quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sonhos ao vento

Sento-me na areia fina, fecho os olhos ao mundo e ouço o murmurar do vento.
Embrulho-me em memórias há muito perdidas.
Tapo-me de recordações. Sorrisos, pessoas, lugares, momentos.
Danço, corro, salto nos anos vividos.
Uma trovoada de sonhos e ideais há muito perdidos no mar revolto da vida resmungam e saltam faíscas, querendo cada um a sua atenção.
Rebolo em direcção ao mar onde me afundo na nostalgia e na saudade.
A água salgada beija-me a pele, cobre o meu corpo suavemente, abraça-me e puxa-me para si. Não me debato! Até gosto! Quero ser levada!
No fundo do mar, derrubo os muros dos medos, abraço os corais de novos sonhos, enfrento os tubarões e crio novas amizades de todas as espécies. Corto algas que me prendem ao passado e encaro o futuro de braços abertos a um oceano desconhecido.

Pipoca

2 comentários:

  1. Excelente reflexão, Pipoca.
    Um retrato perfeito (ou quase) do Jovem de hoje!
    Gostei muito.

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  2. Adoro... Sente-se cada palavra, cada uma tem um poder sobre os diferente sentimentos.

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