quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Crucifixos por abóboras?

"O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, lamentou que a Europa do terceiro milénio troque os seus “símbolos mais queridos” pelas “abóboras” do Halloween."

Começa assim o artigo publicado na Agência Ecclesia que dá conta das reacções do Vaticano à decisão do Tribunal Europeu de Direitos do Homem em afirmar que os crucifixos não têm lugar nas escolas.

Num momento em que vemos o governo italiano a defender com unhas e dentes a identidade cristã de um país, em que vemos um país inteiro a manifestar-se contra a decisão de retirar os crucifixos das escolas (aqui ao lado em Espanha).

Qual a tua opinião acerca de tudo isto?
Dos crucifixos, da identidade e legado cristão na Europa, em que aspecto a liberdade religiosa (ou falta dela) é posta em causa.

CJovem

7 comentários:

  1. Sinto-me um pouco dividido nesta matéria:
    Se por um lado não acho que os crucifixos devam "impor-se" nas escolas públicas, por forma a garantir a tal liberdade religiosa e até a laicidade do próprio estado;
    Por outro sinto uma revolta enorme ver tradições como o Dia-de-todos-os-santos e a habitual frase "Ó tia dá o bolinho?" ser substituida por festas que nada têm a ver com Portugal, até mesmo com a Europa, como é o caso do halloween (apesar de ter as suas origens nos povos celtas).
    Já nem falo do Pai Natal, "invenção" da Coca-Cola e que colocou de lado os presentes de natal do menino jesus.

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  2. A história do halloween:

    http://ilove.terra.com.br/lili/palavrasesentimentos/halloween_historia.asp

    Interessante :)

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  3. Acho que hoje em dia não ha liberdade de escolha neste tema!
    Se te afirmas religioso és gozado pela sociedade e ate podes perder amizades por isso!*
    As pessoas quando são levadas a escolher, escolhem algo que não "doa" tanto ou que seja mais "facil".
    É mais facil dizer que não são religiosos do que levar com o meio envolvente em cima!

    Não acho que os crucifixos numa sala, imponham algo a alguém!
    Até que para muitos a cruz é um adorno e não sinal de religiosidade.

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  4. *Se se perde uma amizade por alguem ser religioso é porque isso poderia ser muita coisa, menos amizade!
    (mas isto ja é outro assunto...lol)

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  5. Quase que nem me lembrava dos presentes do menino Jesus. A minha avó contava-me sempre essa estória de como o Menino vinha deixar os nossos presentes na noite de Consoada.

    Concordo que a Igreja faça valer os seus valores, mas também partilho a ideia de que não é um crucifixo numa escola que vai incutir a vontade de ser cristão (se bem que pode suscitar sempre alguma curiosidade) numa criança. Não cabe ao estado (que por sinal é laico) estar a fazer o trabalho dos pais e da própria Igreja ao divulgar o cristianismo.

    Como se sentirá um muçulmano ou um indu (ou qualquer outro credo?) ao não ver o símbolo da sua fé representada numa escola?

    Voltando ao menino Jesus e às abóboras, a TV encarrega-se de substituir os costumes antigos pela publicidade consumista que os Estados Unidos exportam não me admira, portanto, ouvir os "meus" miúdos gritar "HALLOWEEN!" quando pergunto, na catequese, sabem que se "comemora" nos dias 31 e 1?

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  6. Nem uma coisa nem outra!
    Numa altura em que as nossas tradições se extinguem e outras estão a definhar, estou totalmente contra tudo o que seja Halloween e companhia, que não tem nada a ver connosco, com as nossas tradições.

    Nando

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  7. Esquecia-me da questão dos crucifixos

    Não me chateia que estes não estejam nas salas das escolas. A escola deve ser um espaço neutral (cultural e religiosamente falando), neste sentido. Um espaço ecuménico.
    Um sala de aula não é uma sala de catequese.
    O que me espantaria, isso sim, é que o crucifixo deixa-se se estar nas Igrejas e nas salas de catequese das paróquias. Esse é o seu espaço natural.

    Nando

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