quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Todo suspense é desvendado

Identikit de uma vocação (parte 8)

Olá meus caros, vi que quase ninguém se atreveu a responder à pergunta anterior.
Eis a resposta: O bule é de por café e o padre é de muita fé. Entenderam?

Agora vou contar o que ficou para trás dos capítulos anteriores.

O fim do namoro

Acontece que quando estava no Rio, distante de minha namorada mais de dois mil kms, fui pouco a pouco dedicando-me mais ao trabalho e às coisas da paróquia  onde participava. Foi nesta época, também, que vinha-me muito claro em  meu coração a idéia de ser padre. Parece-me que toda aquela luz que eu dizia que sentia, quando adolescente, retornava com mais vigor e força.
Porém, estava a namorar e não sabia o que fazer. Entrei em crise porque queria ser padre e ao mesmo tempo não sabia e não queria dizer não, acabar tudo com ela. Resolvi então, perguntar às pessoas mais próximas a mim o que elas achavam disso tudo.


Meus irmãos diziam que era eu quem devia decidir a minha vida. Meus amigos uns eram a favor que eu deixasse tudo e entrasse do seminário, outros diziam para eu casar-me e ser feliz com minha família. Confuso, fui à procura de um padre para que me ajudasse a discernir com mais clareza. O adotei como meu diretor espiritual, o qual ajudou-me muito a decidir. Dizia ele, que eu devia discernir sabendo o que era melhor para mim e que eu tentasse descobrir através da realidade o que Deus queria realmente de mim e procurasse sentir  mais o meu coração. Depois de certo tempo de acompanhamento, decidi acabar o namoro para ficar mais livre para pensar minha vocação sacerdotal. Uma coisa era certa, não podia escolher as duas coisas, tinha que decidir-me por uma.

Como tudo aconteceu 

Eu já tinha decidido que deveria falar com minha namorada e pedir um tempo, dizer que estava confuso e que outras idéias estavam surgindo em minha cabeça mas eu nunca lhe neguei, desde quando começamos o namoro, que sentia-me atraído  pelo sacerdócio, disso ela já sabia.

Eu não sabia como falar, como dizer, sabe essas coisas delicadas que não queria passar por um hipócrita ou um mentiroso, afinal, já eram quase quatro anos que namorávamos, já tínhamos até mesmo a aliança. Tinha medo que ela sofresse muito com o rompimento. Mas devia ter a coragem de dar o primeiro passo. Decidi, então, a não responder com freqüência as suas cartas, de duas semanas, passou a um mês, de um mês a três  meses e assim sucessivamente.

O inesperado acontece 

Acho que da minha parte era mais esperado que inesperado. Um belo dia, depois de alguns meses, recebi uma carta sua, pesada, cheia de coisas dentro. Ao abrir-la encontrei dentro a aliança, algumas fotos nossas e um pequeno bilhete, onde se lia:
Todo esse tempo foi só ilusão para mim, deixo-te em paz para que sejas feliz como quiseres e, portanto, deixa-me também em paz, cada um de agora em diante, viva a sua vida como pretender. Um adeus, que sejas feliz e nada mais.


João Batista

3 comentários:

  1. Ela não chegou a saber que estava a discernir a sua vocação?
    Desculpe a pergunta indiscreta

    ResponderEliminar
  2. olà Antonia a pergunta nao è indiscreta, è sò uma pergunta. A saber que estava a descernir, nao, creio que ela nao sabia. Mas sabia que eu sempre tinha pensado em ser padre. quando começamos nossa relaçao, foi atravès dos movimentos da igreja que nos encontramos e nos conhecemos. eu ja tinda lhe dito, que sonhava com o sacerdocio uma vez, mas ela dizia-me que isso era sò uma ideia, e que depois passava.
    obrigado pela pergunta.

    ResponderEliminar
  3. Meu grande amigo e irmão joão Batista,tive o grande prazer de conhecer esta historia,onde fáziamos um curso de preparação a catequese,dair surgiu este grande encontro,mais confesso que eu sempre via vc como um grande seminarista a serviço do Evangelho,de uma vocação ñ de família mas do serviço da palavra de DEUS.siga em frente pq o mundo estar precisando do seu apoio de sua vocção sacerdotal para o grande anuncio do Evangelho de Nosso Senhor Jesus CRISTO.

    ResponderEliminar