu a dificuldade de pisar terreno onde a necessidade é, como diria o poeta, ‘uma constante da vida’.
Poderia escrever-te felicitando-te por mais uma escola, dormitório ou reservatório de água construído, por um centro de acolhimento ou maternidade que ajudaste a construir; ou reconfortando-te até por algum passo atrás que possas ter dado no teu projecto, pelos estragos provocados pelas cheias ou pela incompreensão e intolerância alheia.
Poderia.
Poderia tanta coisa mas…
A missão corre-te nas veias, faz parte de ti e, por mais que tentasse, as minhas palavras não teriam o mesmo efeito que apenas um momento de oração, de conversa com Ele tem, não teriam o mesmo efeito que o olhar baço e inundado de lágrimas de uma mãe que nada tem para dar ao seu filho, não teriam o mesmo efeito que o simples sorriso de uma criança agradecida por um pedaço de chocolate.
Não tenho esse poder em mim.
Assim, apenas te escrevo para te fazer um pedido… mais um eu sei.
Nesse teu momento a sós com Ele, pede por mim, para que me dê apenas um pouquinho que seja dessa vontade que te faz caminhar para longe dos teus e te faz ser exemplo de entrega a quem mais precisa de ti; que me dê a força necessária para, como tu, sair do meu ninho quente e reconfortante e partir para onde cada gesto meu seja sinal de alento e esperança para alguém.
Sei que não peço pouco, mas faço-o porque quero ser como tu, o barro que se fez vaso nas mãos de Deus; vaso que dá de beber a quem me pede água e, um dia, quebrado e sem utilidade, jogado fora como caco velho, voltará a ser barro; barro que fará um vaso novo…
Missionária de coração (apenas)
Maria
Poderia contar-te como, por cá, todos admiramos a dedicação e força de vontade com que optaste por esse caminho; como o teu pequeno grande esforço, por mais inútil que te possa parecer, é a gota que enche o copo de alguém de esperança e de como esperamos ansiosamente por notícias tuas. Histórias que nos alimentam a alma e fazem sonhar ardentemente com cenários pintados de cor-de-rosa pela nossa imaginação de quem nunca sentiu a dificuldade de pisar terreno onde a necessidade é, como diria o poeta, ‘uma constante da vida’.
Poderia escrever-te felicitando-te por mais uma escola, dormitório ou reservatório de água construído, por um centro de acolhimento ou maternidade que ajudaste a construir; ou reconfortando-te até por algum passo atrás que possas ter dado no teu projecto, pelos estragos provocados pelas cheias ou pela incompreensão e intolerância alheia.
Poderia.
Poderia tanta coisa mas…
A missão corre-te nas veias, faz parte de ti e, por mais que tentasse, as minhas palavras não teriam o mesmo efeito que apenas um momento de oração, de conversa com Ele tem, não teriam o mesmo efeito que o olhar baço e inundado de lágrimas de uma mãe que nada tem para dar ao seu filho, não teriam o mesmo efeito que o simples sorriso de uma criança agradecida por um pedaço de chocolate.
Não tenho esse poder em mim.
Assim, apenas te escrevo para te fazer um pedido… mais um eu sei.
Nesse teu momento a sós com Ele, pede por mim, para que me dê apenas um pouquinho que seja dessa vontade que te faz caminhar para longe dos teus e te faz ser exemplo de entrega a quem mais precisa de ti; que me dê a força necessária para, como tu, sair do meu ninho quente e reconfortante e partir para onde cada gesto meu seja sinal de alento e esperança para alguém.
Sei que não peço pouco, mas faço-o porque quero ser como tu, o barro que se fez vaso nas mãos de Deus; vaso que dá de beber a quem me pede água e, um dia, quebrado e sem utilidade, jogado fora como caco velho, voltará a ser barro; barro que fará um vaso novo…
Missionária de coração (apenas)
Maria
Gostei muito de ambas as cartas!
ResponderEliminarParabéns às duas :D
É verdade Cathe, parabéns às autoras pelas cartas magníficas que escreveram. São, por si só, uma ode ao missionário. Dá para sentir que têm a missão a correr pelas veias.
ResponderEliminarObrigado por tamanho 'testemunho'.
Já enviamos este link para os/as Missionários/as da Consolata (sobretudo os portugueses) em Portugal e no mundo.
ResponderEliminarAfinal a "Carta a Um Missionário" é(não só mas sobretudo) para eles!
É bom saber que que não estamos sós e que há muita gente que valoriza o trabalho do Missionário e, consequentemente, a acção missionária da Igreja no mundo.
Bem hajam, uma vez mas, a todos os que participaram neste concurso escrevendo "Uma Carta um Missionário"
Por mim agradeço a prosa-poética das cartas aqui publicadas da Fernanda e da Maria. As outras, posso dizer, também estavam muito bonitas.
essas cartas me ajudaram a criar uma nova orbigada
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