quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um exemplo que vem ...de cima!

Nos dias de hoje todos sabemos que é praticamente impossível dissociar o papel da Igreja do da Solidariedade Social.
"O Meu mandamento é este:
que vos ameis uns aos outros,
como Eu vos amei."
(Jo 15,12)
A Igreja tenta fazer deste mandamento a sua bandeira, principalmente nos momentos difíceis que correm. Os próprios missionários são voz activa na defesa dos Direitos do Homem e da Justiça Social um pouco por todo o mundo. Portugal não é, nem deve, ser excepção. E exemplos não faltam, vejamos todos os projectos de Solidariedade e de Justiça e Paz que pululam por aí (exemplo) nos meios de comunicação.

No entanto é frequente questionarmo-nos da pertinência ou da eficácia de gestos como estes para a resolução (real) dos problemas.
Muitos são os que afirmam que, mais que um papel da Igreja, este deve caber ao estado: "É a este quem cabe garantir um nível de vida razoável a todos os cidadãos".

Pois bem, quando todos debatem o orçamento de estado e como a "classe alta" pouco ou nada contribui para a resolução desta crise, esta quarta-feira é dedicada ao exemplo de como um dos países mais ricos da UE tenta ser fomento de "justiça social".

A Suécia, número três do ranking dos "melhores países" (saber mais), mostra-nos como o exemplo pode muito bem vir de cima:


2 comentários:

  1. Pois é:

    agora vamos saber mais uma coisas. Sabiam que na Suécia a despesa pública é superior a 50% do produto interno bruto?E assim como a despesa pública corresponde a isso, os impostos também correspondem a mais de 50% do pib, perto de 50% da população trabalha no sector público. Os mesmos dados para Portugal? À volta de 44% para a despesa pública e para os impostos (tudo isto mudou um pouco com a crise) e 18% de funcionários públicos.

    Isto para dizer o quê?

    Quer a retórica que ouvimos todos os dias falar nas nossas tvs sobre o suposto Estado muito gordo que existe em Portugal é uma falácia perigosa. Não temos nada um Estado grande e quem o diz tem apenas a intenção de tirar ao Estado atribuições como a segurança social ou o Serviço Nacional de Saúde, por meros preconceitos ideológicos a favor do sector privado.

    Mais algumas coisas: a forma como tudo funciona com mordomias em Portugal é algo herdado do nosso passado salazarista e que parece ser difícil de apagar devido ao nosso "medo de existir". Assim, tudo isto que vemos no parlamento sueco não se trata de um exemplo dado de cima mas sim da própria forma de viver na sociedade sueca, como é igual na finlandesa ou na norueguesa.

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