domingo, 30 de maio de 2010

Jovens portugueses interessam-se pouco por política

Numa sondagem feita a 1.949 pessoas, dos 15 aos 65 anos, realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens da Universidade Católica Portuguesa em 2008, concluiu-se que na faixa etária entre os 18 e os 29 anos:

» 48,2% dos inquiridos afirma interessar-se ‘pouco’ pela política e 22,3 % não se interessa ‘nada’;

» 55,7% dos inquiridos lê a secção de política num jornal ‘menos do que uma vez por semana’ embora 44,1% veja notícias sobre o tema ‘todos os dias’ na TV;

» 26,1% dos inquiridos ‘não acerta’ quando responde à pergunta ‘Quem foi o primeiro presidente eleito depois do 25 de Abril?’;

» 52,1% dos inquiridos ‘não acerta’ quando responde ao ‘Número de Estados da União Europeia’;

» 49,7% dos inquiridos ‘vota sempre’ contra 17,5% que ‘nunca votam’.

inMUNDO UNIVERSITÁRIO

40 comentários:

  1. "São politiquices" "aqueles são todos iguais" "falam falam e não fazem nada" e nós que fazemos?

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  2. Não ligam à política porque a política está cheia de corruptos...nada mais simples...

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  3. @Su e @Tiago. Essa é a maneira mais fácil de reagir à questão. Uma análise baseada numa frase chavão do tipo: "eu não gosto da política porque os políticos são corruptos".
    Alguns pontos:
    1º - Generalizar é sempre um mau caminho como ponto de partida (e, se calhar, também como ponto de chegada!)
    2º - Confunde-se a arte da política (que é necessária na vida dos cidadãos e de um país, e não uma opção) com (alguns dos) políticos que a exercem e que dela vivem.
    3º - Por esta ordem de ideias vamos anatemizar todas as instituições (de todo o género) pois todas têm bons e maus elementos. Pessoas que servem a causa e pessoas que se servem da causa para proveito próprio.
    4º - Esta maneira de ver as coisas é uma forma de dizer que, no fundo, não estamos interessado em mudar as coisas, pois SE A REALIDADE É ASSIM, PIOR PARA A REALIDADE.

    Para concluir, pergunto: Como é que se redime a política, então? É possível esperar uma futuro mais 'limpo', também na política? Pois... com os resultados desta sondagem não auguro nada de bom. Afinal os jovens são o futuro de si mesmos e também do país em que se espera que exerçam, ou não, a sua cidadania, no dinamismo dos direitos e deveres. Da geração que dá estas respostas terão que surgir, necessariamente, os políticos de um futuro bem próximo. E que políticos?!

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  4. Isto foi um teste caro P. Albino...

    Nada é assim tão simples.

    A verdade é que tudo isto tem que ver com ideologia: quando ouvimos falar na televisão de partidos que querem menos Estado e mais Mercado, que efeito acham que essa ideologia tem na percepção política das pessoas? É a ideologia do Estado gastador, predador, corrupto e ao serviço de interesses. Interessar-se pelo Estado é interessar-se pelo improdutivo, inútil para a sociedade.

    Por isso é que não assinei e até sou contra a petição da redução do número de deputados. É uma pedra lançada ao lado e com efeitos secundários altamente ideológicos e que contribuem para este desprendimento da política por parte dos jovens.

    Se é verdade que a política é uma arte, vivemos numa sociedade que ensina que a arte é ser empreendedor, criar uma empresa, ser competitivo, inovador e todo o resto do palavreado fácil que escorre a rodos na nossa praça pública.

    É mais um dos exemplos do individualismo que percorre a sociedade - e se é verdade que esta constatação não é dificil, mais dificil será com certeza descobrir os meandros e os tentáculos que esse individualismo estende e multiplica nas relações sociais.

    Os jovens só se vão interessar por política (no geral, obviamente) se todo o tecido social, as práticas e as dinâmicas forem mudadas.

    Por último volto à parte da corrupção. Corruptos ou não, os políticos têm uma parte de legitimidade que todos nós damos. Retirar a política do palco da decisão pública e colectiva é sempre um aprofundar do individualismo e uma derrota para a liberdade.

    PS: lembro que a ascensão de partidos de carácter fascista teve sempre origem em períodos de problemas orçamentais, dívida externa, necessidade de contenção da despesa pública e consequentemente, crise de legitimidade do próprio Estado. Vale a pena olhar à volta neste momento...

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  5. Voltamos ao cerne da questão, que se centra na relação, ou falta dela, do jovem com a politica.
    Ainda quanto à questão da corrupção - o chavão mais usado para se referir à politica e aos políticos - e a verdade é que eles se põem a jeito!, faz-me pensar que afirmar que não se gosta de política porque os que a exercem são corruptos seria o mesmo que dizer (mal comparando) que não se gosta de música porque na música há muita gente que desafina.

    Dizes no teu comentário:
    "Os jovens só se vão interessar por política (no geral, obviamente) se todo o tecido social, as práticas e as dinâmicas forem mudadas."
    Se bem entendi, nesta perspectiva, o jovem está, num principio, fora dessa mudança! Ou melhor, não se conta com o jovem para que essa mudança aconteça. Entendi bem?

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  6. A redenção política parece algo utópico, no entanto não é de todo impossível, ninguém precisa de mudar o mundo em primeiro lugar antes de tudo mais. Será necessário em primeiro lugar pegar nesses chavoes e perceber exactamente qual a sua origem, porque se existem não é mero acaso, depois tentar perceber ideias de cada um, projectos, objectivos (isto pode ser feito num grupo de amigos), depois dai poderão surgir medidas algumas empreendedoras no sentido de aguçar a curiosidade política de cada um de nós, e assim partindo de uma base pequenina podemos construir alguma coisa grandiosa, não é fácil nem rápido, no entanto mais que nunca tudo está a nosso favor, nunca na era moderna as politicas económicas e todo o enredo social destas foi tão colocado em causa, revelou tantas brechas. Diria que é um momento fulcral para actuar e sei de certo que muitos o fazem agora, neste momento.
    Limpeza moral, nunca existiu, em todos os lados existem bons e maus, continuará assim, mas que os pouco bons que existirem, que sejam óptimos não por competitividade, mas por gostarem do que fazem, de certo que a esses o futuro lhes pertence, tendencialmente olharemos para o que consideramos medidas eficazes ou não. Uma pulga e pequenina e poucos a vêm, no entanto pode incomodar muita gente (mesmo não estando no dito cujo "puder")
    Temos de contar com todos nos para que a mudança aconteça, hoje fazemos historia pertencemos a uma geração que está a passar por uma alteração paradigmática digna de ser chamada colossal, não espanta que muitos se retraiam e poucos se façam ouvir, porque quem se faz ouvir tem uma vontade imensa de ir contra a corrente, tudo o resto acaba por ser impecavelmente embebido num sistema que silencia, um sistema ele próprio silencioso. Uma vez mais digo, não vivi nunca em ditadura, mas hoje a liberdade esta seriamente ameaçada, se não vejamos estamos todos, todinhos, a mercê do capital ele governa acima de tudo, acima de todos os interesses, quando o inicialmente pensado por muitos que criaram a tal coisa de um sistema de "livre iniciativa" onde se pode escolher, ganhar, substituir ou fracassar lol

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  7. esqueci de explicar uma coisita os tais chavões que utilizei não são, como devem reparar, a minha opinião foi uma forma de apelar a criatividade de outros e outras opiniões

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  8. Nos anos 60 os jovens uniram-se em várias partes do mundo, incluindo Portugal, para reivindicarem um mundo mais à sua imagem, mais livre, com mais direitos, etc...

    Porque é que hoje nos parece impossível que tal coisa aconteça? Esta análise dá a resposta à sua pergunta.

    Hoje, num artigo no jornal de negócios, o jornalista Camilo Lourenço diz que os trabalhadores portugueses são mais inteligentes do que os sindicatos pensam porque quando são confrontados com a opção ideológica e o emprego, preferem manter o emprego do que ir para a luta.

    Ora, é isto...ideologia? Isso é para os não inteligentes. Os jovens estão assim divididos: se forem irresponsáveis, tem um milhão de espectáculos de circo com que se entreter, se forem responsáveis, centrar-se-ão apenas no pão. O espaço dos jovens está reduzido a isto.

    Pode-se contar com os jovens para essa mudança se os próprios jovens forem capazes de fazer a mudança no tecido social jovem e nas práticas sociais jovens (lembram-se da discussão sobre a praxe?)

    Isto faz-se por dinâmicas e contra-dinâmicas que surgem deles próprios e da sociedade à volta e que numa espécie de batalha fria e escondida, vai definir o futuro destes e se calhar da própria sociedade.

    Conclusão: quando falo em mudança das dinâmicas sociais, falo também nas que afectam directamente os jovens: sistema de ensino mais direccionado para a formação cívica e intervenção crítica, ensino universitário mais inclusivo (fim aos mestrados com 5000 euros de propinas, por exemplo) e fim das práticas aberrantes que, na minha humilde opinião continuam a transformar a generalidade dos jovens em seres acéfalos: praxes, morangos com açúcar, etc...Por fim, mudança nas próprias relações sociais entre estes: fim dos grupos de topo que ditam os comportamentos de massa dos jovens. Isto é o que diz respeito directamente aos jovens...Depois imprime-se e exprime-se no fim da sociedade individualista, interesse pelo outro e interesse pela ideologia. Substituição dos chavões do empreendedorismo, inovação e competitividade por colectivismo, evolução e criatividade.

    Penso que é este o caminho e espero ter provado que os jovens têm um papel importante nesta mudança...

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  9. Sem dúvida, muitas vezes acabamos por esquecer que a maior força que podemos tomar é essa mesma, o colectivismo. Enquanto neste país e em tantos outros existir ponta de democracia viva podemos sempre recorrer ao voto, podemos sempre manifestar ideias. Obviamente nem todos entendem esta perspectiva, já que uma vez reprimidos acabam por entrar num ciclo que como disse anteriormente os engole para o silêncio. Aí cabe-me a mim e a tantos outros que entendem o que digo, tentar fazer com que entendam a emergência de uma voz em uníssono em prol de uma mudança no nosso próprio futuro, apenas nós não bastamos, idealmente todos deveriam participar nesta nova ideia de evolução, todos deveriam perceber que não existe nada maior que a voz do povo.

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  10. lol este debate esta monótono, ainda n ouvi vozes discordantes , será bom presságio?

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  11. @Su:
    Ou isso ou o pessoal está mesmo desinteressado da política (e afins).

    No meu ponto de vista (e experiência pessoal), independentemente de haver más rezes no mundo da política (porque ela há-as em todo o lado), este distanciamento deve-se um pouco pela forma como os partidos se portaram até aqui.
    Lembro-me de quando andava no secundário, a angariação de militantes para os jotas (de qualquer partido) vinham embrulhadas em promessas de ofertas de "emprego" e "conhecimentos" que o simples acto de possuir um cartão de militante garantia.
    Muitas foram as vezes que fui convidado para me tornar militante de um ou outro partido com promessas de festas e eventuais ofertas de emprego.
    Fosse ou não verdade, essa forma de angariar simpatizantes induzia em erro e ajudava a criar um estigma. Acredito que hoje o método não passe por aí, mas a ideia de "tacho" (perdoem-me a expressão) ainda vigora e desvincular a política desta ideia vai levar o seu tempo...

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  12. Sim de facto não se altera esse vinculo de um dia para o outro, embora pense que muitos dos que pertencem a minha geração não tenham sido alvo desse tipo de recolha militante, podem sim ter sido produto disso, e por conseguinte terem tomado uma posição assim apática perante tudo isto que tem sido falado.Muitos ainda têm a ideia que um sistema politico deverá ser feito com base o vir puder a enriquecer, que de facto alguns conseguem (apenas alguns sublinho) enquanto outros afundam.Aqui entra a militância do tacho, do emprego por ter um cartão, não seria essa captura de jovens uma forma de estímulo a competitividade estúpida que hoje vivo? Em que se todos trabalhassem duro poderiam vir a ser qualquer coisa do tipo Cristiano Ronaldo. Penso que se todos, hoje, optassem por politica transparente onde todos ascenderíamos de igual forma a tal militância do tacho cheio de comida para dois ou 3 , passaria a um sistema corporativo em que 20 ou 30 teriam meio tacho cheio com o qual poderiam viver muito bem.

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  13. Aparte:
    Com respeito a essa competitividade desenfreada que referes. Durante o meu tempo de estudante, a mentalidade vigente (e passei por vários estabelecimentos de ensino) era do "cada um por si" porque, diziam os professores, de nada adianta ajudarmo-nos uns aos outros se, depois, no mundo do trabalho, vamos ser preteridos em detrimento do colega que ajudámos (triste).

    Mais recentemente realizei um curso de formação com uma turma que, segundo os formadores (e para espanto de todos) nunca tinham visto grupo tão unido e tão ávido de entreajuda.
    Resultado: Foi, em toda a história do estabelecimento, a turma com os melhores resultados (média de 17 valores) e conseguimos colocar um aluno no 2º lugar de uma competição nacional. Ainda hoje (passados quase 7 anos) mantemos contacto e tiramos dúvidas entre nós.

    Resumindo: Não será a entreajuda uma forma muito melhor de consolidar conhecimentos e de desenvolver as capacidades de trabalho colectivo?
    (provavelmente somos nós, os geeks do curso de informática de Coimbra, que estamos a ver as coisas mal e é muito melhor andarmos à disputa entre nós para decidir quem fica com qual emprego)

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  14. Deste diálogo estão a sair muitas e boas propostas para a acção e, portanto, para contrariar os resultados da pesquisa referida neste post.
    @Susana Acho interessante quando usas a expressão: “aguçar a curiosidade política de cada um de nós”. Ora, parece-me que essa suposta curiosidade se encontra 'bloqueada' ao desejado ‘aguçamento’, pelo preconceito que a alimenta, que é aquele de que já falávamos antes: o de um fechamento irracional do jovem (e também do adulto) contra tudo o que cheire a politico e a politica, e com a justificativa (muito cómoda, certamente) de que os políticos são corruptos.
    O sistema que todos criticamos é, ao mesmo tempo, o sistema que todos alimentamos. Principalmente pelo nosso desinteresse. Isto é terrível, mas é assim. Ir contra a corrente é necessário, mas creio que tem que ter uma base de sustentação, um fundamento, uma ideologia que sustente esse movimento juvenil e social. Não me parece que o jovem que percorre a rua de cabo a rabo a incendiar caixotes do lixo e a riscar carros tenha o direito – digamos assim – de concluir que se insere no movimento de contra-corrente, e por um mundo melhor. Isso é puro vandalismo e não mais que isso. Mas compreendo que o desespero da exclusão, da rebeldia, do ‘não-compreender’ leve a esse tipo de acções.
    Não basta ir contra a corrente, é preciso saber para onde se quer ir. Quem não sabe para onde quer ir, não chega a lugar nenhum!

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  15. @Tiago, referiste um aspecto interessante que eu já suspeitava que está por detrás da de muitas das decisões dos trabalhadores. E a verdade é que o sistema está de tal modo enredado, que o trabalhador tem que ponderar muito bem entre a segurança de um emprego, que pode sustentar toda uma família, e o caminho da luta por direitos, muitas das vezes, básicos.
    O medo! Sempre a estratégia do medo, aliada ao poder, a funcionar. Entre a tentação ‘do circo’ e a certeza ‘do pão’, compreendo que os jovens preferirão a segurança do pão na mesa.

    Gostei das muitas e boas propostas que fazes (o teu comentário das 00:24). E deste um bom exemplo, que aqui no blogue fez, a seu tempo, bater muitos dedos em teclas: a questão das praxes. Muitos terão mudado de ideia depois desse debate de prós e contras.

    Há muito pano para mangas quanto à “mudança das dinâmicas sociais” a que te referes, sobretudo daquelas que “afectam directamente os jovens”. As tuas propostas são muito interessantes. Mãos à obra!

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  16. Já agora, caro Tiago, era para te ter perguntado antes mas esqueci-me: No teu primeiro comentário escreveste isto: "Por isso é que não assinei e até sou contra a petição da redução do número de deputados. É uma pedra lançada ao lado e com efeitos secundários altamente ideológicos e que contribuem para este desprendimento da política por parte dos jovens."
    Já agora, porque é que não apoias a petição. Se há que 'emagrecer' o Estado não deveriamos começar pelo parlamento. A quantidade de deputados é assim tão importante para este país? Será que reduzir de 220 a 180 deputados põe em perigo a democracia???

    O sistema politico anacrónico (em alguns aspectos) que temos está acima do bem e do mal e, portanto, imune à crise actual.

    Já foram fechadas milhares de escolas nos últimos anos (o que acarretou sacrifícios para muitas famílias) e, segundo noticias divulgadas hoje mesmo, o Governo prepara-se para fechar cerca de 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos. E o critério principal é a redução de custos, digam o que disserem.
    No Entanto, o sr. Estado continua a esbanjar noutros âmbitos e sectores, em instituições que são pouco mais que 'cabides de emprego'. Mas, claro está, tens todo o direito de discordar. Basta que digas porquê!

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  17. Caro P. Albino,

    Se voltar a ler percebe que a resposta está lá:

    Não é pela redução ou não do número de deputados. Apenas acho que é, para além de um tiro ao lado (a redução em causa não tinha necessariamente efeitos práticos, para além de os valores serem irrisórios), tem imensos efeitos secundários.

    Primeiro, se for feito de uma forma cega apenas diminui a representatividade (prejudicando os partidos mais pequenos).

    Mas o principal argumento é mesmo termos a noção do que está por trás. Eu não concordo com ideia única da contenção dos gastos públicos em qualquer circunstância e mais uma vez esta proposta apenas serve um propósito demagógico que pretende continuar a reduzir o peso do Estado e tirar credibilidade à política e aos governos.

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  18. Concordo com o que o P. Albino diz que belas ideias aqui estão a ser expressas, para onde podemos caminhar? Sinceramente é algo sobre o qual penso que temos todos de pensar em concreto, e uma boa forma de o discutir e debatendo ideias, não é nada complicado, é algo que se faz sem grandes problemas de maior entre jovens (nós) quando não nos prendem mãos e pés porque parecemos demasiado "radicais", quando dizem "os jovens hoje pensam assim : ....." (não sendo jovem de hoje quem o diz), de tantas vezes nos cortarem pequenas iniciativas é natural que qualquer um se remeta ao seu cantinho e fique sossegado, assim não é nem criticado nem, muitas vezes, espezinhado. Também nós temos defeitos, mas não se limitem a fazer artigos jovens não ligam a politica, escutem o que temos para dizer, ajudem-nos sem impingir um caminho já feito, delineado por outro alguém que ousou e venceu, hoje esse caminho está gasto ...

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  19. @Tiago
    Antes de mais nada tenho que dizer que errei o número de deputados. A Petição Pública pede que se diminua dos actuais 130 (e não 120 como eu tinha escrito num comentário anterior) para 180. A Constituição da República situa o número de deputados entre os 180 (mínimo) e os 230 (máximo). Se fossem 131 já era inconstitucional!

    Não sei exactamente se isso tiraria representatividade aos partidos pequenos ou não. Mas, sejamos sinceros, eu ainda não percebi porque é que há tantos partidos em Portugal e, muitos deles, no mesmo espectro político.

    E, depois, caro Tiago, 50 deputados a mais ou a menos, nos gastos o Estado não me parece uma coisa "irrisória.", como dizes.

    A impressão que me dá é que quando se trata de pedir sacrifícios ao "aparelho", ao "sistema", somos logo tachados de demagogos. Mas quando se trata de pedir sacrifícios à arraia miúda, ao povão, isso já é "necessidade imperiosa" para diminuir o défice, para enfrentar a crise, bla bla bla. Haja paciência e cabeça fria!

    Sinais, sinais é o que pedimos. Há gestos que podem ter um impacto menor nos resultados, mas não deixam de ser sinais. E 20, ou 30, ou mesmo 50 deputados a menos ( o máximo que se pode reduzir, segundo o número existente) com salários, gastos do aparelho do Estado, ajudas de custo, pensões, e tudo o que os políticos inventam para ir comendo o dinheiro público... pois, caro Tiago, seria um grande SINAL para todos os portugueses e até daria mais credibilidade a quem, diante do povo português, não anda sobrado dela.

    Mais Estado ou menos Estado não está na quantidade, mas mais na presença deste no regular funcionamento das Instituições e sociedade, garantindo a soberania, protegendo os que o livre mercado tende a excluir, etc... Mais Estado não é quantidade mas qualidade. E, neste momento, vejo mais quantidade que qualidade na nossa Assembleia da República.

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  20. Já agora, Tiago, informo (consultei agora mesmo) que 57186 pessoas já subscreveram a "Petição A Favor da Redução do Número de Deputados na Assembleia da República de 230 para 180".

    Ver aqui: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=230180

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  21. Deixo aqui os links de dois textos do politólogo André Freire sobre o assunto:

    http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2010/06/democracia-debaixo-de-fogo-i.html

    http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2010/06/democracia-debaixo-de-fogo-ii.html

    E deixo um dado interessante, custou mais ao Estado os dias de tolerância de ponto dados a propósito da vinda do Papa do que todos os custos com os 50 deputados ao longo de 4 anos...

    O resto está nos textos dos links: o nosso número está em consonância com o resto da Europa.

    E por último, está a ver essa ideia d' "os políticos inventam para ir comendo o dinheiro público". Isso é o que? Sei eu bem de onde se ouve isso e que impacto tem isso na política e na percepção da política que as pessoas têm.

    É claramente um tiro ao lado.

    "A impressão que me dá é que quando se trata de pedir sacrifícios ao "aparelho", ao "sistema", somos logo tachados de demagogos. Mas quando se trata de pedir sacrifícios à arraia miúda, ao povão, isso já é "necessidade imperiosa" para diminuir o défice, para enfrentar a crise, bla bla bla."

    Já pensou porque é que cada uma dessas coisas é defendida por quadrantes diferentes da política?

    Não acha que é porque existe uma relação de cumplicidade entre pedir sacrificios ao povão e exigir a diminuição da representatividade da AR e a descredibilização do Estado? E o inverso, que quem critica os sacrificios feitos ao povão seja contra a diminuição do número de deputados? Acha que são todos apenas incoerentes, ou existe algo que está por detrás de cada decisão que nós não vemos à primeira?

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  22. "O homem nasceu livre mas em toda a parte está a ferros."

    É com esta frase que Rousseau começa o seu Contrato Social. Os jovens nascem todos iguais, entre si e iguais aos outros jovens de outros tempos e outras eras.

    Há fenómenos sociais que fazem da actualidade uma era diferente, os jovens actuais, jovens diferentes e assim molda as diferenças que observamos para o geral da sociedade.

    Os jovens de hoje não tem qualquer predisposição genética para o desinteresse ou para a ignorância. Nascem como seres em potência, capazes daquilo que a sociedade deixar que façam, porque a sociedade, por definição, dá umas oportunidades e condiciona outras.

    Um jovem tem apenas uma pequena parte de decisões possíveis dadas as oportunidades que a sociedade lhe permitiu e tem apenas uma pequena parte de culpa nas decisões que tomou.

    Desde os anos 80 que se convencionou a nível internacional que os Estados tinham de emagrecer e deixar de se imiscuir nos assuntos que eram do foro económico e da decisão privada - chama-se a isso neoliberalismo. O neoliberalismo contempla a ideia de que cada ser humano deve ser livre (principalmente para comprar ou vender o que bem lhe aprouver) e que os Estados não devem condicionar as acções dos indivíduos. O mercado (a economia privada) funciona de forma equilibrada sem que o Estado seja necessário, sendo a sua intervenção até nociva. Os subsídios de desemprego alimentam a preguiça, os rendimentos minimos garantidos incentivam os comportamentos desviantes, os serviços públicos são, por definição ineficientes.

    O que passou a ser importante foi um Estado que não chateasse, "que não nos mexesse no bolso", nada de impostos, nada de prestações sociais inúteis. Vamos dar liberdade às pessoas.

    Cada um procurando o seu interesse próprio acabam por atingir o interesse comum, já dizia Adam Smith, o "pai" da economia política clássica.

    Todo um discurso voltado para isto tem efeitos: já pensaram porque é que as pessoas só pensam em si próprias? É por opções político-ideológicas. Todos detestam impostos sem perceber que os impostos são o que nos permite aceder a serviços públicos gratuitos onde não se faz acepção de pessoas (por exemplo, o SNS).

    De seguida, o desequilibrio do neoliberalismo provoca poderes desequilibrados nos seus agentes. Deixamos de ser governados por Governos (que se retiraram em grande medida do seu papel de organizar e regular as sociedades) e passamos a ser governados por uma cúpula constituída por grupos de pressão onde, quem tem mais poder dentro do mercado, tem mais voz e mais capacidade de influenciar o caminho da sociedade.

    Continua...

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  23. Continuação...

    A política tornou-se um jogo chato onde os políticos são apenas marionetas de um contexto muito superior: em vez de os agentes típicos do mercado (empresas, empresários ou até trabalhadores) concorrerem numa luta pelo acesso ao combate ideológico e entrada na política com programa de governo, passou a ser o Governo a estar no jogo do mercado, a ter de negociar com uns grupos e com outros, com pressões advindas de todos os lados e às quais cede, muitas vezes ilegalmente, daí surge a corrupção.

    A parte nobre que a política ou a governação podia ainda conservar foi deixada para segundo plano. O que interessa é um Estado capaz de competir no mercado, eficiente e pouco consumidor de recursos. A decisões que realmente fazem andar os países são INDIVIDUAIS e são tomadas pelos empreendedores.

    Agora penso que temos terreno para debater o afastamento dos jovens: a política é chata porque é um jogo complexo sem piada; a política é imoral, porque se viu desprovida de qualquer sentido de bem comum e o interesse próprio propiciou as relações corruptivas entre agentes económicos e políticos; a política é distante, porque na medida em que os Estados deixaram de ter que ver com os cidadãos e deixando cada vez mais tarefas para os mercados, fugiram do que era a vida real das pessoas; a política é desnecessária porque ninguém percebe os seus efeitos; a política tornou-se um meio de entretenimento que não consegue competir com o "Achas que sabes dançar?"; e por último, a política fechou as portas para quem tiver o sonho de a mudar.

    Se dá para mudar isto, dá, mas não sem ajustes muito fortes na sociedade em que vivemos e dos quais devemos estar cientes.

    Peço desculpa a todos pelo tamanho do comentário...

    Abraço

    Tiago Santos

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  24. Ai Tiago, Tiago, então continuas a fazer uma correlação directa entre 'quantidade' dos deputados e 'credibilização' (ou falta dela) do Estado. Parece que a lógica é: quanto mais deputados mais o Estado ganha credibilidade perante a sociedade e as Instituições. Sinto muito, mas discordo dessa ideia, que considero peregrina.

    Se a coisa funcionasse assim, o Brasil, por exemplo, que cresce este ano quase aos 5%, precisaria de dezenas de muitos milhares de deputados em Brasília (são mais de 190 milhões de habitantes).
    Um país geograficamente 99 vezes maior que Portugal é governável, está entre os que mais cresce no mundo e é actualmente respeitado politica e economicamente na cena internacional. Não sei o que seria se Sócrates estivesse lá, no lugar do Lula (que naquele sistema acaba por fazer de presidente e primeiro ministro). Bom, mas não quero entrar por aí, que há quem faça melhor essas análises.
    Porém, voltando à linha da frente: que fique claro que não defendo a ausência do Estado, mas também não defendo um Estado obeso.

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  25. Nao P. Albino,

    Ideia peregrina e fazer correlaçao directa entre quantidade de deputados e descredibilizaçao. Nao e' quanto mais deputados mais credibilidade: e' contrariar que quanto menos deputados mais credibilidade que e' o que me apresenta na sua argumentaçao. Como deve ter lido nos artigos do Andre Freire, o numero de deputados em Portugal e' consistente com a sua populaçao e a representaçao desta, comparado com os outros paises do mundo.

    Segundo, mostra que se deixou contagiar pelo discurso dominante: tem de rever quem lhe disse que temos um Estado obeso - nao temos. E' esta a ideologia que lhe falo nos meus comentarios: trata-se unica e exclusivamente de ideologia. Segundo a ideologia que defende o afastamento da politica, temos um Estado obeso, mas segundo a outra, nao temos.

    Esta-se a esquecer da quantidade de deputados que o Brasil tem em varias camaras em todos os estados federativos que compoe a federaçao que e' o Brasil.

    Mas repito: a sua analise e' que faz correlaçao directa (negativa) entre numero de deputados e credibilizaçao: a minha faz correlaçao directa entre esse tipo de discurso e descredibilizaçao. E' completamente diferente...

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  26. REPITO: o Estado portugues nao e' obeso...

    Os nosso impostos nao sao maiores que a generalidade dos paises europeus: ate estao abaixo da media;
    O investimento publico nao e' maior que na generalidade dos paises europeus;
    Os nossos deputados nao sao mais que na generalidade dos paises europeus;

    Onde o Estado e' grande nao e' em nada disto mas sim numa herança que guardamos do fascismo que sao as redes que manipulam e controlam o poder, desde os pontos mais baixos das heirarquias ate ao poder politico central. Nao tem que ver em nada com numero de deputados nem com impostos nem com nada disso: tem que ver com relaçoes sociais que se estabeleceram ha muito tempo e que controlam o pais - por exemplo, a forma como o sector economico e financeiro controla grande parte das decisoes politicas nacionais e a forma como os politicos dançam entre cargos em empresas privadas e instituiçoes publicas.

    Nao e' o Estado formal que e' obeso mas sim o informal para o qual todos contribuimos com as nossas atitudes sociais (cunhas, amiguismo, cabulas, ou ate praxes)...

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  27. Só para relembrar que a questão (pertinente) da Su ficou sem resposta:

    "para onde podemos caminhar?
    ...não se limitem a fazer artigos 'jovens não ligam a politica', escutem o que temos para dizer, ajudem-nos sem impingir um caminho já feito, delineado por outro alguém que ousou e venceu, hoje esse caminho está gasto..."

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  28. Caro Tiago Santos, afirma que:
    Os nossos impostos não são maiores que a generalidade dos países europeus: até estão abaixo da media;

    Mas não pode fazer a comparação dessa forma,
    não se esqueça que os salários mínimos estão bem abaixo da maioria dos países europeus. Inclusivé Espanha e Grécia. Senão confirme:

    http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/table.do?tab=table&init=1&language=en&pcode=tps00155&plugin=0

    Fonte Eurostat:
    http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/product_details/dataset?p_product_code=TPS00155

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  29. http://en.wikipedia.org/wiki/European_Union_Value_Added_Tax

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  30. Caro anónimo,

    Está errada a sua análise: os impostos em portugal são mais baixos que a media europeia, em percentagem do PIB.

    E em percentagem do PIB, a carga fiscal em Portugal é de 37,5%, enquanto na área do euro é de 40,5%.

    Fonte: http://www.bportugal.pt/pt-PT/EstudosEconomicos/Publicacoes/outras/Biblioteca%20de%20Tumbnails/Publicação%20completa.pdf - pag 350

    Se me disser que a carga fiscal é muito pouco progressiva (ou seja, quem tem mais paga relativamente menos) em relação aos outros países, concordo consigo. No entanto, não tem que ver com tamanho do Estado ou da carga fiscal mas sim com o sistema fiscal que temos.

    Por exemplo, em relação à area do euro, temos uma muito menor carga fiscal sobre rendimentos e património, e maior em relação à produção e importação.

    De notar também, da mesma fonte, que as contribuições sociais (reformas, rendimento social de inserção, etc...) são muito maiores na area do euro: 15,3% do PIB; do que em Portugal: 13% do PIB.

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  31. Compreendo o seu ponto de vista e até concordo mas está a esquecer-se de um pormenor deveras interessante.
    É que apenas 4 ou 5% da população nacional consegue entender, na totalidade, os argumentos que exprime - e bem. Os outros 95% apenas conseguem ver que em Espanha se paga apenas 18% de IVA, que o ordenado mínimo anda acima dos 700€ e que um automóvel de gama baixa custa cerca de 4000€ menos que cá ou até que um litro de gasolina custa 1,10€ em Espanha enquanto que cá ronda os 1,40€.
    Apenas conseguem ver que uma família com um rendimento de 1000 a 2000€/mês vai sofrer um agravamento de impostos que ronda os 5% enquanto que outra que ganhe acima disso apenas vê os seus impostos agravados em 1,1% aproximadamente (como referiu e bem!)

    Apesar de toda a razão que possa ter, o cidadão comum quer exemplos práticos e os que vê apontam para um rombo enorme na sua carteira. Se, ainda por cima, vier alguém dizer que as empresas de capitais públicos que nos prestam os serviços considerados indispensáveis como a Galp, PT e etc. tiveram lucros exorbitantes à custa do aumento de preços de bens essenciais, então o caso fica ainda mais bicudo.

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  32. Concordo com tudo o que disse e acho ridiculos, como o(a) sr(a)os exemplos que também acha ridículos.

    Os impostos são um roubo para a carteira do cidadão comum, e até para as empresas dos cidadãos comuns (as PME's), porque estão mal direccionados: por exemplo, os bancos pagam muito menos de IRS que as restantes empresas...

    A comparação com Espanha também é verdadeira porque até agora, Espanha era dos países onde se pagavam menos impostos.

    O agravamento de impostos actual também atinge mais uns que outros: o IVA, por exemplo, é um imposto que atinge a todos por igual, ou seja, em termos relativos atinge muito mais quem menos tem.

    Mas isto não é demasiado Estado em números: tem que ver antes com uma atitude nacional (cultural) das instituições. Por exemplo, o sector financeiro em Portugal sempre foi muito apoiado pelo Estado, desde o Salazarismo. E ate na última década recebeu enormes apoios com isenções, baixos impostos, etc...Isto não é tamanho do Estado nos moldes que nos apresentam normalmente...

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  33. @Tiago, concordo contigo em alguns pontos, mas no computo geral não.
    Sei perfeitamente que dar força ao Estado é uma bandeira da esquerda. Considero até que, neste aspecto, o que sobra à esquerda falta à direita. Considero também que o Estado tem um papel essencial na sociedade que é o de garantir, de proteger, de regular... Mas o Estado tende a tornar-se numa estrutura pesada, sobretudo, quando os cidadãos lavam as mãos da intervenção cívica e deixam os partidos tomarem o controlo de tudo. Sabemos que o Estado, sobretudo nos regimes ditatoriais, é um autêntico antro de corrupção ao mais alto nível.
    Ou seja, tudo isto é muito mais complexo do que possa parecer num primeiro momento. Também aqui o jogo de equilíbrios se torna difícil.
    Mas que o papel do cidadão e, no caso, dos jovens, é essencial, lá isso é.

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  34. @Olly, a “questão pertinente da Su” está respondida, em parte, nas várias abordagem que têm sido feitas nos comentários.
    Antes de mais nada devo dizer à Su que este post foi aqui colocado ela Juliana, uma jovem universitária como ela. Não foi ninguém de fora do “mundo jovem”, na tentativa de querer mandar algum recado de tipo moralista, dirigista, ou mesmo, paternalista.
    O debate que aqui se gerou é muito livre e muitos outros jovens como a Su têm (também aqui) a oportunidade de dar visibilidade aos seus pontos de vista. E o que acontece muitas das vezes é exactamente isso: ninguém sabe o que vai na cabeça dos jovens. E, como já referi lá atrás, quando não se sabe para onde se quer ir, não se chega a lugar nenhum.
    Mas, de resto, estou completamente de acordo com ela. Que há que dar-lhes voz, que há que os escutar, que há que saber decifrar os ses códigos, sem tantas coisas prefabricadas.
    “Ajudem-nos se impingir um caminho já feito”, diz a SU, e muito bem, talvez inspirada no “Caminhante, não há caminho. O caminho faz-se caminhando” de António Machado

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  35. É a tendência em tempos de crise pôr o Estado em xeque e, quando se vai a ver, acabou-se a pouca democracia que ainda havia...

    "Mas que o papel do cidadão e, no caso, dos jovens, é essencial, lá isso é." Assino 200 vezes por baixo se for preciso...=)

    Agora, o sistema social e o sistema que rege os jovens tem de mudar mundo. Quanto a mim, caminho é o que a Susana aponta...e é o que o P. Albino resume: “Caminhante, não há caminho. O caminho faz-se caminhando”. E eu acrescento que só a união faz a força...=)

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  36. Estes post's deveriam ser emoldurados lol acho todos eles fantásticos, nota-se que todos nos esforçamos por exprimir da melhor forma ideias e ideais. Peço desculpa mas o cansaço de hoje venceu-me e não tenho nada bonito para acrescentar. Apenas dizer que oxalá o que aqui tem sido dito se propague :)

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  37. já agora, um reparo, não critico a colega que postou, mas critico de uma forma genérica muitos do assuntos inerentes ao tema tantas vezes publicados na imprensa que apontam apenas alguns dados factuais e simplesmente não consideram os factores paralelos que condicionam o comportamento politico (entre outros) de todos nós, jovens.

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  38. @Tiago, tens que concordar que aqui estiveste como peixe na água. És jovem (tema do post: juventude vs política), estudas economia (falou-se da questão da crise, dos sistemas económicos, das ideologias políticas esquerda-direita, da Petição pedindo a redução do nº de deputados na AR), tens muito interesse no debate das ideias políticas (era também o tema dos post).
    Estiveste no teu campo e mandaste bem! E quando se fala daquilo que se estuda é legitimo esperar fundamentação e profundidade no debate. Parabéns!

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  39. @Susana, não sei se os comentários aqui deixados deviam “ser emoldurados” ou não, o que é verdade é que cada vez me convenço mais que o debate, a reflexão, são caminhos absolutamente necessários: divulgam-se e ponderam-se ideias; confrontam-se argumentos; vislumbram-se novas opções e decisões a tomar; inauguram-se novos caminhos a percorrer; abrem-se horizontes de sentido. É claro que seria desejável que houvesse mais gente a participar. Trariam mais pontos de vista, mais contraditório. Creio e espero que, com o tempo, vamos lá!

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  40. Políticos custam-nos 3.450 Milhões

    "Os órgãos de Soberania levam a cada português 579 euros anuais. O Presidente é o mais poupado: gasta dez por cento do que é atribuído ao gabinete de Sócrates. Na Assembleia, o Estado entrega 191 milhões para 230 pessoas: 888 mil euros por deputado, a cada ano que passa - mais do que o Parlamento espanhol. Manter Portugal um País soberano custa a cada português 579 euros anuais. É a divisão, pelos cinco milhões e meio de contribuintes, daquilo que custam os órgãos de soberania e as autonomias. Tudo somado, são três mil e 450 milhões de euros entregues à gestão dos políticos. Só para pagar os órgãos de soberania a que a Constituição obriga, o Estado suga em impostos 437 milhões ao erário público. Destes euros, 191 milhões vão direitos para alimentar a Assembleia".
    Fonte: SMMP.PT 11/5/2010

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